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28 de abril de 2011

Dia do Trabalho


Pode parecer incongruente pedir mais tempo longe do trabalho em pleno dia do trabalho! Mas não é, não. Muitas mulheres querem trabalhar e muitas o fazem porque precisam e mais ainda porque gostam. Porém, ser mãe e trabalhadora muitas vezes implica competição entre os dois papéis. Logo após o nascimento da criança, então, nem se fale! Eu mesma quase joguei a toalha e pedi demissão - voltei de licença quando meu guri tinha 4 meses e meio. Ele não aceitou meu leite - sem ser no peito - logo de cara e até que resolvesse mamar na minha ausência e começasse a se alimentar, passaram-se longas semanas de choro e tristeza durante minha jornada laboral. A amamentação exclusiva não durou seis meses, pois tive de introduzir alimentos bem antes disso. Mas eu sou privilegiada e contei com a brava ajuda da minha mãe nessa empreitada - e meu filho só foi tomar leite que não fosse materno com mais de um ano de idade, mantendo as mamadas no peito até quase dois anos.

Para que outras mães não precisem passar pela mesma agonia que eu e outras mulheres enfrentam e enfrentaram, vamos lutar para que a licença-maternidade de 6 meses seja consolidada em todo o país!

Vale lembrar, por fim, que essa luta deve ser emplacada por tod@s, é pelo bem de nossa sociedade. Mulheres mais pobres e com vínculos de trabalho mais frágeis (quando têm vínculo) sempre são as mais prejudicadas. Garantir a elas também os 6 meses de licença significa garantir crianças mais saudáveis e mais bem cuidadas, além de mulheres mais bem dispostas e focadas no trabalho.

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