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19 de junho de 2012

Relato de parto do Caio

Desde que me descobri grávida, já comecei a pensar no meu parto. Sempre admirei mulheres que pariram naturalmente, minha mãe sendo uma delas (que me pariu de cócoras e sempre me contou com orgulho sobre seu projeto de conclusão da universidade : uma cadeira para parto de cócoras).

Na minha primeira visita a uma livraria, depois do teste positivo, comprei alguns livros, um deles o “parto com amor” através do qual descobri que um parto normal não seria tão simples quanto somente informar a médica sobre o meu desejo.

Procurei então um grupo de apoio ao parto ativo no ABC, e tive o privilégio de conhecer mais algumas mulheres para admirar, e a sorte de então receber uma lista com os nomes dos médicos com quem seria possível ter um parto natural, sem dúvidas ou enrolação.

Como já era esperado, a médica que estava me acompanhando declarou ser “tradicional” e não adepta ao parto natural sem intervenções, e a consulta em que ouvi isso, foi a última com essa médica.

Consegui então marcar uma consulta com a dra. Andrea, depois de conversar com meu marido e concluirmos que, se fosse necessário, até venderia meu carro para pagar o parto.

O pré-natal foi tranquilo, até que na 35a semana comecei a ter pressão alta. No segundo dia com dor de cabeça e mínima de 10, comecei a tomar remédios, parei de trabalhar, de dirigir, de passear com meus cães... Aumentamos a dose, fiz repouso... e na 38a semana depois de muito remédio e alguns picos de pressão, a Dra resolveu induzir o parto.

Demos entrada no São Luis no domingo 15 de abril após as 22:00. Dra Andréa nos encontrou no saguão e na sala de primeiro atendimento me fez uma massagem no colo do útero que foi a maior dor que senti durante todo o processo de parto! Introduziu um comprimidinho que prepararia o meu colo para o TP, e eu e Ricardo nos recolhemos no quarto onde ficaríamos.

A segunda-feira foi dia de medir contrações, continuar com os comprimidos, avisar a família que o Caio ia nascer, etc. A noite, quando minha mãe foi me visitar, vomitei e tive uma dor de estômago tão intensa, que precisei tomar buscopan na veia pra acalmar. Sempre que me perguntam hoje, sobre as dores do parto, comento que a dor de estomago que senti no dia anterior, foi muito pior...

Na terça-feira, dia 17, às 7 da manhã a Dra Andrea veio iniciar a indução, estourou a minha bolsa e me colocou na ocitocina. Eu estava com 1 cm de dilatação. As contrações começaram a ficar um pouco mais doloridas. Avisei a doula, que já estava indo e vindo por conta do parto da irmã dela no mesmo hospital, e Ricardo e eu concluimos a escolha do nome completo do Caio, agora sabendo melhor a data e então estudando a numerologia.

A doula trouxe a bola pra eu já começar a relaxar... mas tinha um entra e sai de enfermeiras medindo minha pressão.. e a ansiedade para irmos para o delivery room era grande. As enfermeiras do hospital queriam que eu fosse pro CO, mas a dra insistia que eu só deveria descer quando eu estivesse em franco trabalho de parto.

Por volta das 11 da manhã a assistente da dra ligou pra minha doula e disse que estava nos esperando no delivery room. Minha dilatação estava ainda em 2 cm, e nós achamos que o TP ia até altas horas... As contrações ainda estavam leves e nós conversamos entre uma medição de pressão e outra. Sentei na bola e comecei a sentir as contrações mais fortes. O almoço chegou mas eu não consegui comer quase nada. Lembro que quis comer um salgadinho de polvilho que estava alí dando sopa mas a obstetriz me deu uma bronca por que aquilo aumentaria a minha pressão. Meu marido então foi almoçar fora do hospital e eu entrei na banheira. A água quente e as massagens da

doula eram uma benção... fiquei apoiada em um travesseiro de ar e de joelhos na banheira. Entre uma contração e outra conversava tranquilamente. Cada pausa era um grande alivio. Durante as contrações, soltar um AAAAA bem grave e forte também ajudava a passar a dor mais rápido. Um certo momento percebi que o Ricardo ainda não tinha voltado do almoço e pedi pra doula ligar pra ele. Ele tinha ido pro quarto tirar uma soneca, achando que o TP ainda ia longe...

Acho que perto de umas 14:30, saí da banheira para fazer outro cardiotoco, medir pressão e verificar a dilatação que já estava em 6 cm! Lembro de ter ficado muito feliz em ouvir que já estava com 6 cm e pensar: “Agora não tem volta! Vai ser normal mesmo!!” e perguntei: “Já posso pedir anestesia??”... e a enfermeira sorriu e me ofereceu um picolé. O Ricardo chegou, pra descobrir que o Caio nasceria bem antes do que ele esperava!

