Eu tive meu sonhado parto natural graças aos grupos de apoio que eu mantive desde a pré-concepção até o parto em si. Comecei a me empoderar através das listas de discussão de maternidade ativa, conhecer mais o que era um parto humanizado, entender como funcionavam os procedimentos durante o trabalho de parto, familiarizando-me com os termos médicos e rotinas hospitalares. Fui me ambientando à realidade nacional de nascimentos no país e me sentindo mais segura do que eu queria para mim, com a ajuda de outras mulheres das listas de discussão. Mas sentia falta de um grupo físico, eu moro longe das reuniões onde as mulheres que eu conhecia frequentavam e eu sentia que contato humano é muito importante para que eu pudesse tirar minhas dúvidas, me sentisse acolhida nesta empreitada meio isolada que é o empoderamento, que nos faz remar contra a maré de cesáreas agendadas nos hospitais particulares. Consegui ao final da gravidez conhecer um grupo na minha região, o qual pude frequentar e me sentir mais segura ainda nas minhas decisões. Hoje sou grata a todas as mulheres que me inspiraram com seus relatos de parto, suas experiências e conhecimentos para que eu pudesse lutar contra os procedimentos rotineiros, e poder buscar um médico que confiasse no meu poder de parir e me acompanhar durante o processo todo. Os grupos de apoio - tanto os virtuais quanto o físico- foram essenciais na busca do meu sonho de ter um parto do jeito que eu sonhava.
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Agnes Tanchéla, mãe do Bruno, nascido de parto natural hospitalar.
Leia também o relato de parto do Bruno.
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