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19 de outubro de 2013

Implementada em 2011, Rede Cegonha trouxe poucas mudanças


Do Diário Regional
19/10/2013
Por Aline Melo

O programa do governo federal Rede Cegonha, conjunto de ações que visam à qualificação do atendimento à gestante desde o início da gravidez e ao bebê até os 2 anos de vida, começou a ser implementado em 2011 na região. Entre os objetivos, está a redução da taxa de cesarianas nos hospitais públicos. No ABC, até agosto de 2013, nos estabelecimentos municipais e estaduais, a taxa de nascimentos por via cirúrgica foi de 43,6%, mais que o dobro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS, que é 15%.


O coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio Intermunicipal do ABC e secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, acredita que seja possível buscar a redução nos índices. Porém, destaca que não é possível ignorar a quantidade de gestações de alto e médio risco que ainda acontecem.  “Acho que o importante, agora, é ir acompanhando esse valor e perseguir a diminuição. Sei que estão todos os sete gestores municipais comprometidos, porque uma das referências, um dos indicadores para avaliação da Rede Cegonha, é a diminuição do numero de cesarianas”, informou.
Recursos
Para Santo André, o programa prevê recursos, ainda não disponibilizados ao município, visando à construção da Casa da Gestante, com 20 leitos; adequação do Centro de Parto Normal; adequação da ambiência para oferecer atendimento mais humanizado às gestantes; adequação física para implementação de oito leitos canguru, cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e oito leitos de UTI de cuidados intermediários.
O município recebe R$ 183 mil por mês, desde maio de 2012, referente ao custeio das ações relacionadas ao plano, neste caso, leitos de UTI. O Hospital da Mulher possui espaço para acompanhante (poltronas reclináveis), instaladas neste ano, e alojamento conjunto. Outro serviço implementado este ano é o acompanhante desde o momento da internação, como prevê a lei – anteriormente era só na hora do parto.
Diadema também tem projeto de construção de Centro de Parto Normal, desde 2012, mas a obra depende da implementação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Piraporinha, ainda sem previsão de conclusão. O Hospital Municipal não tem condições de oferecer à gestante o acompanhante durante todo o período de internação, apenas no  momento do nascimento, e a prefeitura está adequando as instalações. A administração não informou os valores que já foram repassados.
Hospital da Mulher
Em São Bernardo, os recursos da Rede Cegonha preveem a transformação do Hospital Municipal Universitário (HMU) em Hospital da Mulher, com Centro de Parto Normal, Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (Caism) e Casa da Gestante no mesmo equipamento.  Mauá já recebeu cerca de R$ 8,6 milhões, incluindo valores adicionais de custeio referente aos leitos já existentes no município, de gestação de alto risco, leitos de UTI neonatal e alguns leitos de UTI adulto.
A prefeitura solicitou a reforma de parte do 4º andar do Hospital Nardini para a implementação de dois Centros de Parto Normal, equipamentos para o setor e para melhorar a ambiência da maternidade. O Ministério da Saúde está avaliando as solicitações.
Ribeirão Pires recebeu R$ 47,7 mil para custeio de testes rápidos de HIV, por exemplo, para compor exames de pré-natal. Também já cadastrou proposta de investimento na reforma do Centro Obstétrico do Hospital e Maternidade São Lucas no valor de R$ 250 mil, e aquisição de equipamento no valor de R$ 100 mil. Há ainda recursos garantidos pelo Ministério da Saúde para habilitação do Centro de Parto Normal que será instalado no novo Complexo Hospitalar, com custeio mensal no valor de R$ 50 mil. São Caetano e Rio Grande da Serra não responderam à reportagem.






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