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22 de outubro de 2010

Evidências em alta... altitude!

Intervalo em Keystone

Quando o assunto é cuidados em saúde baseados em evidência, algumas questões surgem no horizonte: basta-nos o modelo biomédico de explicação dos agravos em saúde? Se não, como realizar revisões sistemáticas que incluam variáveis dificilmente mensuráveis por meio do modelo biomédico?
O 19.º Colóquio Conjunto das Colaborações Cochrane & Campbell procurou jogar luz sobre essas indagações, juntando em um mesmo evento especialistas que, se trabalharem juntos, farão avançar em muito o conhecimento existente com o potencial de construir evidências em várias áreas de incerteza. A conferência magna de terça-feira, 19/10, apresentou a muitos de nós a Colaboração Campell, e mostrou os caminhos que têm sido trilhados por pesquisadores de ambas organizações na busca do trabalho colaborativo.
Para nós, da PP, o dia começou bem cedo, com a reunião do Grupo de Gestação e Nascimento que começou à 7:30. Em um rápido encontro de 1h30m, foram apresentadas novas orientações editoriais para revisões sistemáticas do grupo. Como não havia tempo ou espaço para novos pontos de pauta, mandei um bilhetinho para Janet Wale  - que tem escrito todos os Resumos em Linguagem Leiga (RLL, ou PLS em inglês) das revisões do grupo - com a minha obsessão atual: seria possível ter os RLL de novas revisões e/ou atualizações escritos também em português? Ela respondeu no bilhete: quem sabe um piloto... Bom, eu preferia ter uma resposta mais assertiva, mas essa foi um sim, certo?


Grupo Cochrane de Gestação e Nascimento


 Foi também o primeiro dia de apresentação de pôsteres, e pude notar que nenhum deles veio de organizações de usuários.
Ainda no período da manhã, participei de uma oficina com o tema: Assuntos relacionados a usários e tomada de decisão compartilhada. Taí um assunto que conhecemos bem de perto, não? Um dos palestrantes demonstrou como os achados de um estudo podem ser divulgados de forma positiva ou negativa, dependendo dos interesses envolvidos, e a outra mostrou como ocorre a divulgação científica na mídia comum, às vezes de estudos especialmente enviesados, ou com conteúdo questionável. Hmmmmmm... a gente conhece bem o assunto, não?
Terminei a tarde participando de uma excelente atividade sobre estudos qualitativos com o especialista da Campbell, Michael Saini.
Boas novas: tenho me sentido menos cansada, e fiz nesse dia uma caminhada de 2 km, do Centro de Conferências até o hotel, por uma trilha. Esperava ver um castor no riacho, mas não dei sorte. Todo mundo já viu...

Deborah Delage, de Keystone, Colorado

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