Voltei para a banheira, tomei suco, pedi anestesia de novo e disseram que o anestesista estava a caminho, assim como a obstetra e o pediatra, que tinham sido avisados as pressas que o TP estava evoluindo mais rápido do que imaginávamos. A obstetra e o pediatra estavam a caminho sim, mas o anestesista era balela.

Saí da banheira mais uma vez, e as lembranças vão ficando mais distantes... A doula e meu marido faziam massagens e a enfermeira queria medir a pressão mas as contrações estavam muito próximas umas das outras... então eu avisava quando vinha outra e a enfermeira não podia medir no meio de uma contração.. Alguém estava massageando os meus ombros e eu só lembro de pensar: “a dor é lá embaixo, por que a massagem no meu ombro??” e dizia: “Na lombar! Na lombar!” acho que fiz outro cardiotoco porque lembro que estava de lado e durante uma contração fiz xixi e avisei. A obstetriz mediu minha dilatação novamente e gritou: “Opa! Dilatação total! Volta pra banheira que vai nascer!

Só me lembro então de já estar na banheira, luzes apagadas, eu estar deitada e fazer xixi novamente... numa das contrações até engoli água. Tive a sensação de estar completamente sozinha ali. Tinha vontade de fazer força mas tinha medo que o Caio nascesse antes dos médicos chegarem.. principalmente o pediatra, por que não queria que levassem ele (o Caio) dalí...

A obstetriz avisou que a Dra Andrea já estava se trocando, e eu perguntei: “E o Douglas??”. Era muito importante pra mim que o Caio não fosse levado pro berçario como mandava o protocolo do hospital.. e eu sabia a importância do pediatra.

Então me lembro de já ver a dra apoiada na banheira, mandou meu marido entrar na banheira comigo e ele hesitou... eu disse: ”entra logo, tá com medo de se molhar??” na mesma hora me lembrei dos relatos que li onde o marido sempre leva bronca da esposa que está parindo... A dra me disse pra fazer força durante as contrações, sem fazer barulho com a boca ou com a garganta. Eu já não sentia mais as contrações... e fazia força por puro instinto, apoiada nos joelhos do Ricardo.

Ela sugeriu que eu colocasse a mão e sentisse a cabecinha dele, fiquei com medo de ver que ainda faltava muito, mas coloquei mesmo assim.. e notei que ele estava a uns 5 cm de nascer...o que na hora me pareceu 30!!!

Mudamos de posição e quando olhei pra médica percebi que tinha algo errado... a tela do computador do Ricardo, que estava tocando Enya e estava atrás das cabeças dele e da dra, formava uma luz que me confundia.. e eu enxergava metade do rosto das pessoas.. a outra metade era a foto do Ricardo em Machu Pichu. Avisei a dra e na mesma hora ela disse: “mede a pressão dela”, me falou pra não fazer força mas eu fiz mesmo assim, e tudo se apagou.

Em minha próxima lembrança eu estou deitada na maca, as luzes estão acesas, e alguém está segurando o Caio, enrolado em um pano azul na minha frente.. eu disse: “meu filho! Que lindo!” e alguém me disse que ele teria que ir porque não estava respirando bem... ouvi a dra dizer: ”olha a

placenta!” e me mostrar aquela que foi responsável por alimentar o meu filho por 9 meses, mas também por ter acabado de mudar todo o meu tão desejado parto pra sempre... também a ouvi dizer que tinha tido apenas 2 pontos de laceração.. não sei se nessa mesma ordem... tinha muita sede e pedi água, mas um médico me dizia que eu não poderia beber água, e a doula passava uma gase úmida na minha boca...

Tinha muita gente alí... e as minhas lembranças são um misto de fantasia e realidade.. eu acho que notei que as toquinhas da equipe eram estampadas com bichinhos e personagens de desenho animado, mas segundo o Ricardo isso foi minha imaginação me remetendo a um episódio de Grey's Anatomy...

Dalí fui pra UTI para ficar em observação.. assim como o Caio.. e o resto não faz mais parte do parto.. mas resumindo a ópera, eu fiquei 24 horas em observação e o Caio ficou 48... Minha primeira visão totalmente consciente do meu filho foi dentro de uma encubadora, com uma sonda na boquinha, um acesso enorme na mãozinha e um elástico apertando o pézinho para medir os batimentos cardíacos...

