25 de novembro de 2009
Parto no Estado de São Paulo
Clique na imagem para ampliá-la.
Fonte: Fundação Seade.
18 de novembro de 2009
Não basta ser pai, tem de ser geek
O Contraction Master foi desenvolvido por Bill Snebold, um americano da Califórnia de 48 anos. Há 4, quando sua esposa estava em trabalho de parto de seu primeiro filho, o designer gráfico se viu perdido no meio de papel, caneta e relógio. Anotar tudo e fazer contas no meio da noite mostrou-se uma tarefa ingrata. E logo, num dos intervalos entre as contrações, ele não teve dúvidas: puxou o laptop e programou um aplicativo simples que se encarregou de registrar o andamento do trabalho de parto. Tudo o que ele precisou fazer dali em diante foi pressionar a barra de espaço cada vez que uma contração começava e terminava.
Segundo ele, o aplicativo criado de improviso mostrou-se extremamente útil, já que ele pôde deixar de lado as anotações. "Funcionou como mágica e me liberou para eu passar mais tempo com minha esposa quando ela realmente precisava de mim", diz ele.
Nasceu então, além do menino, o programinha que mais tarde seria disponibilizado na Internet, com alguns aperfeiçoamentos na interface. Com a chegada do iPhone e a sua loja online, plim! O casamento foi perfeito e mais de 5 mil unidades do aplicativo foram vendidas em 6 meses.
Além do menino de 4 anos, agora Snebold também é pai de uma menina de 2 anos. Sua empresa, embora focada na área publicitária, prepara-se para lançar ainda em 2009 outro aplicativo para iPhone, o Nursing Master. Este aqui não me empolga muito, pois visa controlar as mamadas, o que não ajuda em nada a livre demanda. Ainda assim, a iniciativa do pai geek em disponibilizar o contador de contrações via Internet, gratuitamente, é bem-vinda.
No Facebook há vários depoimentos positivos sobre o aplicativo. A versão para iPhone ainda solta um relatório formatado para envio por e-mail, olha que bacana! Assim, dá pra passar a noite em trabalho de parto, em casa, sossegada, e de tempos em tempos mandar uma mensagem com todos os registros para a enfermeira, parteira, médica, sem neuras!
Quem foi que disse que no parto fisiológico não há espaço para traquitanas tecnológicas?
10 de novembro de 2009
Taxa de cesárea
Proporção de Cesáreas | |
Estado de São Paulo e Municípios do ABC | |
2007 | |
Em % | |
Localidade | Cesáreas |
Estado de São Paulo | 55,36 |
São Caetano do Sul | 73,61 |
Ribeirão Pires | 67,25 |
Santo André | 63,12 |
Mauá | 61,31 |
Rio Grande da Serra | 60,23 |
São Bernardo do Campo | 58,27 |
Diadema | 52,03 |
Fonte: Fundação Seade. |
São Caetano do Sul orgulha-se de ter o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, além de outros indicadores socioeconômicos bastante favoráveis. O otimismo, contudo, não vale quando o assunto é parto. O município que tem a maior renda per capita do ABC é também o campeão em cesáreas da região: em 2007, mais de 70% de suas cidadãs sofreram cirurgia para que seus filhos nascessem. Desnecessário (e ao mesmo tempo inevitável) dizer que essa situação é uma vergonha...
23 de outubro de 2009
Correndo
E também pulando de alegria, um amigo será pai pela primeira e segunda vez de uma vez só!! Gêmeos a caminho, emoção em dobro!! Felicidades e saúde!!
16 de outubro de 2009
Com humor
"Na média, 12 recém-nascidos são entregues aos pais errados diariamente."
Do divertido Learn something every day.
15 de outubro de 2009
Do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Hospital tem tratamento multidisciplinar para casos de dor pélvica crônica
Mulheres com dor pélvica crônica podem ter tratamento multidisciplinar no Ambulatório de Endoscopia Ginecológica e Dor Pélvica Crônica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. O tratamento proposto pelo coordenador do Ambulatório, Prof. Dr. Antônio Alberto Nogueira, teve início em estudo concluído em 2000 quando de 199 pacientes atendidas no ambulatório, 116 receberam indicação de laparoscopia para diagnóstico das causas de dor pélvica crônica.
Entre as 116 mulheres, 67,2% eram casos de dor associados à realização de "cesáreas de repetição" e as demais aos diagnósticos de endometriose, tumores, aderências pélvicas ou seqüelas de inflamação pélvica. Através do estudo, o Prof. Nogueira observou que mulheres que tiveram dois ou mais filhos pelo parto cesariano eram fortes candidatas ao acometimento da dor pélvica crônica, independente de outros fatores como aderências pós-operatórias.
