Há uns dias a musa Deborah Delage participou dessa live, falando sobre atenção ao parto, papel da doula e amamentação.
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11 de dezembro de 2021
13 de julho de 2020
Quando a ética não faz parte do negócio: a pediatria e a Nestlé
Indústria de alimentos mantém sua estratégia de conquistar corações e mentes (e bolsos) de profissionais de saúde e famílias
E o que há de mal em entregar para a indústria a formação de milhares de profissionais de saúde? Nesse caso específico, o Programa Jovens Pediatras (J.Pedia), "um curso digital de capacitação em nutrição", segundo o site da SBP, os residentes serão formados por quem tem (fortes) interesses econômicos envolvidos no que acontece dentro dos estabelecimentos de saúde, seja consultório, seja maternidade, seja posto de saúde. Estamos falando de médicos formados, futuros pediatras, que entre outras coisas darão orientações e prescrições para cuidadoras e cuidadores de crianças das mais diversas idades, desde o nascimento. Como se pode imaginar, a prescrição de fórmulas (leite em pó, sendo bem clara) será ainda mais banalizada, com um sem-número de indicações e supostas vantagens. Aconselhamento sobre aleitamento materno? Esqueça. Se hoje são raros os pediatras que realmente conseguem auxiliar uma pessoa com dificuldades em amamentar, daqui a alguns anos esses profissionais serão como cabeça de bacalhau.
15 de maio de 2014
Contato pele a pele
Bebê nasceu? Direto pro colo da mãe! As lindas Deborah Delage e Patricia Damico falam sobre o assunto.
14 de agosto de 2012
Eu amamento, tu amamentas, ela amamenta
Nós amamentamos!
Este é o espírito do Mamaço! Vejam o ABC paulista logo no início do vídeo!
Este é o espírito do Mamaço! Vejam o ABC paulista logo no início do vídeo!
5 de agosto de 2012
5 de agosto de 2011
Verbo transitivo, verbo intransitivo
Hoje, a caminho do trabalho, ouvia a conversa de duas mulheres sobre gravidez e amamentação. Uma delas contou que tinha filhos gêmeos, e que durante a gravidez sentia-se muito inchada, embora não tivesse ganhado muito peso. A surpresa grande veio quando os filhos nasceram e ela precisou amamentá-los. "Nunca tive leite grosso, forte, mas mesmo assim eles mamaram bem. Até que chegou uma hora que eu não dei mais conta, e aí dei leite de supermercado mesmo e eles tomaram tudo. Aí pronto!"
A outra mulher contou então que se sentia muito frustrada por não ter amamentado sua única filha. "Mãe de primeira viagem, sabe como é, e eu ficava chorando na maternidade porque minha filha não queria pegar o peito. O pediatra falou que era assim mesmo, mas que ela tinha reserva, e que não tinha problema. Mas aí eu fui pra casa e ela não queria pegar o peito e chorava e não dormia. Tem reserva? Como assim tem reserva, se ela tá chorando? Então minha mãe veio com uma lata de NAN e eu dei pra ela com aqueles engrossantes e ela dormiu o dia inteiro. Aí minha mãe falou, tá vendo, ela tá com fome, é só dar leite, e pronto. Mas eu ficava assim, chateada, né, eu falava, ai, o leite materno, o leite materno... mas eu não dei o peito pra ela. Ainda bem que eu só tenho uma filha."
Essas duas narrativas acabaram com meu projeto de elaborar, para hoje, um texto poético em comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno. A Parto do Princípio, a Matrice e outros coletivos formularam algumas ações para incentivar a amamentação. O Ministério da Saúde preparou um material lindo de apoio ao aleitamento (e eu nunca vi a Juliana Paes tão vestida - e nunca a achei tão linda). A Organização Mundial da Saúde há anos propaga a importância do leite materno, assim como Ibfan, La Leche League, entre tantos outros organismos nacionais e internacionais.
Mas vejam só, nossa realidade cruel! Com a tal da cultura e a "evolução" da civilização, nos distanciamos tanto da essência biológica humana e mamífera que perdemos grande parte de nossa capacidade de nos cuidar. Exemplos corriqueiros: febre é indicada pelo termômetro, dente de leite caindo requer consulta ao dentista, do mesmo jeito que menarca só é confirmada pelo ginecologista. Gravidez? Só depois do teste (ou dos testes) e possivelmente com confirmação do ultrassom, porque antes disso é impossível a mulher sentir-se grávida.
Ao mesmo tempo, e paradoxalmente, vivemos uma época em que a saturação de informação midiática acaba por reforçar mitos a respeito de eventos vitais. O parto e a amamentação, por exemplo, cercam-se de historietas que inevitavelmente levam a mulher a ter medo, a se achar incapaz, a duvidar da fisiologia, a enxergar defeitos em seu próprio corpo, a duvidar até mesmo daquilo que seus próprios olhos vêem. Na prática, isso funciona como um grande boicote à vivência da maternidade como experiência corpórea, instintiva e prazerosa.
Tentarei ser mais objetiva, com uma cena extremamente corriqueira nas maternidades do país.
