Camila Galvez
Quatro
mulheres, dois bebês e um homem. Enquanto as crianças mamam, os adultos
conversam sobre parto natural e aleitamento materno. Trata-se de mais
uma reunião mensal do Grupo MaternaMente, fundado pela educadora
perinatal Deborah Delage e pela ativista Denise Niy.
O objetivo das reuniões, realizadas sempre no Grande ABC, mas em pontos itinerantes, é disseminar informações para que as mulheres e suas famílias possam compreender e viver a gestação e o parto como eventos naturais, que demandam atenção e apoio, e não intervenções desnecessárias.
Segundo Deborah, as mães deixaram de escolher como seus filhos vão nascer. "Os médicos não têm paciência para esperar a hora certa do nascimento. Para eles, é conveniente fazer a cesariana. Para as mulheres, o que sobra são as consequências da anestesia e do pós-operatório", explicou.
A dona de casa Patrícia Mirela de Abreu, 24 anos, viveu isso na pele no parto do primeiro filho. Ela teve sangramento e o médico fez a cesárea sem sequer avaliar se havia condições para o parto normal. "Eu tinha 21 anos, era inexperiente e não discuti", relembrou.
O bebê nasceu com desconforto respiratório e passou cinco dias na UTI. "Quando tentei amamentar, ele não queria pegar o peito", lamentou.
Deborah explicou que o número de mães que não conseguem dar de mamar está ligado ao excesso de cesarianas. "A ocitocina é um hormônio produzido durante o trabalho de parto que estimula a produção de leite. Se não há trabalho de parto, não há ocitocina", destacou.
ara o segundo filho de Patrícia, o pequeno Francisco, presente à reunião aos 20 dias de vida, a amamentação foi mais tranquila. O bebê nasceu no hospital após 21 horas de trabalho de parto. "Assim que dei o peito, ele pegou na hora", comemorou a mãe.
NATURAL
A jornalista Carolina Robortella Valente, 29, viveu a mesma experiência, mas num parto muito mais rápido: entre a primeira contração e o nascimento de Elis, hoje com quase 2 meses, foram apenas quatro horas e meia. "Nosso plano era ter a Elis na casa de parto, mas não deu tempo de ir até lá", disse o pai, o radialista Jefferson Santos, 30.
Logo que nasceu, Elis procurou o peito sem nenhuma dificuldade. "Ela passou o dia todo mamando. É uma experiência maravilhosa, tanto o parto quanto o aleitamento. Recomendo para todas as mulheres", garantiu.
Qualquer pessoa pode acompanhar as reuniões do grupo, que não tem fins lucrativos. Basta entrar em contato pelos telefones 9201-5245 e 9383-4429, pelo e-mail grupomaternamente@gmail.com ou pelo site maternamente.blogspot.com.
A dentista que virou educadora perinatal
Deborah Delage planejou ter sua primeira filha de parto normal. Desde pequena convivia com a mãe, enfermeira obstetra, que sempre comentou sobre os benefícios de vir ao mundo por meios naturais.
Deborah formou-se dentista, mas não se esqueceu dos ensinamentos da mãe. Enquanto estava grávida, planejou-se para que seu grande momento pudesse ser realizado da forma que sempre sonhou.
Pequena e magra, Deborah não se importava com a questão física: tinha certeza de que daria conta. No entanto, seu sonho foi barrado por aquilo que ela chama de "sucessão de intervenções desnecessárias". Deborah teve sua filha por meio de uma cesariana.
A experiência fez com que a dentista voltasse seus estudos para outra parte do corpo, essa exclusivamente feminina: o útero. Tornou-se educadora perinatal.
Por meio do Grupo MaternaMente, Deborah ajuda mulheres a entenderem as transformações do corpo e a se colocarem como agentes ativas durante a gravidez e no parto. "A mulher precisa relembrar sua porção animal e ter certeza de que é capaz de parir e amamentar", ressaltou.
O objetivo das reuniões, realizadas sempre no Grande ABC, mas em pontos itinerantes, é disseminar informações para que as mulheres e suas famílias possam compreender e viver a gestação e o parto como eventos naturais, que demandam atenção e apoio, e não intervenções desnecessárias.
Segundo Deborah, as mães deixaram de escolher como seus filhos vão nascer. "Os médicos não têm paciência para esperar a hora certa do nascimento. Para eles, é conveniente fazer a cesariana. Para as mulheres, o que sobra são as consequências da anestesia e do pós-operatório", explicou.
A dona de casa Patrícia Mirela de Abreu, 24 anos, viveu isso na pele no parto do primeiro filho. Ela teve sangramento e o médico fez a cesárea sem sequer avaliar se havia condições para o parto normal. "Eu tinha 21 anos, era inexperiente e não discuti", relembrou.
O bebê nasceu com desconforto respiratório e passou cinco dias na UTI. "Quando tentei amamentar, ele não queria pegar o peito", lamentou.
Deborah explicou que o número de mães que não conseguem dar de mamar está ligado ao excesso de cesarianas. "A ocitocina é um hormônio produzido durante o trabalho de parto que estimula a produção de leite. Se não há trabalho de parto, não há ocitocina", destacou.
ara o segundo filho de Patrícia, o pequeno Francisco, presente à reunião aos 20 dias de vida, a amamentação foi mais tranquila. O bebê nasceu no hospital após 21 horas de trabalho de parto. "Assim que dei o peito, ele pegou na hora", comemorou a mãe.
NATURAL
A jornalista Carolina Robortella Valente, 29, viveu a mesma experiência, mas num parto muito mais rápido: entre a primeira contração e o nascimento de Elis, hoje com quase 2 meses, foram apenas quatro horas e meia. "Nosso plano era ter a Elis na casa de parto, mas não deu tempo de ir até lá", disse o pai, o radialista Jefferson Santos, 30.
Logo que nasceu, Elis procurou o peito sem nenhuma dificuldade. "Ela passou o dia todo mamando. É uma experiência maravilhosa, tanto o parto quanto o aleitamento. Recomendo para todas as mulheres", garantiu.
Qualquer pessoa pode acompanhar as reuniões do grupo, que não tem fins lucrativos. Basta entrar em contato pelos telefones 9201-5245 e 9383-4429, pelo e-mail grupomaternamente@gmail.com ou pelo site maternamente.blogspot.com.
A dentista que virou educadora perinatal
Deborah Delage planejou ter sua primeira filha de parto normal. Desde pequena convivia com a mãe, enfermeira obstetra, que sempre comentou sobre os benefícios de vir ao mundo por meios naturais.
Deborah formou-se dentista, mas não se esqueceu dos ensinamentos da mãe. Enquanto estava grávida, planejou-se para que seu grande momento pudesse ser realizado da forma que sempre sonhou.
Pequena e magra, Deborah não se importava com a questão física: tinha certeza de que daria conta. No entanto, seu sonho foi barrado por aquilo que ela chama de "sucessão de intervenções desnecessárias". Deborah teve sua filha por meio de uma cesariana.
A experiência fez com que a dentista voltasse seus estudos para outra parte do corpo, essa exclusivamente feminina: o útero. Tornou-se educadora perinatal.
Por meio do Grupo MaternaMente, Deborah ajuda mulheres a entenderem as transformações do corpo e a se colocarem como agentes ativas durante a gravidez e no parto. "A mulher precisa relembrar sua porção animal e ter certeza de que é capaz de parir e amamentar", ressaltou.
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