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4 de outubro de 2012

Jornada pelo autoconhecimento: não tem preço

Meu filhote completou sete anos recentemente, o que significa que eu estudo gestação e parto há pelo menos sete anos e meio. Então, estou aprendendo a ler, estou me alfabetizando no mundo da assistência ao parto. Estou apenas começando a caminhada que outras iniciaram bem antes de mim, felizmente. Tanto no Brasil como em outros países.

Nessa minha caminhada como militante, de tempos em tempos sinto vontade de jogar a toalha. Os dados estatísticos, as pesquisas e as histórias que me chegam aos ouvidos são negativos demais para quem luta por uma assistência ao parto respeitosa e baseada em evidências científicas. Dura realidade.

Fico imaginando, então, como essa realidade chega aos olhos, ouvidos e coração das mulheres que hoje estão grávidas e querem um bom início de vida para seus rebentos... Diante de uma realidade tão desfavorável a um parto normal digno, o que fazer? Por onde começar?

Eu costumo dizer que a gente não tem como desejar algo que não conhece. Então, pra mim, o primeiro item é: conhecer a realidade, as possibilidades, as limitações, os entraves, as pontes, os desvios... no que se refere ao nascimento no Brasil, é preciso conhecer bem como a nossa assistência é estruturada para entender se é isso que desejamos. E caso não seja, precisamos conhecer melhor ainda todo o contexto dessa assistência, porque só assim vamos conseguir enxergar outros caminhos.

Desde que eu e Deborah nos abraçamos como irmãs de luta, tentamos apoiar mulheres que estão nesse caminho de descobertas. Algumas vezes esse caminho não leva a um parto satisfatório - infelizmente. Mas as mulheres que se dispõem a caminhar, pé ante pé, experimentam um crescimento indizível, que por si só prepara muito mais para a maternidade e para a vida do que qualquer outro rito de passagem que nós, como sociedade, possamos criar. E isso, minha gente, vale muito mais do que um milhão de danoninhos.



Dias de Luta
Ira!

Só depois de muito tempo
Fui entender aquele homem
Eu queria ouvir muito
Mas ele me disse pouco...

Quando se sabe ouvir
Não precisam muitas palavras
Muito tempo eu levei
Prá entender que nada sei
Que nada sei!...

Só depois de muito tempo
Comecei a entender
Como será meu futuro
Como será o seu...

Se meu filho nem nasceu
Eu ainda sou o filho
Se hoje canto essa canção
O que cantarei depois?
Cantar depois!...

Se sou eu ainda jovem
Passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção
O que cantarei depois?...

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