Será também a ocasião de mostrarmos que acreditamos na mudança de paradigma de atendimento, deslocando o médico do centro das atenções e colocando a mulher sob os holofotes: porque a ela cabe o papel principal nesse evento único e fantástico chamado nascimento.
Nessa perspectiva de devolver à mulher o protagonismo no parto, entendemos que o Brasil precisa urgentemente trabalhar para que mais e mais universidades abram vagas para o curso de obstetrícia, a exemplo que fez há poucos anos a Escola de Artes, Ciências e Humanidades, também conhecida como USP Leste.
Nesse campus afastado dos olhos das classes média e alta, diariamente travam-se batalhas diversas para que toda a sociedade possa contar com essas profissionais. Para manter o curso em funcionamento, estudantes e professores enfrentaram ou ainda enfrentam ações da universidade para fechar suas vagas, dificuldades com infraestrutura para aulas e eventos, além de questões tão imprevisíveis quanto denúncias de solo contaminado nos arredores das salas, por exemplo. Isso tudo paralelamente às decisões paralisantes de conselhos retrógrados, que externam a educação opressora que lhes serve de base ao tentarem oprimir ou reprimir a atuação das obstetrizes.
Pois bem, nós acreditamos que o nascimento de um filho pode e deve ser uma experiência prazerosa e que isso não só é possível como também é mais fácil tendo ao nosso lado uma obstetriz. "Estar com a mulher" é justamente a origem da palavra inglesa midwife, de que se origina nossa obstetriz.
O vídeo a seguir resume de modo genial o que as evidências científicas dizem a respeito do modelo de atendimento liderado pelas midwives ou obstetrizes. E até domingo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário