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27 de setembro de 2010

A dita cuja

Uma amiga muito querida está gravidíssima! Não tive oportunidade de visitá-la recentemente, pois que essa vida é sempre uma bagunça sem tempo. Então, preocupada com seu bem-estar durante e após o parto, decidi escrever um texto sobre episiotomia. Pesquisa vai, pesquisa vem, revisitei o site do projeto "Fique amiga dela!", que é simplesmente fantástico. Nenhuma mulher deveria passar dos 30 anos sem ler a cartilha disponibilizada no site, com informações claras e fáceis de ler sobre ninguém mais ninguém menos que... a vagina! É incrível como desconhecemos nosso próprio corpo.

Diante dessa riqueza de informações, duvido alguma mulher deixar que algum(a) médico(a) corte sua vagina impunemente... Pois é, na minha vagina ninguém passa a tesoura (nem o bisturi!). Não quero tomar pontos lá. Não quero cicatriz para a vida inteira. Não quero dor no pós-parto. Não quero risco maior de infecção. Não quero ter problemas para fazer cocô. Não quero dor nas relações sexuais. (É... o "piquezinho" que os gineco-obstetras adoram minimizar pode trazer todas essas consequências, pois afeta o assoalho pélvico.)

E por falar nele, olha aqui uma ilustração bacana dos inúmeros músculos que colaboram para o nosso bem-estar, retirada da cartilha Fique Amiga Dela.



Já imaginou enfiar uma tesoura aí e cortar deliberadamente tanta coisa importante?

Não dá, né? Então corra do seu médico, se ele disser que faz episiotomia em todos (ou quase todos) os partos normais. E se você não sabe se ele faz ou não, corra pra perguntar. E depois (provavelmente) corra dele, porque no Brasil, mais de 80% dos partos normais têm essa intervenção no pacote, única cirurgia do mundo que é praticada sem o consentimento da paciente.

Só de pensar nisso fico indignada, o que explica minha redação pouco controlada.

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