"Em grande parte destas laparoscopias nós não encontrávamos nenhuma alteração que pudesse estar associada com a dor. Então nós começamos a estudar mais especificamente outros fatores relacionados com a dor pélvica crônica como as síndromes miofasciais (músculos e tecidos moles da parede abdominal e músculos associados à vagina e reto)". O estudo resultou na ampliação da denominação dos serviços do Ambulatório de Endoscopia para a inclusão da Dor Pélvica Crônica. Atualmente a equipe do Prof. Nogueira tem uma proposta de enfoque multidisciplinar para o tratamento da doença que mesmo sendo considerada de alta incidência, ainda carece de diagnóstico específico e tratamento apropriado.
Num resumo publicado em 2006, pela Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, ele descreveu que a "dor pélvica crônica é uma doença debilitante e de alta prevalência, com grande impacto na qualidade de vida e produtividade, além de custos significantes para os serviços de saúde". Descreveu que o "manejo da dor pélvica crônica continua a frustrar médicos confrontados com o problema, em parte porque sua fisiopatologia é pobremente compreendida" e "consequentemente o tratamento é muitas vezes insatisfatório e limitado ao alívio temporário dos sintomas".
Para explicar os motivos do aparecimento da dor pélvica crônica, inclusive nos casos de cesáreas de repetição, o Prof. Nogueira comentou que este tipo de dor "tem uma etiologia biopsicossocial", resultante de uma "complexa interação entre os sistemas gastrintestinal, urinário, ginecológico, músculo-esquelético, neurológico, psicológico e endócrino, influenciada ainda por fatores socioculturais". Em conseqüência ele sugeriu uma abordagem multidisciplinar e recomendou que os "procedimentos cirúrgicos específicos, tais como a laparoscopia, deveriam ser indicados somente para pacientes selecionadas", depois de excluídas principalmente a síndrome de intestino irritável e dor de origem miofascial.
"Tem que tratar concomitantemente a ansiedade e a depressão e tem que ter um especialista em fisioterapia para fazer tratamento destas síndromes miofasciais porque tem tratamento específico para o músculo". Ele disse que "frequentemente o problema não é de origem ginecológica, mas piora em algumas fases do ciclo menstrual nas quais a mulher fica mais sensível à dor e faz pensar em causa ginecológica".
No Ambulatório de Endoscopia Ginecológica e Dor Pélvica Crônica do Hospital das Clínicas, onde o atendimento funciona através de referenciamento médico das unidades de saúde, o movimento semanal estimado é de 50 pacientes, sendo que entre 15 novas avaliações, seis são casos de diagnóstico de dor pélvica crônica. Três pós-graduandas fisioterapeutas e uma psicóloga auxiliam no tratamento multidisciplinar destas pacientes.
Motivo de queixa de 39% das mulheres americanas
De acordo com as informações de especialistas internacionais relacionados na publicação de 2006 do resumo do Prof. Dr. Antônio Alberto Nogueira, a dor pélvica crônica "é definida como dor pélvica não menstrual ou não cíclica, com duração de pelo menos seis meses, suficientemente intensa para interferir em atividades habituais e que necessita de tratamento clínico ou cirúrgico". Nos Estados Unidos acomete 3,8% de mulheres com idade entre 15 e 73 anos, sendo que de 14 a 24% estão em idade reprodutiva. "Cerca de 60% das mulheres com a doença nunca receberam o diagnóstico específico e 20% nunca realizaram qualquer investigação para elucidar a causa da dor". É motivo de queixa de 39% das mulheres em unidades de saúde de atendimento primário e responsável por 40 a 50% das laparoscopias ginecológicas, 10% das consultas ginecológicas e aproximadamente 12% das histerectomias (remoção do útero).
No Brasil, segundo o Prof. Nogueira, não há dados sobre a "real prevalência" da doença mas o estimado é "que seja superior àquela encontrada em países desenvolvidos". Ele também explicou que reações do tipo inflamatórias em terminações nervosas, em locais submetidos à traumas na parede abdominal ou nos músculos associados à vagina e reto (assoalho pélvico), como os traumas cirúrgicos podem levar ao desenvolvimento de pontos dolorosos ou mesmo "pontos de gatilho" nessas regiões que levam à percepção da dor à distância em outros locais, como a região pélvica". No estudo, o aparecimento da dor pélvica crônica em mulheres com histórico de "cesáreas de repetição", não dependia de fatores relacionados com aderência pélvica "Só o fato dela ter feito duas ou mais cesarianas ela era uma candidata a ter dor pélvica crônica".
