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19 de fevereiro de 2014

E agora, o que fazer?

Site, email, facebook, tudo isso no computador ou no celular... quantas possibilidades de acesso à informação temos hoje? Com Internet e um pouco de critério, conseguimos descobrir muita coisa útil por aí.

No ano passado, participei de um encontro de blogueiros da saúde em que se discutiu o papel de sites como o nosso, que se encarregam de divulgar informações nem sempre acessíveis à maioria da população. Entre egos inflados e muitos relatos pessoais sobre doenças e tratamentos, chamou minha atenção o fato de os profissionais da assistência se mostrarem muito preocupados com o "Dr. Google". Ainda hoje, na minha timeline do facebook, um amigo postou uma imagem sobre sintomas diante dos quais a mulher deveria procurar um especialista. E ele assinalou: "não precisa procurar o Dr. Google".
"Dr. Google" não é médico, mas pode localizar informações relevantes.
Para avaliá-las, cabe usar o senso crítico. E isso vale para tudo na vida.


Antes do encontro de blogueiros, eu sequer conhecia o termo "Dr. Google". Mas ele faz todo o sentido. E o temor dos profissionais em relação a ele também.

Segundo os provedores da assistência, um dos maiores problemas da informação disponível na web diz respeito a sua fidedignidade e confiabilidade. Concordo que não se pode acreditar piamente em tudo o que vemos na internet - mas isso vale para tudo, não só para dados relativos a saúde, doença e tratamento. E, cá entre nós, quem é capaz de buscar informações a respeito de sua saúde também possui habilidade suficiente para descartar aquelas informações menos verossímeis e, portanto, dignas de confiança.

O que assusta, portanto, não tem relação direta com o teor da informação, mas com a democratização da informação e suas consequências. Entre estas, cito a redução do poder do provedor de saúde e o questionamento, pelo paciente, das práticas hegemônicas.

É nesse contexto que temos trabalhado desde que começamos o grupo, em 2009. Preocupamo-nos em divulgar evidências científicas, mas cada vez mais pensamos ser necessário problematizar, com cada pessoa que nos procura, qual o significado dessas evidências. A informação está aí: e agora, o que fazer?

Nesse espírito retomamos as atividades em 2014 com nosso primeiro encontro presencial! Será sábado, das 14h às 16h, na Rua das Monções, 1.109, em Santo André. Venham!

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