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2 de agosto de 2012

S. Bernardo terá no domingo primeiro ‘mamaço’ da Região

Do ABCD Maior

Amamentação até os seis meses é fundamental. Foto: divulgação
Amamentação até os seis meses é fundamental. Foto: divulgação
Organizadores estimam que 50 mães devam comparecer ao evento no parque Salvador Arena
 
No próximo domingo (05/08), o parque Engenheiro Salvador Arena, em São Bernardo, será palco do primeiro mamaço do ABCD. Organizado pelo MaternaMente, grupo de mães da Região, a estimativa é que até 50 mães compareçam para amamentar seus filhos no local. A ação faz parte das atividades da Semana Mundial de Aleitamento Materno, criada há 20 anos para promover os benefícios do aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade e do aleitamento prolongado até dois anos ou mais.

De acordo com uma das participantes do grupo, Carla Capuano, o objetivo é promover e incentivar o aleitamento materno em locais públicos. “A ação começou quando uma mãe foi impedida de amamentar seu filho em um local público da Capital.” O mamaço ocorrerá em vários locais do Brasil, durante o final de semana.

O obstetra do Hospital Assunção, Luiz Henrique Firmino da Silva, destacou que a amamentação durante os seis primeiros meses de vida da criança é importante, para que a mãe transmita as defesas do organismo por meio do leite. “A mãe irá passar todo o histórico de defesa dela e todos os nutrientes necessários para o bebê, que são componentes perfeitos para essa etapa da vida da criança”, explicou.
 

Três Horas - Silva destacou que o recomendado é que a criança mame a cada três horas, porém isso depende de cada caso. “Temos essa recomendação, porém se a criança sentir fome com mais frequência, a mãe deve dar o peito. A amamentação é algo que faz bem até para a mãe, pois ajuda na recuperação do parto”, disse.

O médico disse ainda que não há um momento certo para a retirada do peito. “A partir do momento que a criança começa a comer outros alimentos, a mãe não precisa mais oferecer o leite materno. Porém, se a criança pedir, não há problema”, afirmou.

Quanto às mães que trabalham fora e que podem tirar o leite do peito para dar na mamadeira para a criança, o médico alerta que isso pode oferecer riscos à saúde do bebê. “A mamadeira deve estar muito limpa, pois isso pode ocasionar infecções na criança. Nestes casos, a mãe pode oferecer outros tipos de leite, porém o ideal é o materno”, salientou.

Mãe de dois filhos, a assistente de vendas Monise Santana de Carvalho amamentou as crianças durante os primeiros cinco meses de vida. “Depois disso voltei a trabalhar e contei com a ajuda da minha mãe. No caso do meu filho mais novo, eu dava o leite normal e à noite, quando chegava do trabalho, dava o peito. Porém, é um corte de vínculo muito brusco”, disse. 


Licença de 180 dias beneficia bancárias
A Constituição Federal garante licença maternidade de 120 dias para as gestantes, contrariando o que preconiza a OMS (Organização Mundial da Saúde) de que a criança tem que ser amamentada pela mãe durante os 180 primeiros dias de vida.

No caso dos bancários, 100% da categoria é beneficiada com a licença de 180 dias e de acordo com a diretora do Sindicato dos Bancários do ABC Maria Rita Serrano a negociação com os bancos teve inicio há dois anos. “Não foi uma pauta fácil para discutir. Os primeiros bancos a aderirem foram a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, para depois os bancos privados adotarem o beneficio”, disse.

A advogada trabalhista Célia Rocha de Lima explicou que as empresas podem aderir ao Programa Empresa Cidadã, que garante a opção para a gestante de ter a licença de seis meses. “Nesse caso, não é o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) quem paga a trabalhadora, mas sim a empresa, que pode deduzir isso no imposto de renda pessoa jurídica”, explicou.
 

Bancos de leite da Região precisam de doações
Os três bancos de leite humano do ABCD precisam de doações para atender a demanda. No Banco de Leite do HMU (Hospital Municipal Universitário), em São Bernardo, são necessários 300 litros por mês. Hoje o espaço tem 134 litros doados por 108 voluntárias, que beneficiam 101 recém-nascidos.

De acordo com a responsável pelo banco do HMU, Nerli Pascoal Andreassa, em períodos como o inverno e férias, o estoque sofre queda de até 30%. Além da produção de leite cair naturalmente, as mães também tiram menos leite devido ao frio. Interessadas em contribuir com o banco devem entrar em contato pelo telefone é 4365-1480.

Em Santo André, o banco do Hospital da Mulher conta com estoque de 11 litros em média, que supre a necessidade da Unidade Neonatal. Nos últimos dois meses houve uma queda 40 % no número de doadoras. Os telefones do banco são 4478-5048 ou 4478-5027.

Já o banco de leite do Hospital Estadual Mário Covas está com o estoque baixo para atender a demanda das crianças internadas na UTI Neonatal. “Hoje trabalhamos somente com o leite necessário para atender a demanda dos bebês internados, sem reserva”, destacou Luiz Fernando Trigo, coordenador da UTI. O telefone do banco é o 2829-5021.

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