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6 de março de 2012

Diga-me o que lê...

E eu lhe direi como dará à luz!

Obviamente é uma brincadeira, mas como toda brincadeira, tem lá seu fundo de verdade.

Minha pesquisa de mestrado envolve a leitura de livros para gestantes - livros comuns, encontrados em qualquer livraria do país. E de tanto ler e manusear esses livros, estou cada vez mais abismada com o baixo nível das obras editadas por aqui.

Sobram erros, falta precisão. Para dizer o mínimo.

Então, nunca é demais reforçar que sim, há livros bons sobre gravidez e parto no mercado brasileiro!

Primeira indicação: Parto normal ou cesárea? O que toda mulher deve saber - e todo homem também, das digníssimas Ana Cris Duarte e Simone Diniz. Esse livrinho pequenino, barato e muito fácil de ler mudou o meu rumo em direção a um parto respeitoso. Encontrei-o por acaso, nas prateleiras da livraria do local onde trabalho. Diga-se de passagem que eu nunca entro nessa livraria, porque ela comercializa basicamente obras editadas pelo governo do Estado de São Paulo (que em geral não me interessam muito). Mas eis que firmou-se uma parceria com as editoras universitárias e surpresa! Quase tropecei ao passar diante da vitrine e enxergar, de soslaio, uma barriga grávida, linda, enorme, dando sopa por ali. Comprei, sem titubear, pois foi barato e prometia me explicar tudo o que eu desejava saber naquele momento.

Pois bem, o livro bendito me trouxe muito mais do que informação de qualidade e sem viés sobre um assunto muito pouco debatido no plano racional. O livro me trouxe um guia para testar meu médico. Junto com as perguntas ao ginecologista, várias questões foram despertadas dentro de mim. Afinal, quem é que decide o quê na história da minha gravidez?

E foi assim que comecei a caminhada em busca de um parto respeitoso. O percurso e o "grande desfecho" vocês podem ler no meu próprio livro, Lembranças Fecundas: meu diário afetivo da gravidez. (Que também é baratinho e ainda tem lucro revertido para a Parto do Princípio!)

Mas outro dia escrevo mais sobre esse aí. Hoje queria mesmo era expressar minha indignação com tanta abobrinha que os livros para gestantes trazem. Quem não quer ser coadjuvante no próprio parto que leia com atenção as palavras da dupla Ana Cris e Simone - e que mexa as cadeiras, se mexa nas cadeiras! Nem só de internet se faz um parto respeitoso!

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