A mulher acabou de receber seu bebê recém-nascido no colo. Mal teve tempo de cheirá-lo, vê-lo, acariciá-lo, curti-lo, enfim. Aí entra a enfermeira encarregada da amamentação. Manda a mãe sentar, colocar o bebê na posição correta, pôr o peito pra fora, e aí começa a esfregar o rosto do bebê no peito da mãe. Se o bebê abre uma bocona de peixinho e passa a sugar, melhor para a dupla. Senão, começa aí o martírio da amamentação. O bebê não quer pegar o peito, ou a pega não está boa, ou o peito não está bom, ou tem bico demais, ou tem bico de menos, ou tem leite demais, ou tem leite de menos, ou o leite não é bom, ou... Inúmeras e indizíveis hipóteses são aventadas para explicar porque, naquele intervalo de tempo, o recém-nascido não mamou ávidamente. E a cena se repete tantas e quantas vezes forem necessárias - necessárias ao estabelecimento da amamentação ou ao desmame completo, uma ou outra opção.
Atualmente, dependemos muito do verbo, da palavra, da ciência comunicada por especialistas, para termos certeza de que podemos, somos capazes, conseguimos. E quando esse apoio não vem, todo e qualquer sinal que diga o contrário é capaz de arruinar nossos planos. Então, basta um olhar torto para entendermos que o seio não tem bico - ainda que a régua mostre mais de 2 centímetros de bico! Basta um desdenho para acharmos que o bico é grande demais - ainda que o bebê mame tão tranquilamente que até pegue no sono durante a mamada. Basta um comentário ao léu para decifrarmos o choro do bebê como fome, falta de leite.
Enfim, para acabar com a amamentação, é preciso muito pouco. Para efetivá-la e levá-la até (pelo menos) os dois anos de idade da criança, é preciso muita, mas muita perseverança. E apoio. E comunicação positiva.
É para isso que estamos aqui!
E é para isso também que tantas outras mulheres dedicaram um tiquinho de seu tempo para falar de amamentação. Porque amamentar combina com amar.
A outra mulher contou então que se sentia muito frustrada por não ter amamentado sua única filha. "Mãe de primeira viagem, sabe como é, e eu ficava chorando na maternidade porque minha filha não queria pegar o peito. O pediatra falou que era assim mesmo, mas que ela tinha reserva, e que não tinha problema. Mas aí eu fui pra casa e ela não queria pegar o peito e chorava e não dormia. Tem reserva? Como assim tem reserva, se ela tá chorando? Então minha mãe veio com uma lata de NAN e eu dei pra ela com aqueles engrossantes e ela dormiu o dia inteiro. Aí minha mãe falou, tá vendo, ela tá com fome, é só dar leite, e pronto. Mas eu ficava assim, chateada, né, eu falava, ai, o leite materno, o leite materno... mas eu não dei o peito pra ela. Ainda bem que eu só tenho uma filha."
Essas duas narrativas acabaram com meu projeto de elaborar, para hoje, um texto poético em comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno. A Parto do Princípio, a Matrice e outros coletivos formularam algumas ações para incentivar a amamentação. O Ministério da Saúde preparou um material lindo de apoio ao aleitamento (e eu nunca vi a Juliana Paes tão vestida - e nunca a achei tão linda). A Organização Mundial da Saúde há anos propaga a importância do leite materno, assim como Ibfan, La Leche League, entre tantos outros organismos nacionais e internacionais.
Mas vejam só, nossa realidade cruel! Com a tal da cultura e a "evolução" da civilização, nos distanciamos tanto da essência biológica humana e mamífera que perdemos grande parte de nossa capacidade de nos cuidar. Exemplos corriqueiros: febre é indicada pelo termômetro, dente de leite caindo requer consulta ao dentista, do mesmo jeito que menarca só é confirmada pelo ginecologista. Gravidez? Só depois do teste (ou dos testes) e possivelmente com confirmação do ultrassom, porque antes disso é impossível a mulher sentir-se grávida.
Ao mesmo tempo, e paradoxalmente, vivemos uma época em que a saturação de informação midiática acaba por reforçar mitos a respeito de eventos vitais. O parto e a amamentação, por exemplo, cercam-se de historietas que inevitavelmente levam a mulher a ter medo, a se achar incapaz, a duvidar da fisiologia, a enxergar defeitos em seu próprio corpo, a duvidar até mesmo daquilo que seus próprios olhos vêem. Na prática, isso funciona como um grande boicote à vivência da maternidade como experiência corpórea, instintiva e prazerosa.
Tentarei ser mais objetiva, com uma cena extremamente corriqueira nas maternidades do país.
A mulher acabou de receber seu bebê recém-nascido no colo. Mal teve tempo de cheirá-lo, vê-lo, acariciá-lo, curti-lo, enfim. Aí entra a enfermeira encarregada da amamentação. Manda a mãe sentar, colocar o bebê na posição correta, pôr o peito pra fora, e aí começa a esfregar o rosto do bebê no peito da mãe. Se o bebê abre uma bocona de peixinho e passa a sugar, melhor para a dupla. Senão, começa aí o martírio da amamentação. O bebê não quer pegar o peito, ou a pega não está boa, ou o peito não está bom, ou tem bico demais, ou tem bico de menos, ou tem leite demais, ou tem leite de menos, ou o leite não é bom, ou... Inúmeras e indizíveis hipóteses são aventadas para explicar porque, naquele intervalo de tempo, o recém-nascido não mamou ávidamente. E a cena se repete tantas e quantas vezes forem necessárias - necessárias ao estabelecimento da amamentação ou ao desmame completo, uma ou outra opção.
