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26 de setembro de 2014

Hospital da Mulher de Santo André libera entrada de doulas

Por Aline Melo
Do Diário Regional
25/09/2014 9:09




O Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, de Santo André, vai permitir que as gestantes sejam acompanhadas por suas doulas durante trabalho de parto e parto. Doulas são profissionais que prestam apoio emocional às mulheres durante a gravidez e o parto. A medida é uma reivindicação antiga do movimento de mulheres que foi acertada durante reunião realizada na última segunda-feira (22) entre a superintendente da instituição, Rosa Maria Pinto Aguiar, e representantes das usuárias do sistema público de saúde.

19 de outubro de 2013

Famílias fazem Marcha pela Humanização do Parto em S.André


Do Diário Regional
19/10/2013
Por Aline Melo

Hoje (19), no período da manhã, famílias, ativistas e profissionais de Saúde farão ato pacífico em diferentes cidades do país, entre elas, Santo André. O protesto tem como pauta a Humanização do Parto, com enfoque na melhoria das condições da assistência obstétrica e neonatal no país e na valorização dos profissionais e dos estabelecimentos de saúde onde mulheres e bebês são respeitados.
“Na nossa região não dispomos de nenhuma maternidade, privada ou pública, com atendimento humanizado e, por isso, também estamos nos mobilizando,” afirmou Carla Capuano, uma das coordenadoras da atividade. A concentração para a marcha será às 9h30, em frente ao Shopping ABC (avenida Pereira Barreto, 41). Os manifestantes sairão em caminhada até o Hospital e Maternidade Brasil.

Implementada em 2011, Rede Cegonha trouxe poucas mudanças


Do Diário Regional
19/10/2013
Por Aline Melo

O programa do governo federal Rede Cegonha, conjunto de ações que visam à qualificação do atendimento à gestante desde o início da gravidez e ao bebê até os 2 anos de vida, começou a ser implementado em 2011 na região. Entre os objetivos, está a redução da taxa de cesarianas nos hospitais públicos. No ABC, até agosto de 2013, nos estabelecimentos municipais e estaduais, a taxa de nascimentos por via cirúrgica foi de 43,6%, mais que o dobro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS, que é 15%.

Ativista nega que mulheres preferem a cesariana


Do Diário Regional
19/10/2013
Por Aline Melo

A alegação de muitos profissionais para justificar as altas taxas de cesarianas dos hospitais privados – no ABC, nos estabelecimentos particulares, 87,5% dos nascimentos até agosto de 2013 foram por via cirúrgica – é por escolha das mulheres. A editora e ativista do parto natural, Denise Niy, contesta essa afirmação. “Há estudos brasileiros muito bem realizados que provam que a maioria das mulheres quer parir. Contudo, as pesquisas também são bastante contundentes ao mostrar que a preferência por via de nascimento muda ao longo do pré-natal e que o principal agente a influenciar essa mudança de opinião é o próprio médico”, afirmou.
Denise é uma das coordenadoras do grupo de apoio à maternidade ativa Maternamente, de Santo André, e entende essa questão como um alinhamento de interesses operado pelo médico: como para o profissional a cesariana é mais conveniente, mesmo que de modo indireto, vai fazendo com que a mulher adote seu ponto de vista.
“Em alguns casos, esse alinhamento de interesses sequer acontece, mas diante de uma indicação de cesariana no fim da gestação, verdadeira ou não, a mulher não se sente habilitada a recusar a cirurgia”, explicou. Além disso, a ativista destaca que, atualmente, o parto normal disponível à maioria das mulheres é um muito ruim. “A mulher não tem direito a acompanhante – mesmo existindo uma lei que deixa isso claro. Não tem direito a se movimentar, nem a escolher a posição em que deseja ficar”, justificou.
Direitos negados
A editora destaca que, além da enorme lista de direitos negados, o parto normal nas maternidades brasileiras, em geral, é cheio de intervenções desnecessárias e dolorosas, como ocitocina (o “soro”) durante todo o trabalho de parto, episiotomia (“pique” no períneo) de rotina, manobra de Kristeller (quando se empurra a barriga da mulher), entre muitas outras.
“É muito comum que o parto normal seja associado à dor e ao sofrimento. Porém, é importante dizer que a maior parte desse sofrimento se deve ao modo como a mulher é atendida, não ao parto em si, que quando tratado como evento fisiológico, de modo respeitoso e baseado em evidências, constitui uma experiência prazerosa e enriquecedora”, finalizou.





