Todo ser humano nasce. O Admirável Mundo Novo, de Huxley, felizmente ainda não se realizou e não há chocadeiras para a nossa espécie. Contudo, parir e nascer, muito além de fenômenos naturais, são também fenômenos socioculturais. Onde se vive e como se vive influenciam diretamente o modo como uma criança vem ao mundo.
A canadense Sarah foi rápida para notar isso. Grávida de sua primeira filha em terras brasileiras, constatou que teria poucas chances de parir caso permanecesse por aqui. Então, fez as malas e voltou ao seu país, onde deu à luz por meio de um parto natural hospitalar.
Sua cunhada Ana ainda não tem filhos, mas traz de seu país, a Espanha, outras matrizes de referência quando o assunto é nascimento.
Matrizes, aliás, que o casal Carla e Teco está reconstruindo ao longo da gestação de seu primeiro bebê. Com muita conversa, informação e respeito, ambos procuram o melhor caminho para bem acolher uma nova vida. Ela, pronta para um parto domiciliar. Ele, encantado com a Casa de Parto. Imersos que estavam na nossa cultura medicocêntrica, mostram-se felizes de conhecer outras possibilidades além do pacote hospital-anestesia-cesárea.
Parece uma mistura de tudo ao mesmo tempo, e é. Ou melhor, foi. Foi assim o encontro de julho, em São Bernardo, mediado pela tamém multicultural Deborah, que assina seus cheques com vários nomes complicados, finalizados por um ainda mais complexo Silva.
E viva as multiculturas!
Sarah do Canadá, Ana da Espanha, Carla do Brasil: imperatrizes do nosso encontro
Deborah do Brasil, da França, de Minas... e do grupo MaternaMente, dando liga à mistura com o casal grávido
Decisões conjuntas e bem informadas: Carla e Teco constroem as bases de sua nova matriz de referência
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