O estudo do Prof. Dr. Antônio Alberto Nogueira, que associou a realização da cesáreas de repetição com o aparecimento da dor pélvica crônica, foi publicado em 2002, pelo órgão de divulgação da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (International Journal of Gynecology & Obstetrics) e premiado com o "Best Clinical Research Article from a Developing Country" (melhor trabalho dos países em desenvolvimento). Também ficou colocado entre os mais lidos no site americano Doctor’s Guide. Mais recentemente, em fevereiro de 2008, a publicação International Journal of Clinical Practice fez referência em editorial, à assistência multidisciplinar proposta pela equipe do Dr. Nogueira, para o tratamento deste tipo de dor.
5 de outubro de 2009
Roselene relata
E o debate foi sobre o OrgasmicBirth, documentário produzido por Debra Pascali-Bonaro - educadora perinatal e professora de midwifery (parteria) nas faculdades de medicina da Universidade da Pensilvânia e na Estadual de Nova York - que assisti pela segunda vez, a primeira chorando ao lado de Deborah Delage, amiga pessoal e da Parto do Princípio, e a segunda agora, chorando ao lado da Ana Paula Caldas, amiga e cobeth na vida e no ativismo, ouvindo no filme o que ouvi pela primeira vez da própria AnaPaula numa lista de discussão sobre parto, numa época em que eu acreditava que a UTI havia salvo minha filha: o sistema médico-hospital quase mata para em seguida aparecer como salvador dos bebês. Que risco a humanidade correu de não vingar, com tanto insucesso como regra no nascimento.
Para ler o relato completo, passe lá no Polipatos.
2 de outubro de 2009
Prontas para o fim de semana
Amamentar protege:
- contra várias doenças e infecções da infância. Crianças que tomam leite artificial têm de duas a cinco vezes mais doenças gastrointestinais e respiratórias, infecções de ouvido e do trato urinário.
A amamentação promove o vínculo natural, o desenvolvimento do cérebro, níveis mais elevados de QI, o desenvolvimento do sitema nervoso central, o desenvolvimento da mandíbula e da face.
NÃO amamentar aumenta o risco:
- para a mãe, de hemorragia pós-parto, câncer de mama, câncer de ovário, osteoporose e câncer do endométrio;
- para o bebê, de pneumonia, pressão arterial alta, doença cardíaca, obesidade e cárie.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) atualizou em 2003 um documento sucinto mas repleto de informações sobre o aleitamento materno, o qual pode ser lido na íntegra aqui.
Hoje recebi da Fabíola, da Matrice, estas fotos do desafio do ano passado. Senti muita saudade de ter o meu guri ao peito!
E por fim, mas não menos importante, leia no blog das Mamíferas textos inspirados e inspiradores sobre essa nossa vida louca e maravilhosa, tão cheia de contradições, e talvez por isso mesmo tão cheia de... vida!
1 de outubro de 2009
Seminário
30 de setembro de 2009
Mamaço
Em São Paulo, quem promove o desafio é a Matrice, no Parque do Ibirapuera. Anote na agenda e participe:
Desafio Internacional de Amamentação
3 de outubro - sábado
concentração às 10h30 - mamaço às 11h00
portão 7 do Parque Ibirapuera
29 de setembro de 2009
Pelo parto normal humanizado
"- Lutar pela transformação do modelo intervencionista de assistência ao parto e melhor formação e qualificação profissional;
- Unir esforços em prol de uma assistência humanizada e do respeito ao poder das mulheres como protagonistas no momento do nascimento;
- Denunciar todas as formas de opressão e violação de direitos das mulheres, familiares e profissionais;
- Exigir dos órgãos governamentais um posicionamento mais rigoroso com relação ao cumprimento da legislação e das políticas de Estado que garantem os direitos de informação e escolha no parto e nascimento."
Acesse o site da Abenfo para obter mais informações sobre a entidade e participe do abaixo-assinado.
28 de setembro de 2009
Ainda sobre movimentação durante TP
Como bem lembrou a Déborah, mais importante do que se movimentar é ter liberdade para escolher o que fazer, quando e como, e que tudo seja explicado para a mulher e seu acompanhante tintim por tintim.
23/04/2009 - 11h23
Exercitar-se na hora do parto reduz chance de cesárea e dor
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
Praticar exercícios fisioterápicos durante o parto aumenta a tolerância à dor, reduz o uso de fármacos e diminui o tempo até o nascimento do bebê, conclui um estudo feito no Hospital Universitário da USP. Entre as grávidas que fizeram as atividades, o índice de cesarianas ficou em 11%. A média, na instituição, é de 20%.