Por parto normal, gestante troca plano de saúde pelo SUS

Do Diário Regional

19/10/2013
Por Aline Melo

Com 37 semanas de gestação, Juliana interrompeu acompanhamento com obstetra particular.
Foto: Arquivo pessoal

As altas taxas de cesarianas dos hospitais privados – a rede particular do ABC teve até agosto de 2013 87,5% de nascimentos por via cirúrgica – tem levado mulheres a procurar o atendimento público, mesmo contando com convênio médico. É o caso da bancária Janaina Lino Pereira, moradora de Diadema, que deu à luz seu primeiro filho em julho deste ano.

Taxa de cesariana na rede privada do ABC é de 87,5%

Do Diário Regional
19/10/2013
Por Aline Melo 

Na rede pública 43,6% dos bebês nasceram por meio de cesarianas. Foto: Divulgação


Levantamento realizado pela reportagem do Diário Regional junto às prefeituras do ABC identificou que, em 2013, dos 10.891 nascimentos ocorridos em hospitais privados até agosto, 87,5% foram por via cirúrgica. A taxa é quase seis vezes maior do que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma que as cesarianas não devem ultrapassar 15% do total dos nascimentos. Na rede pública, o número é menor, mas ainda longe do ideal: 43,6% dos bebês nasceram em cirurgias. A taxa total da região é de 65,2% de cesáreas, no total de 22.066 nascimentos. Em 2011, a taxa ficou em 64,68%.Lançado este ano, o documentário O Renascimento do Parto, apresenta diversos relatos de mulheres que foram submetidas a cesarianas, não por opção, mas porque foram induzidas de alguma forma pelos médicos, com alegações não baseadas em evidências científicas. Mães, pais e profissionais que apoiam o parto normal relatam como essa experiência pode ser traumática e a cesárea sem indicação médica clara é classificada como violência obstétrica.

8 de outubro de 2012

Cesarianas aumentam 11% no ABC - do Diário Regional

Cesarianas aumentam 11% no ABC

Dom, 07 de Outubro de 2012 09:03
Por: Aline Melo



OMS recomenda que apenas 15% dos nascimentos sejam por meio de cirurgia



Na UTI Neonatal, pequenos perdem contato imediato com a mãe


A proporção de nascimentos cirúrgicos realizados no ABC alcançou a taxa de 62,88% em 2010. Dos 36.156 bebês que nasceram vivos nos sistemas públicos e privados de saúde, 22.738 chegaram ao mundo por meio da cirurgia. O número destoa da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece como 15% um número aceitável de nascimentos

via cesárea, e representa aumento de 11% se comparados com a proporção de cirurgias realizadas em 2004, que totalizou 21.912 nascimentos de um total de 38.597 nascidos vivos.

O aumento na taxa de cesáreas é uma realidade em todo o país e o programa Rede Cegonha, lançado pelo Ministério da Saúde em 2011, visa, entre outros objetivos, aumentar a proporção de partos normais no país, garantindo melhor assistência a gestantes e bebês. “A alta no número de cesáreas tem dois motivos principais. Muitas mulheres têm medo da dor do parto normal e, para os médicos, principalmente os particulares, a cirurgia é mais cômoda”, afirmou o professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC e diretor-técnico do Hospital da Mulher de Santo André, Mauro Sankovski.

O médico explica que por se sentirem sobrecarregados, e para melhor administrar suas agendas, obstetras que atendem planos de saúde veem na cirurgia a oportunidade de não perder as consultas agendadas. “Muitos também não se sentem seguros para acompanhar um trabalho de parto.”

Prematuridade tardia

Os dados da Fundação Sea­de também evidenciam que entre 2004 e 2010 aumentou em 580% o número de bebês que nasceram com mais de 37 semanas, porém, com baixo peso, menos de 2,5 quilos. Foram 33 casos em 2004 contra 225 em 2010. “Não acredito na relação entre uma coisa e outra. Sem dúvida, as cesarianas podem fazer com que os bebês nasçam antes do tempo, mas acredito que isso esteja mais ligado a outros fatores, como algumas patologias durante a gestação”, destacou o médico.