Ficamos no hospital até sábado 21/4... e a novela da pressão alta ainda nos deu alguns sustos.

Ainda estou trabalhando a minha frustração em terapia... ainda não consigo, depois de 7 semanas, dizer que aquele, foi o dia mais feliz da minha vida... talvez o dia seguinte, quando pude finalmente pegar o Caio nos meus braços, tenha sido o dia mais feliz de todos, ainda com o coração apertado... mas feliz por estarmos os 3 juntos, vivos.

Hoje, acredito que, por mais que eu tenha desejado um parto prazeroso pra mim e um nascimento respeitoso pra ele... só consegui controlar a parte que me cabia, por que ele, sendo um ser humano independente de mim, tinha o seu próprio magnetismo, o seu próprio destino, que aparentemente era nascer com as luzes acesas, vozes alteradas de fundo, num parto onde a protagonista foi a médica e não a mãe dele.. e ser acariciado pela mãe, não 6 horas depois do parto por que teve que entrar na fila do berçário, mas mais de 24 horas depois... por que a mãe dele não podia levantar da cama e precisava ficar em observação...

Ainda estou digerindo tudo isso... hoje estou muito mais conformada, mas ainda tenho muito pra digerir... Mesmo tendo feito a minha escolha com toda a informação disponível em mãos, mesmo com o apoio de tanta gente, ainda assim o universo veio nos ensinar a lição que é tão difícil de se aprender: “Não existem garantias”.
Carolina Moreira Oliveira
 

18 de junho de 2012

Marcha do Parto em Casa - Clipping rápido

Na TV, nos portais de notícias, nas redes sociais, nos blogs: a Marcha do Parto em Casa ganhou visibilidade em diversas mídias no país!

Eu e todas as 2.500 pessoas que lá estavam adoramos fazer parte de mais essa manifestação em defesa aos direitos da mulher na assistência ao parto. Queremos respeito!

A marcha começou assim, com a galera parando a Paulista!

E se estendeu até o Cremesp, perto da Igreja da Consolação. A caminhada não foi longa, mas suficiente para que um mar de gente bacana tomasse conta de uma faixa da Paulista e da Consolação, duas avenidas superimportantes da cidade. Porque o assunto é superimportante também!

E agora vamos a algumas das repercussões:

Fantástico: http://tinyurl.com/7uz9yjq

Álbum de fotos do uol: http://noticias.uol.com.br/saude/album/2012/06/17/marcha-do-parto-em-casa.htm#fotoNav=1

G1: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/06/mulheres-fazem-protesto-pelo-direito-de-fazer-o-parto-em-casa.html

Bom Dia São Paulo: http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-sao-paulo/v/passeata-reune-pessoas-que-lutam-pelo-direito-do-parto-em-casa-na-avenida-paulista/1998043/

Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,manifestantes-vao-as-ruas-defender-medico-que-apoia-parto-em-casa--,887719,0.htm

Folha: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/49548-maes-marcham-na-paulista-em-defesa-do-parto-em-casa.shtml

Folha (nota): http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/49466-5-minutos.shtml

Band News: http://bandnewstv.band.com.br/noticias/conteudo.asp?ID=600579&tc=brcsil-em-pcssectcs-mulheres-cobrcm-o-direito-de-fczer-o-pcrto-em-ccsc

Reportagem fotográfica de Cleber Masao: http://www.clicksbyclebermassao.com/2012/06/marcha-do-parto-em-casa-av-paulista-sao.html#more

Agência Brasil: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-17/manifestantes-defendem-em-sao-paulo-parto-natural-e-criticam-elevado-numero-de-cesarianas

Diário Online do Pará: http://www.diarioonline.com.br/noticia-206191-em-busca-da-humanizacao-parto-em-casa-vira-opcao.html

Diário Online do Pará: http://www.diarioonline.com.br/noticia-206319-ato-sensibiliza-para-parto-humanizado.html

Jornal do Commercio de Recife: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2012/06/17/recifenses-em-manifestacao-pelo-parto-em-casa-45906.php

Diário de Pernambuco: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2012/06/17/interna_vidaurbana,379547/mulheres-lutam-pelo-direito-de-decidir-como-e-onde-parir.shtml


Folha de Pernambuco: http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaoimpressa/arquivos/2012/junho/18_06_2012/0028.html

Spresso SP: http://www.spressosp.com.br/2012/06/manifestacao-defende-o-direito-da-mulher-escolher-o-local-do-parto/

Terra: http://vilamulher.terra.com.br/elas-defendem-o-parto-em-casa-8-1-53-264.html

ISaúde: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/28606/saude-publica/marcha-do-parto-em-casa-reune-500-em-sp-jorge-kuhn-volta-a-ser-destaque

R7: http://noticias.r7.com/saude/noticias/mulheres-fazem-protesto-em-defesa-do-parto-normal-em-sao-jose-20120616.html 


E tá lá a Deborah pendurada na grade, colando a faixa "Pelo direito de escolha"!

