Elis, grávida de Ester, com Pedro no colo |
A violência institucional contra as mulheres em serviços de saúde é um fato tão negável quanto "invisível". Quando se trata de serviços destinados à assistência ao parto e nascimento, há ainda uma terrível naturalização dos atos e procedimentos executados pela equipe, que são vistos como inseparáveis da "situação parto". Para mudar essa cultura, é vital que mais e mais mulheres contem suas vivências e mostrem às outras e ao mundo que violência não é natural, que seus corpos lhes pertencem e não podem ser aviltados em nome do que quer que seja. Violência obstétrica é violência contra a mulher.
Elis Almeida é uma dessas mulheres, que cotidiana e diuturnamente são violentadas pelo sistema de saúde e pelos serviços obstétricos. Hoje ela compartilha conosco a história de violência que cercou sua gestação, e principalmente o parto de seu segundo filho, Pedro.
Parto do Pedro.
Junho de 2011: descobri a planejada gravidez e comecei o pré-natal na cidade
que eu morava na época (Diadema), acompanhamento feito por Enfermeira Obstetra,
e com GO a cada dois meses (em UBS).Todos os exames de rotina realizados no
primeiro trimestre confirmando uma gravidez normal, e assim seguimos.
Segundo trimestre de gravidez, eu já estava morando em S. André, e transferi
então o pré-natal para uma UBS próxima ao meu novo endereço.