Atualmente, dependemos muito do verbo, da palavra, da ciência comunicada por especialistas, para termos certeza de que podemos, somos capazes, conseguimos. E quando esse apoio não vem, todo e qualquer sinal que diga o contrário é capaz de arruinar nossos planos. Então, basta um olhar torto para entendermos que o seio não tem bico - ainda que a régua mostre mais de 2 centímetros de bico! Basta um desdenho para acharmos que o bico é grande demais - ainda que o bebê mame tão tranquilamente que até pegue no sono durante a mamada. Basta um comentário ao léu para decifrarmos o choro do bebê como fome, falta de leite.
Enfim, para acabar com a amamentação, é preciso muito pouco. Para efetivá-la e levá-la até (pelo menos) os dois anos de idade da criança, é preciso muita, mas muita perseverança. E apoio. E comunicação positiva.
É para isso que estamos aqui!
E é para isso também que tantas outras mulheres dedicaram um tiquinho de seu tempo para falar de amamentação. Porque amamentar combina com amar.

3 de agosto de 2011
Sobre opções e escolhas
Amamentar faz bem para o bebê e para a mãe. Isso, quase todo mundo já sabe e está nos jornais, nas revistas, na TV, nos hospitais, nas maternidades. Está em todo lugar e até parece que só não amamenta a mãe que é desnaturada.
Mas amamentar, além de bom e prazeroso, também pode ser difícil. Porque amamentar consome energia do corpo da mulher, toma o tempo do casal, atrai ollhares muitas vezes impertinentes.
Amamentar também pode ser difícil porque a mulher não entrou em trabalho de parto, os hormônios não inundaram seu corpo, o bebê foi separado da mãe (e passou horas na sala de observação), o pós-parto foi solitário e doloroso.
Amamentar também pode ser difícil porque a mulher e o bebê não puderam experimentar seus primeiros contatos instintivamente, a tensão atrapalhou a postura do dueto, a primeira pega não foi correta, o mamilo fissurou.
Amamentar também pode ser difícil porque não amamentar pode ser mais fácil em uma sociedade pautada pela produtividade, pela felicidade incondicional obrigatória, pela necessidade de prazer rápido, pelo imediatismo, pelo preconceito, pela mercantilização do corpo feminino, pela imbecilização da mulher.
Sempre que uma mulher decide algo, ela decide diante das opções que lhe são oferecidas. Muitas vezes, não há opção possível. E assim é com a amamentação: muitas vezes, a mulher não enxerga opção, a não ser deixar de amamentar. Pressão para que ela enverede por esse caminho há de todo tipo: do patrão (como nesta notícia), do médico, dos conhecidos, da família, do companheiro, da publicidade, entre tantos outros exemplos, como conta também a Renata Penna (veja "Uma escolha que vem de dentro").
Pois é. Amamentar é uma das coisas mais gostosas do mundo. E não faz mal nem engorda (embora faça crescer!). Acho que é por isso que se tenta, ao máximo, dificultar a amamentação. Uma coisa tão boa dessas não pode ser assim, tão fácil de conseguir...
Mas amamentar, além de bom e prazeroso, também pode ser difícil. Porque amamentar consome energia do corpo da mulher, toma o tempo do casal, atrai ollhares muitas vezes impertinentes.
Amamentar também pode ser difícil porque a mulher não entrou em trabalho de parto, os hormônios não inundaram seu corpo, o bebê foi separado da mãe (e passou horas na sala de observação), o pós-parto foi solitário e doloroso.
Amamentar também pode ser difícil porque a mulher e o bebê não puderam experimentar seus primeiros contatos instintivamente, a tensão atrapalhou a postura do dueto, a primeira pega não foi correta, o mamilo fissurou.
Amamentar também pode ser difícil porque não amamentar pode ser mais fácil em uma sociedade pautada pela produtividade, pela felicidade incondicional obrigatória, pela necessidade de prazer rápido, pelo imediatismo, pelo preconceito, pela mercantilização do corpo feminino, pela imbecilização da mulher.
Sempre que uma mulher decide algo, ela decide diante das opções que lhe são oferecidas. Muitas vezes, não há opção possível. E assim é com a amamentação: muitas vezes, a mulher não enxerga opção, a não ser deixar de amamentar. Pressão para que ela enverede por esse caminho há de todo tipo: do patrão (como nesta notícia), do médico, dos conhecidos, da família, do companheiro, da publicidade, entre tantos outros exemplos, como conta também a Renata Penna (veja "Uma escolha que vem de dentro").
Pois é. Amamentar é uma das coisas mais gostosas do mundo. E não faz mal nem engorda (embora faça crescer!). Acho que é por isso que se tenta, ao máximo, dificultar a amamentação. Uma coisa tão boa dessas não pode ser assim, tão fácil de conseguir...
2 de agosto de 2011
Incentivos mil
No fim de semana fiquei sem acesso à Internet, ontem tive tanto trabalho que mal pude ir ao banheiro. E hoje, consequência natural, meus dedos estão completamente endoidecidos para teclar logo as novidades, que são muitas!
Sábado foi dia de encontro do grupo em São Caetano - e que encontro! A sala espaçosa ficou cheia e plena de ocitocina, de amor, de vida! Isso porque Carolina e Patrícia trouxeram suas pequenas crias, Elis e Franciso, e compartilharam suas lindas histórias conosco.