15 de junho de 2012

No hospital, na casa de parto, em casa

É a mulher e a família quem decidem onde o bebê vai nascer!

Os estudos científicos bem realizados mostram e alguns países desenvolvidos comprovam que nascer em casa é tão seguro quanto em uma instituição de saúde. Com a diferença de que pra dar à luz em casa, a mulher não precisa sair do seu ambiente!

Vamos defender esse direito de escolha. Pra escolher o local do parto, ninguém precisa de Conselho!


13 de junho de 2012

A manifestação é na Paulista. O parto é onde você escolher.

MARCHA DO PARTO EM CASA

Nos dias 16 e 17 de junho, mulheres ocuparão as ruas de várias cidades brasileiras em defesa dos seus direitos sexuais e reprodutivos, entre eles a escolha pelo local de parto.

No último domingo, dia 10 de junho, o Fantástico veiculou matéria sobre o parto domiciliar, o que causou bastante repercussão. O médico-obstetra e professor da UNIFESP, Jorge Kuhn, foi entrevistado e defendeu o domicílio como um local seguro para o nascimento de bebês de mulheres saudáveis com gravidezes de baixo risco, segundo preconiza a própria Organização Mundial de Saúde.

No dia 11/06, dia seguinte à matéria, o CREMERJ publicou nota divulgando que fará denúncia ao CREMESP para punir o médico-obstetra Jorge Kuhn por ter se posicionado favorável ao parto domiciliar nas condições acima detalhadas.

O estudo mais recente publicado no British Journal of Obstetrics and Gynecology (2009) analisou a morbimortalidade perinatal em uma impressionante coorte de 529.688 partos domiciliares ou hospitalares planejados em gestantes de baixo-risco: Perinatal mortality and morbidity in a nationwide cohort of 529,688 low-risk planned home and hospital births. [http://www3.interscience.wiley.com/journal/122323202/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0]. Nesse estudo, mais de 300.000 mulheres planejaram dar à luz em casa enquanto pouco mais de 160.000 tinham a intenção de dar à luz em hospital. Não houve diferenças significativas entre partos domiciliares e hospitalares planejados em relação ao risco de morte intraparto (0,69% VS. 1,37%), morte neonatal precoce (0,78% vs. 1,27% e admissão em unidade de cuidados intensivos (0,86% VS. 1,16%). O estudo concluiu que um parto domiciliar planejado não aumenta os riscos de mortalidade perinatal e morbidade perinatal grave entre mulheres de baixo-risco, desde que o sistema de saúde facilite esta opção através da disponibilidade de parteiras treinadas e um bom sistema de referência e transporte.
Em repúdio à decisão arbitrária dos Conselhos de Medicina em punir profissionais que compreendem como sendo da mulher a decisão sobre o local do parto foi idealizada a MARCHA DO PARTO EM CASA. Entre as reivindicações, além da defesa pelo direito à liberdade de escolha, pela humanização do parto e nascimento e pela melhoria das condições da assistência obstétrica e neonatal no país, também está a denúncia às altas taxas de cesarianas que posicionam o Brasil entre os primeiros colocados do ranking mundial.


MARCHA DO PARTO EM CASA
Rio de Janeiro - RJ
Local: Praia de Botafogo, altura do IBOL - Passeata até o CREMERJ (Rua Farani)
Data: 17 de Junho, domingo
Horário: 10h da manhã
Contatos: Ingrid Lotfi (21) 9418-7500
São Paulo - SP
Local: Parque Mário Covas (atrás do Trianon) - Passeata até o CREMESP

Data: 17 de Junho, domingo
Horário: 14h da tarde
Contatos: Ana Cristina Duarte (11) 9806-7090
São José dos Campos - SP
Local: Praça Affonso Pena perto dos brinquedos
Data: 16 de junho, sábado
Horário: 10h da manhã
Contato: Flavia Penido (12) 91249820

Campinas - SP
Local: Praça do Côco /Barão geraldo
Data 17 de junho, domingo
Horário: 14h da tarde
Contato: Ana Paula (19) 97300155

Sorocaba - SP
Local: Parque Campolim
Data 17 de junho, domingo
HOrário: 10h da manhã
Contato: Gisele Leal (15) 8115-9765

