Camila Galvez
A
pequena Elis, 9 meses, precisou de apenas quatro horas para vir ao
mundo, em 13 de junho de 2011. Foram as quatro horas mais intensas da vida
da jornalista Carolina Robortella Valente, 30 anos. Elis resolveu que
seu momento havia chegado em sua própria casa. E ela não quis nem saber:
simplesmente não deu tempo para a mãe ir até a casa de parto. "Ela foi
rapidinha", brinca Carolina.
A jornalista e moradora de São Bernardo não estava sozinha durante o parto domiciliar, cada vez mais raro em grandes cidades. Ela contou com a ajuda da parteira Mariane Menezes, 26, em seu procedimento de estreia. "Antes havia acompanhado o trabalho de parto de mulheres até a hora de ir para o hospital. Nunca tinha feito sozinha. É uma honra estar lá nesse momento tão importante para a mãe."
Formada em Obstetrícia, Mariane conheceu Carolina no dia do nascimento de Elis, uma segunda-feira. Até então, quem acompanhava o desenvolvimento da gravidez desde o quinto mês era a educadora perinatal e doula Deborah Delage. "A Carol nem cogitava a ideia de parir em casa, e a Mari também ficava apreensiva. Só topou acompanhar porque o plano era que fossem para a casa de parto. Mas lá no fundo eu sabia que o que elas não queriam era exatamente o que aconteceria."
No dia 12 de junho, Deborah fazia churrasco com amigos em casa e teve pressentimento: precisava ligar para Carolina. "Ela perguntou se estava tudo bem, e eu disse que sim, que havia ido à casa de parto e estava tudo certo para quando a Elis resolvesse chegar." Deborah pensou, então, que sua intuição havia falhado.
A segunda-feira chegou como um dia normal para Carolina. Ela acordou, lavou as roupinhas de Elis e pensou que logo elas vestiriam o corpo pequeno e frágil de sua filha. "Sempre sonhei em ser mãe. Tanto que, quando o médico falou que eu precisava perder 30 quilos antes de engravidar, não pensei duas vezes em fazer a cirurgia de redução de estômago."
A cirurgia não impediu a chegada de Elis de forma natural. O primeiro sinal de que aquela segunda-feira seria especial aconteceu por volta do meio-dia, quando a camada gelatinosa que recobre o útero, chamada de tampão, se desprendeu. "De manhã eu havia sentido que a bebê estava encaixada e mandei e-mail para a Deborah. Desde então ela acompanhou passo a passo."
Elis nasceu por volta das 16h, no chão de um dos quartos da casa, amparada por Mariane. "Eu estava ali apenas para dar apoio, pois o processo foi totalmente natural." Deborah se perdeu e chegou apenas depois do nascimento da menina.
Após o parto, Carolina amamentou por 50 minutos, tomou banho e comeu um pedaço de pizza. "A sensação era de que, depois disso, eu seria capaz de qualquer coisa."
A cumplicidade entre as mulheres foi decisiva para que tudo corresse bem. Mas o fato de estar bem informada sobre o parto ajudou. "Não me senti insegura. Foi tudo natural."
A jornalista e moradora de São Bernardo não estava sozinha durante o parto domiciliar, cada vez mais raro em grandes cidades. Ela contou com a ajuda da parteira Mariane Menezes, 26, em seu procedimento de estreia. "Antes havia acompanhado o trabalho de parto de mulheres até a hora de ir para o hospital. Nunca tinha feito sozinha. É uma honra estar lá nesse momento tão importante para a mãe."
Formada em Obstetrícia, Mariane conheceu Carolina no dia do nascimento de Elis, uma segunda-feira. Até então, quem acompanhava o desenvolvimento da gravidez desde o quinto mês era a educadora perinatal e doula Deborah Delage. "A Carol nem cogitava a ideia de parir em casa, e a Mari também ficava apreensiva. Só topou acompanhar porque o plano era que fossem para a casa de parto. Mas lá no fundo eu sabia que o que elas não queriam era exatamente o que aconteceria."
No dia 12 de junho, Deborah fazia churrasco com amigos em casa e teve pressentimento: precisava ligar para Carolina. "Ela perguntou se estava tudo bem, e eu disse que sim, que havia ido à casa de parto e estava tudo certo para quando a Elis resolvesse chegar." Deborah pensou, então, que sua intuição havia falhado.
A segunda-feira chegou como um dia normal para Carolina. Ela acordou, lavou as roupinhas de Elis e pensou que logo elas vestiriam o corpo pequeno e frágil de sua filha. "Sempre sonhei em ser mãe. Tanto que, quando o médico falou que eu precisava perder 30 quilos antes de engravidar, não pensei duas vezes em fazer a cirurgia de redução de estômago."
A cirurgia não impediu a chegada de Elis de forma natural. O primeiro sinal de que aquela segunda-feira seria especial aconteceu por volta do meio-dia, quando a camada gelatinosa que recobre o útero, chamada de tampão, se desprendeu. "De manhã eu havia sentido que a bebê estava encaixada e mandei e-mail para a Deborah. Desde então ela acompanhou passo a passo."
Elis nasceu por volta das 16h, no chão de um dos quartos da casa, amparada por Mariane. "Eu estava ali apenas para dar apoio, pois o processo foi totalmente natural." Deborah se perdeu e chegou apenas depois do nascimento da menina.
Após o parto, Carolina amamentou por 50 minutos, tomou banho e comeu um pedaço de pizza. "A sensação era de que, depois disso, eu seria capaz de qualquer coisa."
A cumplicidade entre as mulheres foi decisiva para que tudo corresse bem. Mas o fato de estar bem informada sobre o parto ajudou. "Não me senti insegura. Foi tudo natural."
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