Carolina empoderou-se em um maravilhoso parto domiciliar inesperado, mas ao mesmo tempo tão bem-sucedido. Patrícia, por sua vez, precisou lutar com unhas e dentes para ter seu desejo respeitado até o último minuto, e assim começou a escrever uma nova história de si mesma.
Porque parir é assim mesmo, é como morrer e nascer, é como dar tudo de si para no instante seguinte receber tudo de bom de volta, em dobro! Impressionante como um serzinho de 3 kg (ou mais ou menos) dá à luz nossas vidas como seres humanos.
Histórias como a de Patrícia e Carolina renovam minha fé na humanidade e me recolocam em contato com minha porção animalesca, ativam minha intuição, aguçam meus sentidos.
Depois desse intenso encontro (que para mim foi também reencontro - com o grupo, com o parto, com a amamentação e com a companheira Deborah e sua linda Sophia), tenho agora a oportunidade de noticiar outros eventos felizes.
Hoje saiu no Diário do Grande ABC um texto competente sobre o MaternaMente! Assinado pela jornalista Camila Galvez, Grupo da região incentiva parto natural conta, entre outras coisas, um tiquinho da história de Deborah.
Essa pequena inserção na mídia regional já seria suficiente para nos deixar de peito estufado, não é mesmo? Mas ainda há mais!
Estamos em plena Semana Mundial de Aleitamento Materno, conhecida pela sigla SMAM. Este ano, o tema é "Amamentação: uma experiência em 3D". Para saber mais sobre a SMAM, consulte informações nos site da IBFAN Brasil e veja também a programação especial que a Matrice preparou para a semana.
E aqui no MaternaMente também tem programação especial! Como bem disse a Ceila Santos, do Desabafo de Mãe, agosto representa uma segunda oportunidade de começar o ano. Bora tocar os projetos importantes! E nós fazemos parte de um deles. Então, nesta semana especial, vários blogs ligados à Parto do Princípio vão divulgar material dedicado ao aleitamento materno. A trama da rede começou a se compor com o Amamenta Ipatinga e o Saúde da Mulher. Continua com o De peito aberto e, na quarta-feira, é dia de falar dos Prazeres e Tabus da amamentação no Bebedubem.
O tema de quinta e sexta será o mote da campanha deste ano: Comunicação e os blogs que vão tratar do assunto são: Pro-Gestante, na quinta, e nós, na sexta.
Para encerrar este post, uma singela homenagem às superfantásticas mães, Patrícia e Carolina.
Sábado foi dia de encontro do grupo em São Caetano - e que encontro! A sala espaçosa ficou cheia e plena de ocitocina, de amor, de vida! Isso porque Carolina e Patrícia trouxeram suas pequenas crias, Elis e Franciso, e compartilharam suas lindas histórias conosco.
Carolina empoderou-se em um maravilhoso parto domiciliar inesperado, mas ao mesmo tempo tão bem-sucedido. Patrícia, por sua vez, precisou lutar com unhas e dentes para ter seu desejo respeitado até o último minuto, e assim começou a escrever uma nova história de si mesma.
Porque parir é assim mesmo, é como morrer e nascer, é como dar tudo de si para no instante seguinte receber tudo de bom de volta, em dobro! Impressionante como um serzinho de 3 kg (ou mais ou menos) dá à luz nossas vidas como seres humanos.
Histórias como a de Patrícia e Carolina renovam minha fé na humanidade e me recolocam em contato com minha porção animalesca, ativam minha intuição, aguçam meus sentidos.
Depois desse intenso encontro (que para mim foi também reencontro - com o grupo, com o parto, com a amamentação e com a companheira Deborah e sua linda Sophia), tenho agora a oportunidade de noticiar outros eventos felizes.
Hoje saiu no Diário do Grande ABC um texto competente sobre o MaternaMente! Assinado pela jornalista Camila Galvez, Grupo da região incentiva parto natural conta, entre outras coisas, um tiquinho da história de Deborah.
Essa pequena inserção na mídia regional já seria suficiente para nos deixar de peito estufado, não é mesmo? Mas ainda há mais!
Estamos em plena Semana Mundial de Aleitamento Materno, conhecida pela sigla SMAM. Este ano, o tema é "Amamentação: uma experiência em 3D". Para saber mais sobre a SMAM, consulte informações nos site da IBFAN Brasil e veja também a programação especial que a Matrice preparou para a semana.
E aqui no MaternaMente também tem programação especial! Como bem disse a Ceila Santos, do Desabafo de Mãe, agosto representa uma segunda oportunidade de começar o ano. Bora tocar os projetos importantes! E nós fazemos parte de um deles. Então, nesta semana especial, vários blogs ligados à Parto do Princípio vão divulgar material dedicado ao aleitamento materno. A trama da rede começou a se compor com o Amamenta Ipatinga e o Saúde da Mulher. Continua com o De peito aberto e, na quarta-feira, é dia de falar dos Prazeres e Tabus da amamentação no Bebedubem.
O tema de quinta e sexta será o mote da campanha deste ano: Comunicação e os blogs que vão tratar do assunto são: Pro-Gestante, na quinta, e nós, na sexta.
Para encerrar este post, uma singela homenagem às superfantásticas mães, Patrícia e Carolina.