Ilhabela - SP
Local: Praça da Mangueira
Data: 17 de junho, domingo
Horário: 11h da manhã
Contato: Isabella Rusconi (12) 96317701 / Alejandra Soto Payva (12) 91498405

Brasília - DF
Local: próximo ao quiosque do atleta, no Parque da Cidade - Passeata até o eixão

Data: 17 de Junho, domingo
Horário: 09h30h da manhã
Contatos: Clarissa Kahn (61) 8139-0099 e Deborah Trevisan (61) 8217-6090

Belo Horizonte - MG
Local: Concentração na Igrejinha da Lagoa da Pampulha
Data: 16 de junho, sábado
Horário: 12h30 da tarde
Contato: Polly (31) 9312-7399 e Kalu (31) 8749-2500

Recife - PE
Local: Conselheiro Portela, 203 - Espinheiro - Em frente ao CREMEPE
Data: 17 de junho, domingo
Horário: 15h da tarde
Contatos: Paty Brandão (81) 8838 5354 \ 9664 7831, Patricia Sampaio Carvalho

Fortaleza - CE
Local: Aterro da Praia de Iracema
Data: 17 de junho, domingo
Horário: 17h da tarde
Contato: Semírades Ávila

Salvador - BA
Local: Cristo da Barra até o Farol
Data: 17 de junho, domingo
Horário: 11hrs da manhã
Contato: Daniela Leal (71) 9205-9458, Anne Sobotta (71) 8231-4135 e Chenia d'Anunciação (71) 8814-3903 / 9977-4066

Curitiba - PR
LOcal: Rua Luiz Xavier - Centro - Boca Maldita
Data: 16 de junho, sábado
Horário: 12hrs
Contatos: Inês Baylão (41) 9102-7587

Florianópolis - SC
Local: Lagoa da Conceição - concentração na praça da Lagoa, onde acontece a feira de artesanatos

Data: 17 de Junho, domingo
Horário: 15h
Contatos: Ligia Moreiras Sena (48) 9162-4514 e Raphaela Rezende (raphaela.rnogueira@gmail.com)

Porto Alegre - RS
Local: Parque Farroupilha (Redenção), Concentração no Monumento ao Expedicionário
Data: 17 de junho, domingo
Horário: 15:00hrs
Contatos: Maria José Goulart (51) 9123-6136 / (51)3013-1344

7 de junho de 2012

Encontro necessário

Encontrei outro dia, em um espaço de trabalho, a obstetra que tirou Sophia de dentro de mim. É, eu sei: ainda devo a mim e a todas que me conhecem desse nosso meio o meu relato de "parto".

Pois é, a última vez em que a vi foi no dia do aniversário de um ano da minha menina, tanto tempo atrás. Naquele momento ainda não estava em busca de nada, explicação alguma, apenas envolta em meu próprio mundo ocitocinado pelo aleitamento em demanda livre, embora o restante de meu mundinho caísse em pedaços ao meu redor.

Então, encontrei a moça. Já sabia das muitas voltas de sua vida, de seus dois filhos e já havíamos nos encontrado pelo FB. Mas antes, ficava pensando: o que será que vou sentir ao encontrá-la? Já tive tantos sentimentos diferentes, ao longo desses quase nove anos...

Lá estava ela, algumas fileiras à minha frente, à minha esquerda. Pois eu não pude esperar. Enquanto um dos palestrantes arrumava o datashow, fui pedindo licença, saindo do meu canto, até alcançá-la. Eu precisava saber. Agachada no chão, ao lado dela, toquei no seu joelho com um "oi!".

Os olhinhos amigos dela se iluminaram ao me ver, nos abraçamos naquela posição estranha, ela assentada, eu agachada, essas coisas que mulheres fazem. Deixei meu corpo sentir o dela, o único caminho para chegar ao conhecimento.

E foi isso. O encontro de duas mulheres, com suas conquistas e tragédias pessoais. Cujas vidas se cruzaram lá atrás em um contexto em que não se sabiam opositoras, para além do trabalho e da amizade que já compartilhavam.
 

Apoio

Aqui você encontra material sobre evidências e boas práticas relativas à saúde e ao bem-estar da dupla mãe-bebê. Fique à vontade e entre em contato, adoramos uma boa conversa! Envie um e-mail para grupomaternamente@gmail.com ou entre no grupo do Facebook.

Território

Atuamos principalmente em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (o ABC paulista), mas também na capital paulista e em outros municípios do Estado de São Paulo.

Articulação

Procuramos nos articular com outros movimentos sociais e com as instâncias gestoras, com o fim primordial de defender os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e de instaurar um novo paradigma de assistência à saúde da mulher.