O obstetra e membro do Conselho Consultivo da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (Rehuna) Ricardo Herbert Jones também afirma que os dados são poucos para estabelecer alguma relação, sendo necessária aplicação de outras metodologias. “No entanto, estudos da Fundação Oswaldo Cruz identificam aumento expressivo nas taxas de prematuridade tardia, bebês que nascem entre 36 e 37 semanas”, afirmou.

O médico destaca que os prejuízos são grandes para esses bebês. “São crianças que perdem o primeiro contato com a mãe, a amamentação na primeira hora. Terão mais predisposição a apresentarem problemas respiratórios, desmame precoce e problemas diversos na qualidade de vida, impossíveis de serem avaliados a curto prazo”, completou.
Bebês que nascem por cesárea têm mais chance de desenvolver problemas de saúde

Dados da Fundação Seade, coletados em 2004 e 2010, indicam que a proporção de cesáreas aumentou 11% no ABC e o número de bebês que nasceram com baixo peso, apesar de já terem completado 37 semanas de gestação também registrou alta de 581%. Especialistas consultados pelo Diário Regional afirmaram ser precipitado estabelecer relação entre os indicadores, mas destacaram que a cesárea eletiva (marcada com antecedência e sem a gestante entrar em trabalho de parto) está diretamente relacionada a bebês com maior propensão a desenvolver problemas de saúde, como desconfortos respiratórios.

O neonatalogista e pediatra Carlos Eduardo Correa destaca que o nascimento, quando ocorrido por via vaginal, é a transição da água (ambiente onde o feto permanece durante a gestação, a bolsa de águas) para o ar. “O pulmão tem de estar pronto para funcionar. Quando a mulher entra em trabalho de parto, é um indício claro de que o bebê está maduro, pronto para nascer.”

Correa cita como complicações decorrentes de cesáreas eletivas (marcadas com antecedência) problemas respiratórios, dificuldade em se estabelecer e manter o aleitamento materno, alergias e dificuldade de vínculo entre mãe e bebê.

A neonatalogista Sandra Gianelo, que já atuou no Hospital Mário Covas, em Santo André, alerta para o fato da unidade hospitalar, enquanto manteve em funcionamento a maternidade, ter recebido muitos casos de gravidez de risco e bebês com malformações, o que pode ter contribuído para o aumento nos dois índices. No entanto, o professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC e diretor técnico do Hospital da Mulher de Santo André, Mauro Sankovski, reconhece que a cesárea não deveria ser marcada e, caso fosse necessária, para depois das 39 semanas de gestação. “Porém, passadas 38 semanas existe maior chance de trabalho de parto espontâneo”, concluiu.

Obstetras não têm formação adequada, afirmam especialistas

A alta na taxa de cesá­reas, que em 2010 representaram 62,8% dos nascimentos de bebês vivos no ABC é, entre outros fatores, reflexo de formação incompleta dos novos obstetras, avaliam especialistas.

“Antigamente, a formação dos médicos obstetras era mais completa. Estavam aptos a enfrentar diferentes tipos de situação. Hoje, com três anos de residência, e com o movimento intenso nas maternidades, esses novos profissionais não têm tempo de aprender tudo o que era preciso para acompanhar partos normais”, afirmou o professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC e diretor técnico do Hospital da Mulher de Santo André, Mauro Sankovski.

O obstetra e membro do Conselho Consultivo da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (Rehuna) Ricardo Herbert Jones explica que as escolas de medicina, de forma implícita, têm formado apenas cirurgiões. “O médico é ensinado durante oito, nove, dez anos, a intervir. Pedir que ele apenas assista, ou intervenha o mínimo possível, como acompanhar um parto normal, para muitos é um contrasenso”, completou.

Sankovski destacou, ainda, que as diferentes situações que podem surgir durante um parto normal intimida muitos profissionais. “Fazer a cirurgia acaba sendo mais simples. Existem manobras e procedimentos necessários em alguns trabalhos de parto que exigem do médico anos de prática. Hoje, eles não têm mais isso”, finalizou.
 

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