23 de maio de 2011
Historietas de mamas
* Meu guri mamou no peito até 1 ano e 11 meses. Foi desmamado (ou eu fui desmamada!) por conta de um problema de saúde meu, que exigiu tomar antibióticos.
* De 1 ano a 1 ano e 11 meses, ele tomou leite materno no peito, leite de soja na mamadeira. E comeu bem, obrigada.
* De 6 meses a 1 ano, ele tomou leite materno no peito e na mamadeira. E comeu bem, obrigada.
* De 4 meses e meio a 6 meses, ele tomou leite materno no peito. Começou a tomar leite materno na mamadeira. E começou a comer.
* Do nascimento aos 4 meses e meio, ele tomou leite materno no peito.
Isso tudo só foi possível porque:
* Com carinho, paciência e orientação, a amamentação se estabeleceu muito bem desde o começo - desde o começo mesmo, já na sala de parto.
* Ele mamou no peito em livre demanda até eu precisar voltar ao trabalho, quando ele tinha 4 meses e meio.
* A partir daí, comecei a introduzir alimentos em seu dia a dia.
* E até que ele completasse um ano, tirei leite no serviço duas vezes ao dia para que ele pudesse tomá-lo na minha ausência.
* E principal e mais importante de tudo: a não ser quando eu estava trabalhando, ele podia mamar sempre que queria ou precisava.
* A vontade e a necessidade não eram apenas de leite e alimento, mas também de carinho, atenção, cuidado.
* Quando bebê, ele mamava em intervalos irregulares, era difícil prever quando seria a próxima mamada e quanto tempo ela duraria.
* Conforme ele foi crescendo, consegui estabelecer algumas regras para as mamadas, tanto de lugares como de horários possíveis.
* Mas nesses cinco anos que nos separam do seu nascimento, jamais me afastei da vida social, retomei meu trabalho com o fim da licença, e na medida do possível continuo sendo uma mulher ativa, sociável, produtiva, estudiosa.
* Com alguns limites e muitas possibilidades, a mulher não precisa se alijar de si mesma ao se tornar mãe. Não precisa e não deve.
Daí que:
* Amamentar em locais públicos é um direito da mulher.
* Ser amamentado em locais públicos é um direito da criança.
É tão difícil assim de entender isso?
Ao que parece, é. Pelo menos para certos pseudojornalistas. Tomado de ira, Coutinho desdenhou seus leitores na última coluna. Disse-se superior, por isso incompreendido. Bateu o pé pra fincar sua posição, pretensamente protegida pela liberdade de expressão. Oras, expressar-se contra direitos de pessoas não significa opor-se à democracia? Ainda que a ombudsman da Folha tenha escrito a respeito do desrespeitoso Coutinho no domingo, não me convenço. Não me convenço de que sujeitos desse tipo mereçam espaço na mídia. Ele conseguiu o que queria - aumentar a popularidade de sua pobre coluna. E de quebra ainda mostrou que sua pretensa erudição não lhe serve para nada: suas citações obscuras, além de mal colocadas, não se convertem em raciocínio, tampouco em melhor compreensão do mundo.
* De 1 ano a 1 ano e 11 meses, ele tomou leite materno no peito, leite de soja na mamadeira. E comeu bem, obrigada.
* De 6 meses a 1 ano, ele tomou leite materno no peito e na mamadeira. E comeu bem, obrigada.
* De 4 meses e meio a 6 meses, ele tomou leite materno no peito. Começou a tomar leite materno na mamadeira. E começou a comer.
* Do nascimento aos 4 meses e meio, ele tomou leite materno no peito.
Isso tudo só foi possível porque:
* Com carinho, paciência e orientação, a amamentação se estabeleceu muito bem desde o começo - desde o começo mesmo, já na sala de parto.
* Ele mamou no peito em livre demanda até eu precisar voltar ao trabalho, quando ele tinha 4 meses e meio.
* A partir daí, comecei a introduzir alimentos em seu dia a dia.
* E até que ele completasse um ano, tirei leite no serviço duas vezes ao dia para que ele pudesse tomá-lo na minha ausência.
* E principal e mais importante de tudo: a não ser quando eu estava trabalhando, ele podia mamar sempre que queria ou precisava.
* A vontade e a necessidade não eram apenas de leite e alimento, mas também de carinho, atenção, cuidado.
* Quando bebê, ele mamava em intervalos irregulares, era difícil prever quando seria a próxima mamada e quanto tempo ela duraria.
* Conforme ele foi crescendo, consegui estabelecer algumas regras para as mamadas, tanto de lugares como de horários possíveis.
* Mas nesses cinco anos que nos separam do seu nascimento, jamais me afastei da vida social, retomei meu trabalho com o fim da licença, e na medida do possível continuo sendo uma mulher ativa, sociável, produtiva, estudiosa.
* Com alguns limites e muitas possibilidades, a mulher não precisa se alijar de si mesma ao se tornar mãe. Não precisa e não deve.
Daí que:
* Amamentar em locais públicos é um direito da mulher.
* Ser amamentado em locais públicos é um direito da criança.
É tão difícil assim de entender isso?
