A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) está promovendo um concurso de fotografia com o tema "Maternidade Segura". Qualquer pessoa pode participar e o prêmio é em dinheiro. Basta entrar no site, preencher o formulário e enviar a foto.
A iniciativa tem como propósito chamar a atenção para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em especial para a meta de número 5: melhorar a saúde materna. Essa meta foi traduzida como "Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna".
O Brasil está muito longe de atingir essa meta e mesmo no Estado de São Paulo - tão rico e "desenvolvido" - nem chegará perto da marca:
"Entre 1990 e 2003, a taxa de mortalidade materna no Estado de São Paulo decresceu 43%: passou de 53,1 para 30,1 mortes por 100 mil nascidos vivos. Em 2002, a taxa de mortalidade materna no Estado (35 óbitos por 100 mil nascidos vivos) já era menor que a metade da registrada no Brasil (73,1). Os índices paulistas, no entanto, ainda encontram-se distantes dos países desenvolvidos, onde se registram no máximo 20 mortes por 100 mil nascidos vivos." (Fundação Seade)
Esse dado torna-se chocante quando se pensa um pouco nas condições de assistência ao parto em nosso país. A maioria dos nascimentos ocorre em hospitais ou outros estabelecimentos de saúde, o que em tese deveria significar maior segurança para a mulher e o bebê. Além disso, a maioria das mulheres tem acesso a um número mínimo de consultas de acompanhamento pré-natal, o que também deveria significar maior segurança para a mulher e o bebê. Por quê, então, as brasileiras continuam morrendo por causas ligadas à gestação e ao parto?
No artigo Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal, a Profa. Simone Grilo Diniz aponta um caminho para compreender as mortes maternas no Brasil. Vale a leitura e vale também participar do concurso da OPAS - tudo em nome de uma maternidade mais segura!
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