Desde 2009 atuamos na Região do ABC Paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), no município de São Paulo, em outras localidades do Estado e mesmo no plano nacional.
Em conjunto com outros movimentos de mulheres, já realizamos mobilizações e manifestações em defesa dos direitos da mulher e por melhorias na assistência ao parto, tais como:
- Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento – SMRN (desde 2009): exposições fotográficas anuais;
- Mobilização social pelo não fechamento do curso de Obstetrícia da USP (2011);
- Marcha do Parto em Casa (2012);
- Movimento de Mulheres e Homens pelo Direito a uma Doula no Parto (2013);
- Entrevistas e participações em programas: inserção em mídia impressa regional e mídia radiofônica e televisiva nacional;
- Debate sobre violência obstétrica (2012 e 2013), entre outros.
Ao longo de 2014 e 2015, a convite do Ministério da Saúde, participamos como representantes das mulheres pela rede Parto do Princípio das reuniões para elaboração das Diretrizes Nacionais para Assistência ao Parto Normal e Cesariana.
Também fomos convidadas a participar do Projeto Parto Adequado, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essa iniciativa envolve dezenas de hospitais e maternidades de todo o país que atendem pelo sistema suplementar (convênios e seguros) e que têm como meta melhorar a qualidade da assistência ofertada, em especial por meio da redução da taxa de cesariana. Em 2015, fomos responsáveis por uma oficina em uma das Sessões de Aprendizagem dentro desse projeto, com o objetivo de levar a perspectiva das mulheres para profissionais de saúde e gestores de hospitais.
O Projeto Parto Adequado, da ANS, em parte responde a uma decisão judicial decorrente de denúncia efetuada pela Parto do Princípio em 2006, sobre o abuso de cesarianas no setor privado de saúde. Essa denúncia foi elaborada e levada a cabo com nossa intensa participação, desde a redação do documento apresentado ao Ministério Público Federal até as subsequentes audiências e consultas públicas.
No plano regional, os últimos anos têm sido de intenso diálogo com os serviços, em especial com o Hospital da Mulher "Maria José dos Santos Stein", de Santo André, do qual fazemos parte do comitê gestor. Graças ao nosso incessante trabalho de aproximação com a diretoria do hospital e seus colaboradores, a maternidade permite que as parturientes tenham um acompanhante de sua escolha e ainda uma doula durante o trabalho de parto, o parto e o pós-parto imediato. Tendo em vista o contexto da maioria dos serviços do país, de desrespeito inclusive à lei federal que garante à mulher o direito a um acompanhante de sua escolha, entendemos que a abertura à participação de doulas constitui uma conquista a ser celebrada.
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