Ao que parece, é. Pelo menos para certos pseudojornalistas. Tomado de ira, Coutinho desdenhou seus leitores na última coluna. Disse-se superior, por isso incompreendido. Bateu o pé pra fincar sua posição, pretensamente protegida pela liberdade de expressão. Oras, expressar-se contra direitos de pessoas não significa opor-se à democracia? Ainda que a ombudsman da Folha tenha escrito a respeito do desrespeitoso Coutinho no domingo, não me convenço. Não me convenço de que sujeitos desse tipo mereçam espaço na mídia. Ele conseguiu o que queria - aumentar a popularidade de sua pobre coluna. E de quebra ainda mostrou que sua pretensa erudição não lhe serve para nada: suas citações obscuras, além de mal colocadas, não se convertem em raciocínio, tampouco em melhor compreensão do mundo.
20 de maio de 2011
Hoje e amanhã tem bate-papo
Na Livraria Cultura do Shopping Vill-Lobos!
Hoje, às 19h30, Denise Haendchen fala sobre alimentação para crianças. Sou uma das afortunadas que já provou um de seus quitutes, e digo que vale a pena comparecer para conhecer suas ideias e sugestões.
Amanhã, às 10h30, a Matrice fala sobre amamentação. Sempre divulgo aqui os eventos da Matrice, porque tenho o privilégio de conhecer essas moças. Amor e amamentação têm tudo a ver e elas entendem do que falam.
Dois eventos gratuitos e imperdíveis, especialmente para quem está grávida ou com bebês no colo. Ah, em tempo, os pequerruchos serãoo bem-vindos!
Hoje, às 19h30, Denise Haendchen fala sobre alimentação para crianças. Sou uma das afortunadas que já provou um de seus quitutes, e digo que vale a pena comparecer para conhecer suas ideias e sugestões.
Amanhã, às 10h30, a Matrice fala sobre amamentação. Sempre divulgo aqui os eventos da Matrice, porque tenho o privilégio de conhecer essas moças. Amor e amamentação têm tudo a ver e elas entendem do que falam.
Dois eventos gratuitos e imperdíveis, especialmente para quem está grávida ou com bebês no colo. Ah, em tempo, os pequerruchos serãoo bem-vindos!

19 de maio de 2011
Riqueza virtual, aprendizado real
Dia desses, numa aula de pós-graduação da ECA/USP, a professora bradou que a maior parte do conteúdo da web era totalmente irrelevante. Condenou blogs e redes sociais à insignificância. Quase todos concordaram e mesmo os que não abanaram a cabeça positivamente se calaram, eu inclusive. Obviamente não quis me indispor com a mestra.
Embora eu não seja deslumbrada com a "web 2.0", também não sou tão cética quanto a referida professora. Gasto boa parte do meu tempo na frente do computador, consultando a internet e interagindo com outras pessoas por meio de blogs e redes sociais. E embora concorde que há muita coisa irrelevante no meio disso tudo, acho também que há muita riqueza nesse meio virtual que proporciona aprendizado real.
Os últimos episódios relativos à amamentação (e sua interdição em locais públicos) são um ótimo exemplo.
Na Inglaterra, uma moça foi expulsa de um pub por estar amamentando. No Brasil, uma moça foi "convidada" a amamentar em uma sala reservada (tão reservada que estava trancada). Não sei que rumos tomaram os acontecimentos ingleses, mas em São Paulo algumas mulheres se organizaram (via Facebook) para protestar. O protesto, como todas já sabemos, transformou-se em promoção da instituição responsável pelo constrangimento inicial. Sem graça? Cooptação? Ok, mas antes assim, porque ao menos foi possível passar o recado de que quem decide onde quer amamentar é a mãe.
Infelizmente, porém, a repercussão do evento paulista incluiu uma coluna pseudojornalística, contra a qual protestei no dia 17. E eis que hoje me deparei com uma crítica da crítica bastante construtiva, com grandes bases na psicanálise, assunto em que sou totalmente ignorante.
Pois bem, com a controvérsia aprende-se muito mais do que com a concordância, é fato. Ainda não sei que conclusões tirar, mas ao contrário do que postula a professora ecana, há riqueza na web, sim!
Embora eu não seja deslumbrada com a "web 2.0", também não sou tão cética quanto a referida professora. Gasto boa parte do meu tempo na frente do computador, consultando a internet e interagindo com outras pessoas por meio de blogs e redes sociais. E embora concorde que há muita coisa irrelevante no meio disso tudo, acho também que há muita riqueza nesse meio virtual que proporciona aprendizado real.
Os últimos episódios relativos à amamentação (e sua interdição em locais públicos) são um ótimo exemplo.
Na Inglaterra, uma moça foi expulsa de um pub por estar amamentando. No Brasil, uma moça foi "convidada" a amamentar em uma sala reservada (tão reservada que estava trancada). Não sei que rumos tomaram os acontecimentos ingleses, mas em São Paulo algumas mulheres se organizaram (via Facebook) para protestar. O protesto, como todas já sabemos, transformou-se em promoção da instituição responsável pelo constrangimento inicial. Sem graça? Cooptação? Ok, mas antes assim, porque ao menos foi possível passar o recado de que quem decide onde quer amamentar é a mãe.
Infelizmente, porém, a repercussão do evento paulista incluiu uma coluna pseudojornalística, contra a qual protestei no dia 17. E eis que hoje me deparei com uma crítica da crítica bastante construtiva, com grandes bases na psicanálise, assunto em que sou totalmente ignorante.
Pois bem, com a controvérsia aprende-se muito mais do que com a concordância, é fato. Ainda não sei que conclusões tirar, mas ao contrário do que postula a professora ecana, há riqueza na web, sim!
