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29 de julho de 2013

A Violência Nossa de Cada Dia: Relato da Elis Almeida

Elis, grávida de Ester, com Pedro no colo
A violência institucional contra as mulheres em serviços de saúde é um fato tão negável quanto "invisível". Quando se trata de serviços destinados à assistência ao parto e nascimento, há ainda uma terrível naturalização dos atos e procedimentos executados pela equipe, que são vistos como inseparáveis da "situação parto". Para mudar essa cultura, é vital que mais e mais mulheres contem suas vivências e mostrem às outras e ao mundo que violência não é natural, que seus corpos lhes pertencem e não podem ser aviltados em nome do que quer que seja. Violência obstétrica é violência contra a mulher.

Elis Almeida é uma dessas mulheres, que cotidiana e diuturnamente são violentadas pelo sistema de saúde e pelos serviços obstétricos. Hoje ela compartilha conosco a história de violência que cercou sua gestação, e principalmente o parto de seu segundo filho, Pedro.


Parto do Pedro.

Junho de 2011: descobri a planejada gravidez e comecei o pré-natal na cidade que eu morava na época (Diadema), acompanhamento feito por Enfermeira Obstetra, e com GO a cada dois meses (em UBS).Todos os exames de rotina realizados no primeiro trimestre confirmando uma gravidez normal, e assim seguimos.
Segundo trimestre de gravidez, eu já estava morando em S. André, e transferi então o pré-natal para uma UBS próxima ao meu novo endereço.


25 de julho de 2013

Memória e Contexto - Parte 1: Temos direitos?

No final de 2012, o Grupo MaternaMente foi convidado a falar sobre gestação e parto no programa Memória e Contexto, da TVTO Memória e Contexto tem por objetivo ativar o pensamento e a ação crítica por meio de conteúdos apresentados com o apoio do acervo da TVT e através dos testemunhos de quem viu ou viveu os fatos. No estúdio, convidados e apresentadora refletem sobre a conjuntura atual em um bate-papo informal mesclado com música. No programa que foi ao ar em 12 de dezembro de 2012, com uma hora de duração, a repórter Maria Amélia Rocha Lopes nos recebeu junto à pedagoga Fátima Gonçalves Benevides, integrante do Projeto Menina Mãe, da Associação Paulista de Medicina, subsede Santos. A discussão sobre humanização da assistência foi intercalada com deliciosas intervenções musicais ao vivo do artista João Macacão. Recentemente os links para o programa foram disponibilizados online pelo canal, o que nos motiva hoje a refletir sobre os temas novamente. Convidamos você a pensar com a gente sobre os nós críticos que ainda precisamos desatar para termos assistência digna, respeitosa e segura para mulheres nesta etapa de suas vidas.



No primeiro bloco do programa, falamos de direitos. Fátima chamou a atenção para o fato de as escolas muitas vezes colaborarem para a evasão de adolescentes que engravidam, desestimulando-as a vir à escola para "evitar dar mau exemplo". As adolescentes têm o direito de se afastar da escola em licença-maternidade e podem fazer suas provas em casa, mas muitas vezes esses direitos lhes são negados. Tive um sentimento imediato de indignação ao ouví-la comentar sobre isso, e não pude deixar de pensar em como essa negação de direitos é fundamentada na visão de gêneros que temos na nossa sociedade. Lembrei-me também de uma professora que costuma dizer que, se a gravidez acontecesse no corpo dos homens, talvez aborto não fosse crime, mas um sacramento... De nossa parte, lembrei o quanto era importante estar ciente de que a assistência respeitosa e baseada em evidências científicas se inscreve no campo dos direitos humanos, mas gostaria de ter citado outras normas jurídicas além da Lei 11.108/05, conhecida como Lei do Acompanhante. Quem mandou falar demais? Rsss...

18 de julho de 2013

Relato de Parto: Tatiana Santiago parindo Nina

Hoje, compartilhamos com vocês mais uma história de busca pela melhor forma de trazer ao mundo um bebê. Agradecemos à Tati Santiago pela grandeza da partilha desse momento tão íntimo e especial. Ao final, não deixe de assistir ao lindo vídeo.

Relato de Parto da Nina

Bem, para começar essa história, é bom dizer que tudo começou bem antes de eu engravidar do Ian, meu primeiro filho. Desde sempre, eu dizia que quando tivesse um filho, faria tudo o que fosse comprovadamente o melhor para ele, e isso incluía um parto normal! Em meio a essa convicção, fiz uma lipo de abdômen – nunca senti tanta dor! A partir daí eu tive a certeza de que a cesariana não seria parte do meu destino.
 

Apoio

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Território

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Articulação

Procuramos nos articular com outros movimentos sociais e com as instâncias gestoras, com o fim primordial de defender os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e de instaurar um novo paradigma de assistência à saúde da mulher.