Grande ABC terá 'mamaço' contra tabus
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
As mães que amamentam e apoiam a divulgação do aleitamento materno poderão participar
de evento inédito no Grande ABC. Domingo, às 11h, no Parque Engenheiro
Salvador Arena, em São Bernardo, são esperadas pelo menos 40 mulheres
para a realização do primeiro mamaço da região.
Um dos objetivos do encontro é o enfrentamento do preconceito, já que muitas pessoas rejeitam o fato de mulheres
amamentarem seus bebês em espaços públicos. "Atualmente temos de lidar
com as coisas de forma moderna, mas sem perder o que é natural. Somos
mães", explica uma das organizadoras, Carla Carpuano, integrante do
Grupo MaternaMente, mentor da ideia.
O evento acontece na Semana
Mundial do Aleitamento Materno, celebrada entre 1º e 7 de agosto. O
encontro deve durar pelo menos uma hora. Por lá, organizadoras vão
distribuir material com informações que incentivam o aleitamento materno
não só exclusivo (até seis meses) como também até 2 anos ou mais de
idade. Quem quiser participar é só levar o filho e amamentar junto às outras mães.
A maternidade ativa é outra bandeira erguida
pelo grupo, que defende a liberdade de escolha das mães em relação ao
nascimento do bebê ou desde a gestação. Ou seja, sendo parto normal,
humanizado ou induzido, a preferência da mãe deve ser considerada. "Tem
muito tabu em cima disso. Há retrocessos acontecendo. Precisamos
resgatar o poder da mulher enquanto mamífero. O corpo é nosso. Não é
decisão do médico", explica.
A polêmica vem de encontro com a interferência de médicos nas decisões das mães sobre onde e como terem seus filhos.
Elas avaliam que o debate deve se basear em estudos e dados
científicos, e não no achismo. "Não somos hippies. Entendemos os riscos e
benefícios de cada tipo de parto. Mas as mulheres precisam, pelo menos,
ter essas informações."
No domingo, na praia de Ipanema, no Rio de
Janeiro, gestantes farão a Marcha pela Humanização do Parto. A
manifestação é contra a decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio
de Janeiro, que proibiu médicos de realizarem partos domiciliares. Em
São Parto, a Marcha do Parto em Casa aconteceu dia 17 de junho.
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