17 de maio de 2011
Contra Coutinho
Ontem a Folha de São Paulo publicou uma coluna de João Pereira Coutinho bastante infeliz, em que ele ironicamente se refere ao mamaço promovido no Itaú Cultural. Em certa ocasião, uma mulher foi impedida de amamentar no espaço de exposição da instituição e por isso o mamaço foi organizado, em defesa da amamentação em locais públicos. Coutinho se mostrou surpreso diante do mamaço, da amamentação em locais públicos, do direito à amamentação por parte da criança. E em um texto pretensamente irreverente, acabou por reforçar preconceitos e associar a amamentação a atos da esfera privada (como tomar banho e defecar) e mesmo a atos eróticos, como sexo e masturbação. Faltou habilidade ao colunista - em diversos sentidos. E é revoltante pensar que ele recebe para fazer isso. Por esse motivo e em defesa da amamentação, escrevi para a ombudwoman da Folha. Eis a carta. Em tempo: e ele ainda teve a infelicidade mor de intitular a coluna de "mamonas celestinas", em evidente referências à extinta banda Mamonas Assassinas.
***
Lamentável que um jornal como a Folha de São Paulo se preste a publicar colunas como a de João Pereira Coutinho, divulgada ontem, 16 de maio.
Em seu texto, Coutinho iguala o aleitamento materno a atos privados de forma bastante infeliz, talvez pela imperícia de sua escrita, ou talvez pela estreiteza de seu pensamento.
Amamentar é um ato de intimidade entre mãe e filho. É um ato de amor. É um ato de sabedoria. É um ato de carinho. É um ato de saúde. É um ato de vida. Amamentar reune num só ato uma infinidade de utilidades e significados, que vão muito além da alimentação.
Mas amamentar não é um ato sexual. Por mais prazeroso que possa ser - para mãe e para filho -, não tem conotação sexual. Como muitos outros prazeres da vida que não envolvem sexo.
O que incomodaria então pessoas como Coutinho, que reconhecem os benefícios da amamentação, mas se opõem a ela com caras enojadas quando realizada em público?
Por envolver a intimidade entre duas pessoas? Oras, amamentar é um ato de initimidade, sim, assim como uma conversa entre duas pessoas confidentes, assim como um abraço fraterno, assim como uma troca de alianças na igreja. Atos que envolvem elevado grau de intimidade, mas que não necessariamente devem ocorrer entre quatro paredes.
Ou será que o incômodo se dá pela exposição do seio materno? Oras, o seio materno está lá, exposto, para que o infante se alimente. E a cena pode ser assim apreciada, como uma demonstração de afeto, de vida, de carinho. Mas não como ato sexual. Confundir amamentação com pedofilia requer uma mente muito doentia, com o perdão da rima.
Mas talvez esse não seja o caso do colunista da Folha. Talvez ele se incomode pelo fato de a mulher ter deixado a clausura do lar. Oras, se a mulher sai à rua para trabalhar, para ir ao cinema, para visitar exposições, para fazer compras (inclusive para abastecer os lares burgueses), para se confraternizar com outras pessoas (mulheres e homens), por que então ela deveria permanecer restrita às paredes domésticas nos primeiros meses e anos de vida de seus rebentos?
Ou será que o autor do triste texto prefere que nossos bebês celestinos sejam amamentados em banheiros, em cabines telefônicas, enfim, em locais confinados, longe dos olhos dos transeuntes? Ah... talvez seu desejo seja mesmo esse: mulheres na rua, sim, mas só se for de um jeito sexualmente aprazível aos homens. Nada de mostrar que o corpo feminino se preza por outros prazeres!
Mais uma vez, lamentável. E mais lamentável ainda que essa coluna tenha sido ilustrada - de modo imprudente - por foto tão linda, que poderia ter usos tão mais qualificados.
Como leitora e cidadã, gostaria que a Folha e Coutinho se retratassem publicamente. Textos como esse em nada contribuem para a democracia.
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Lamentável que um jornal como a Folha de São Paulo se preste a publicar colunas como a de João Pereira Coutinho, divulgada ontem, 16 de maio.
Em seu texto, Coutinho iguala o aleitamento materno a atos privados de forma bastante infeliz, talvez pela imperícia de sua escrita, ou talvez pela estreiteza de seu pensamento.
Amamentar é um ato de intimidade entre mãe e filho. É um ato de amor. É um ato de sabedoria. É um ato de carinho. É um ato de saúde. É um ato de vida. Amamentar reune num só ato uma infinidade de utilidades e significados, que vão muito além da alimentação.
Mas amamentar não é um ato sexual. Por mais prazeroso que possa ser - para mãe e para filho -, não tem conotação sexual. Como muitos outros prazeres da vida que não envolvem sexo.
O que incomodaria então pessoas como Coutinho, que reconhecem os benefícios da amamentação, mas se opõem a ela com caras enojadas quando realizada em público?
Por envolver a intimidade entre duas pessoas? Oras, amamentar é um ato de initimidade, sim, assim como uma conversa entre duas pessoas confidentes, assim como um abraço fraterno, assim como uma troca de alianças na igreja. Atos que envolvem elevado grau de intimidade, mas que não necessariamente devem ocorrer entre quatro paredes.
