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5 de maio de 2016

Vem aí a 4° Conferência Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, e eu com isso?

Tudo com isso! Se você sonha com um mundo mais justo, onde a cultura é a de cooperação ao invés da força, onde as oportunidades profissionais são amarradas à competência, as relações mais humanas e as guerras desnecessárias, com o patriarcado já provamos o quanto isso não é possível, o quanto não estamos alinhados com o planeta, destruindo a natureza, as outras formas de vida e classificando os humanos por gênero, raça e classe como forma de dominação.
Durante toda nossa existência, o mundo só conheceu uma ordem; a dominação do homem sobre a mulher sendo este o responsável pela família e chefe do lar. Do homem parte toda a estrutura cultural, legislação e a forma como entendemos a sociedade. Subjugadas em condição de frágeis e submissas, nós mulheres nascemos com o estigma de crescer, cuidar dos afazeres domésticos, gerar e cuidar da educação dos filhos, quando muito “recebemos ajuda” dos parceiros.
Há tempos que a cultura da submissão está enraizada em nossas entranhas o que dificulta, muitas vezes, que enxergamos que todos somos seres em igualdade de intelecto e que a distinção de gênero não é determinante para ter ou não capacidade. 
Da historia da costela de Adão até o marido exemplar que “ajuda” em casa, desde sempre a história é contada pela superioridade masculina. Por causa da garra, força e a ousadia de algumas mulheres, tomamos outro rumo no decorrer da história. Das sufragistas as lesbianistas, graças ao grito de nossas antepassados, hoje somos muitas e temos muito o que comemorar e nossa atuação se torna cada dia mais presente na sociedade.
Somos muitas Evas, que não vieram da costela de nenhum Adão; somos muitas Marias, que de coadjuvantes não tem nada; somos muitas vozes que cantam o hino da liberdade do seu corpo, da sua alma e somos muitas a brigar pelo poder de disputar de igual para igual. Pois ao contrário do machismo, no feminismo não há dominação da mulher sobre o homem e sim igualdade de direitos. Do direito ao voto ao de decidir sobre seu próprio corpo.
Por falar em corpo, é do útero que nasce alguém!
E se o homem não tem útero e consequentemente não pode gerar e parir,  por que ainda mantemos a cultura de parir em posição ginecológica (determinada por um Rei da França em algum momento)? Por que acreditamos na falta de capacidade de nossos corpos em parir e amamentar? Pois é, a sociedade patriarcal já escolheu no que devemos crer e essa escolha gera no inconsciente coletivo a falta de empoderamento resultando em submissão, e aí a cadeia se mantém. Por isso, todo dia é um novo dia para acordar!
Dizem que o século XXI será marcado pela era da vagina, concordo plenamente, basta se atentar ao mundo e aos acontecimentos. Graças a revolução da comunicação digital, podemos hoje conglomerar diversas escolas feministas em prol de “mais direitos, participação e poder para as mulheres” e essa temática será discutida entre os dias 10 a 13 de maio, na 4º Conferência Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres em Brasília.
Desde sua primeira edição em 2004, as Conferências vem reunindo cada vez mais coletivos de mulheres de diversas escolas feministas, promovendo o engajamento político e diversos projetos de apoio à igualdade de gênero, que a médio e longo prazo proporcionarão a construção de nova sociedade, regida por uma cultura matrística, na qual homens e mulheres possam participar de uma vida centrada na cooperação não hierárquica, aí sim, viveremos numa democracia plena.

Assistam!
Participem!
Junte-se à outras mulheres!
Formem grupos de discussão com assuntos feministas!
Sejamos todas de luta!

 

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