Meu filhote, que tem 5 anos, passou a semana na maior expectativa pelo Dia das Mães. O bombardeio da mídia o pegou de jeito e ele a cada dia queria me dar um presente diferente: "mamãe, eu vou dar um perfume pra você", "um creminho, eu vou comprar um creminho", "aí no Dia das Mães eu vou dar um sapato bem bonito - e do shopping"...
Angustiada com essa sanha consumista, toda hora eu dizia que o maior presente que ele poderia me dar seriam amor e carinho. Mas para ele parecia muito importante me oferecer um presente palpável, então, eu pedia um cartão, um desenho, uma pintura... Meu guri, porém, não se acha muito bom nessas tarefas, por isso vive se esquivando delas. (Muitas coisas a trabalhar com ele, eu sei, mas estamos no caminho e devagar chegamos lá.)
Felizmente meu namorido tem um espírito maravilhoso e foi com meu guri comprar flores pra mim. Ganhei um lindo arranjo de girassóis - de longe, a flor preferida do meu pequeno. O namorido ainda fez muxoxo - "eu não queria comprar girassol, mas você sabe, ele escolheu" -, mas a verdade é que o arranjo é lindo, lindo, lindo. Na mesa da sala, então, ficou mais lindo ainda.
Esse presente eu ganhei antecipadamente, no sábado. E no domingo ganhei ainda outros presentes.
Era cedo ainda e, à mesa, tomávamos café da manhã. De repente meu guri se lembrou que a data finalmente chegara! Correu pro meu colo, pousou as mãos nas minhas bochechas e, olhando nos meus olhos, gritou "Feliz do Dia das Mães, mamãe!". E de novo, de novo, de novo, até eu responder "Obrigada, meu lindo!" e então meu pequeno disse "Você é do meu coração, mamãe!". Eu fiquei mais emocionada do que no dia anterior, meu namorido igualmente: "De onde é que esses bichinhos tiram essas coisas, hein?!".
Eu não sei, não. Mas foi um dia muito significativo pra mim.
Ah, mas falta falar do outro presente que recebi ontem, igualmente significativo: o Diário Regional publicou três textos excelentes sobre maternidade ativa.
O primeiro deles, Mulheres apostam no parto humanizado, fala sobre as escolhas a respeito do parto, com depoimento de algumas mulheres maravilhosas que tivemos a oportunidade de conhecer.
O segundo texto, Grupos apoiam gestante na hora de fazer escolhas, aborda o trabalho de gente como a gente - e fala especificamente sobre o MaternaMente. Nem preciso dizer como estou feliz e satisfeita, não é mesmo?
O terceiro texto, Doulas e parteiras auxiliam na vinda do bebê, divulga a atuação dessas pessoas no cenário do parto e ainda dá destaque para a formação de nível superior das obstetrizes (ou parterias, como preferir).
Bem, deu pra perceber que o meu fim de semana foi nota dez, não é mesmo? Espero que essa energia boa se dissemine inclusive pela web, para que mais pessoas tenham acesso a informações embasadas na boa ciência e, principalmente, para que mais mulheres tenham seus desejos respeitados na gravidez, no parto e no puerpério.
Atualização: O terceiro texto, infelizmente, acabou se perdendo com a mudança do portal do jornal.
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