Ou será que o incômodo se dá pela exposição do seio materno? Oras, o seio materno está lá, exposto, para que o infante se alimente. E a cena pode ser assim apreciada, como uma demonstração de afeto, de vida, de carinho. Mas não como ato sexual. Confundir amamentação com pedofilia requer uma mente muito doentia, com o perdão da rima.
Mas talvez esse não seja o caso do colunista da Folha. Talvez ele se incomode pelo fato de a mulher ter deixado a clausura do lar. Oras, se a mulher sai à rua para trabalhar, para ir ao cinema, para visitar exposições, para fazer compras (inclusive para abastecer os lares burgueses), para se confraternizar com outras pessoas (mulheres e homens), por que então ela deveria permanecer restrita às paredes domésticas nos primeiros meses e anos de vida de seus rebentos?
Ou será que o autor do triste texto prefere que nossos bebês celestinos sejam amamentados em banheiros, em cabines telefônicas, enfim, em locais confinados, longe dos olhos dos transeuntes? Ah... talvez seu desejo seja mesmo esse: mulheres na rua, sim, mas só se for de um jeito sexualmente aprazível aos homens. Nada de mostrar que o corpo feminino se preza por outros prazeres!
Mais uma vez, lamentável. E mais lamentável ainda que essa coluna tenha sido ilustrada - de modo imprudente - por foto tão linda, que poderia ter usos tão mais qualificados.
Como leitora e cidadã, gostaria que a Folha e Coutinho se retratassem publicamente. Textos como esse em nada contribuem para a democracia.
28 de abril de 2011
Dia do Trabalho

Pode parecer incongruente pedir mais tempo longe do trabalho em pleno dia do trabalho! Mas não é, não. Muitas mulheres querem trabalhar e muitas o fazem porque precisam e mais ainda porque gostam. Porém, ser mãe e trabalhadora muitas vezes implica competição entre os dois papéis. Logo após o nascimento da criança, então, nem se fale! Eu mesma quase joguei a toalha e pedi demissão - voltei de licença quando meu guri tinha 4 meses e meio. Ele não aceitou meu leite - sem ser no peito - logo de cara e até que resolvesse mamar na minha ausência e começasse a se alimentar, passaram-se longas semanas de choro e tristeza durante minha jornada laboral. A amamentação exclusiva não durou seis meses, pois tive de introduzir alimentos bem antes disso. Mas eu sou privilegiada e contei com a brava ajuda da minha mãe nessa empreitada - e meu filho só foi tomar leite que não fosse materno com mais de um ano de idade, mantendo as mamadas no peito até quase dois anos.
Para que outras mães não precisem passar pela mesma agonia que eu e outras mulheres enfrentam e enfrentaram, vamos lutar para que a licença-maternidade de 6 meses seja consolidada em todo o país!
Vale lembrar, por fim, que essa luta deve ser emplacada por tod@s, é pelo bem de nossa sociedade. Mulheres mais pobres e com vínculos de trabalho mais frágeis (quando têm vínculo) sempre são as mais prejudicadas. Garantir a elas também os 6 meses de licença significa garantir crianças mais saudáveis e mais bem cuidadas, além de mulheres mais bem dispostas e focadas no trabalho.
2 de outubro de 2009
Prontas para o fim de semana
Amanhã acontece o Desafio Internacional de Amamentação, uma maneira divertida de chamar a atenção para a importância do aleitamento materno. Em São Paulo, quem promove o mamaço é a Matrice e o encontro está marcado para as 10h30 no Parque Ibirapuera. A Fundação Quintessence, idealizadora do desafio, coloca a amamentação como atitude salvadora de vidas, em especial nas situações de emergência. Algumas informações interessantes do site da instituição:
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) atualizou em 2003 um documento sucinto mas repleto de informações sobre o aleitamento materno, o qual pode ser lido na íntegra aqui.
Hoje recebi da Fabíola, da Matrice, estas fotos do desafio do ano passado. Senti muita saudade de ter o meu guri ao peito!
E por fim, mas não menos importante, leia no blog das Mamíferas textos inspirados e inspiradores sobre essa nossa vida louca e maravilhosa, tão cheia de contradições, e talvez por isso mesmo tão cheia de... vida!
Amamentar protege:
- contra várias doenças e infecções da infância. Crianças que tomam leite artificial têm de duas a cinco vezes mais doenças gastrointestinais e respiratórias, infecções de ouvido e do trato urinário.
A amamentação promove o vínculo natural, o desenvolvimento do cérebro, níveis mais elevados de QI, o desenvolvimento do sitema nervoso central, o desenvolvimento da mandíbula e da face.
NÃO amamentar aumenta o risco:
- para a mãe, de hemorragia pós-parto, câncer de mama, câncer de ovário, osteoporose e câncer do endométrio;
- para o bebê, de pneumonia, pressão arterial alta, doença cardíaca, obesidade e cárie.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) atualizou em 2003 um documento sucinto mas repleto de informações sobre o aleitamento materno, o qual pode ser lido na íntegra aqui.
Hoje recebi da Fabíola, da Matrice, estas fotos do desafio do ano passado. Senti muita saudade de ter o meu guri ao peito!
E por fim, mas não menos importante, leia no blog das Mamíferas textos inspirados e inspiradores sobre essa nossa vida louca e maravilhosa, tão cheia de contradições, e talvez por isso mesmo tão cheia de... vida!
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