Quem frequenta nossos encontros, nosso blog, nosso grupo no facebook e outros locais (virtuais ou não) que discutem assistência ao parto já está cansadx de ouvir falar de violência obstétrica ou violência institucional no parto. Infelizmente.
Até bem pouco tempo, enfatizava-se no Brasil, pelo menos na grande mídia, o abuso de cesarianas: o país é campeão em nascimentos cirúrgicos. Por trás dessa realidade, porém, esconde-se outra, ainda mais cruel e avassaladora: a assistência ruim, não baseada em evidência, autoritária, preconceituosa e misógina. E é essa assistência - tomando aqui o conjunto dela, incluindo profissionais, instituições e governos - que deixa a marca da violência nas mulheres, nas crianças e nas famílias.
Felizmente o véu está começando a cair e o tema está ganhando visibilidade ao ponto de se tornar tema de estudo - do campo da saúde pública, migrando para a psicologia, as ciências sociais, a comunicação e, enfim, o direito.
Eu particularmente não sou ingênua ao ponto de pensar que em pouco tempo teremos uma assistência classe A, centrada na mulher, baseada em evidência e acessível a todas. Acredito que ainda há muito caminho a percorrer nessa estrada - mas a boa, ou melhor, ótima notícia é que agora o caminho não é mais deserto e embora o lobo mau sempre passeie por perto, cada vez temos mais caçadores dispostos a nos ajudar!
Lá de Brasília, por exemplo, vem o vídeo reproduzido acima, produzido como trabalho de conclusão do curso de Direito. Precisa ter estômago forte para aguentar: são apenas 20 minutos, mas bastante "didáticos", digamos assim, para apresentar o tema da violência institucional no parto.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário