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20 de setembro de 2012

A revolução começa hoje!

Este texto deveria entrar ontem, mas por motivos de trabalho maior, ficou adiado para este momento. E não deixa de ser oportuno.

Daqui a pouquinho pesoas mais afortunadas do que eu (dor de cotovelo: #on) assistirão à estreia do filme Liberdade para Nascer. Esse documentário de uma hora de duração traz a palavra de diversas figuras importantes no movimento pela melhoria da assistência ao parto no mundo e denuncia a situação atual dessa assistência, que configura desrespeito aos direitos humanos das mulheres, de seus filhos e de suas famílias.

Muitos países desenvolvidos e outros em desenvolvimento conseguiram universalizar o acesso ao parto hospitalar. Isso significa que em muitos lugares, no Brasil inclusive, quase todas as mulheres têm seus filhos em uma instituição de saúde. Surpreendentemente, porém, isso não significa que essas mulheres sejam bem atendidas: faltam qualidade e respeito.

O que configura a falta de qualidade? E a falta de respeito?

Essa discussão renderia posts para o ano inteiro - e ainda haveria pano pra manga. Mas eu poderia resumir em alguns aspectos.


Do lado do profissional de saúde, falta formação de nível superior com base na boa ciência, amparada por reflexões e treinamentos a respeito dos fatores psicológicos e sociais envolvidos no nascimento de uma criança.

Do lado dos gestores de saúde (e do governo), faltam ações para estimular o primeiro item e, ao mesmo tempo, combater atitudes retrógradas de partes da sociedade que, por diferentes motivos, não se interessam pela melhoria da assistência ao parto.

Do lado da mulher, falta informação de qualidade sobre o que é aceitável ou não na assistência ao parto, sobre seus direitos, sobre o que diz a boa ciência a respeito do parto normal fisiológico e sobre cada uma das intervenções realizadas sobre esse processo.



Quando essas condições não são respeitadas, há grande chance de a mulher ser prejudicada em seu papel principal, e tanto e de tal modo que isso configura desrespeito aos seus direitos como ser humano.

O documentário a ser lançado hoje tem uma história bastante bonita - não a história que ele mesmo conta, mas a história de como e por quê ele foi idealizado, produzido, distribuído. Vale a pena conferir. E quanto ao filme, bem, agora só me resta rever o trailer e aguardar pela próxima sessão!


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