No SUS, a taxa de cesáreas é de 28% e na rede privada e suplementar chega a 90%. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o índice seja de, no máximo, 15%.
Na pesquisa, foram avaliadas 132 gestantes do primeiro filho, com gravidez a termo: 70 foram acompanhadas por fisioterapeuta e fizeram os exercícios preconizados no trabalho de parto e outras 62 tiveram acompanhamento obstétrico normal, sem os exercícios. As gestantes do estudo foram orientadas a ficar em várias posições, fazer movimentos articulares e pélvicos, relaxamento do períneo e coordenação do diafragma.
A fisioterapeuta Eliane Bio, autora do estudo, diz que, além da redução do número de cesáreas, os exercícios diminuíram a dor e a duração do trabalho de parto -de 11 para 5 horas. "Nenhuma parturiente do nosso grupo precisou de analgésico." No grupo controle, 62% usaram drogas de analgesia.
No Brasil, exercícios no trabalho de parto estão restritos aos poucos centros médicos que incentivam o parto normal, mas, em países como a Inglaterra e a Alemanha, vigoram há mais de 40 anos. Na França, toda grávida é orientada a fazer ao menos 12 consultas com o fisioterapeuta no pré-natal.
Segundo Bio, os exercícios remetem à livre movimentação que, no passado, a mulher tinha em casa durante o parto. "Temos que estimular as habilidades do corpo da mulher para o parto, prevenindo traumas no períneo, levando a uma vivência menos dolorosa, resgatando a poesia do nascimento."
Segundo ela, os procedimentos fisioterápicos preconizam a participação da mulher em todo o processo de parto, com a livre escolha de posições durante as contrações.
O obstetra Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, diz que o estudo é benfeito (prospectivo, randomizado e com um número significativo de voluntárias). "Tudo o que estimula responsavelmente o parto normal é bem-vindo num país com altíssima incidência de cesárea."
Para ele, o ponto principal do trabalho foi ter mostrado que o acompanhamento fisioterápico retarda a necessidade de analgesia, diminuindo o tempo do trabalho de parto.
Na opinião de Renato Kalil, ginecologista e obstetra da Maternidade São Luiz, o mérito do trabalho de Bio é ter "colocado no papel" a eficácia dos exercícios. "Minhas pacientes fazem isso há 22 anos, mas ainda são exceções. Na maioria dos hospitais, a grávida fica deitada esperando a hora da cesárea."
Ele pondera que o trabalho não consegue demonstrar de que forma ocorre o relaxamento provocado pelos exercícios. "Um médico adepto da cesárea diria que seria preciso medir os impulsos elétricos do músculo para comprovar o relaxamento. Mas, na prática, sabemos que a movimentação funciona."
Tarde de sábado
No segundo encontro do grupo MaternaMente, realizado no Núcleo de Desenvolvimento Infantil Eureka, em São Bernardo do Campo, refletimos sobre a liberdade de movimentação durante o trabalho de parto.
Com base em um arsenal de imagens, compartilhamos nossas experiências, que se mostraram bastante diversificadas, desta vez com a colaboração especial de um pai que acompanhou o parto do primeiro filho e agora se prepara para receber o segundo rebento.
Esperamos que a troca tenha sido tão boa para tod@s quanto foi para nós!
23 de setembro de 2009
22 de setembro de 2009
Encontro de setembro
Grupo MaternaMente convida:
encontro gratuito sobre gravidez e parto
tema do mês: mexa-se durante o
trabalho de parto!
26 de setembro • sábado • das 15h às 17h
Núcleo de Desenvolvimento Infantil Eureka
R. Tiradentes, 881 – São Bernardo do Campo
mais informações:
Deborah (9201-5245)
Denise (9383-4429)
grupomaternamente@gmail.com
http://maternamente.blogspot.com
18 de setembro de 2009
Carregue esta ideia
De 21 a 28 de setembro comemoraremos a Semana do Babywearing. O termo em inglês embute a ideia de "vestir o bebê", o que se compreende facilmente quando se vê o conjunto adulto(a) + sling + criança.
17 de setembro de 2009
Encontro em SBC
No último sábado de agosto, eu e Deborah tivemos a honra e o prazer de nos reunirmos com Agnes e Aline, em São Bernardo do Campo (SP). Foi uma tarde muito gostosa, em que trocamos experiências sobre a maternidade e conversamos um bocado sobre a fisiologia do parto.
Agradecemos a presença das gestantes, na expectativa de que o encontro tenha lhes proporcionado aprendizado e crescimento, não só no sentido estrito.
Agrademos ainda o apoio da Escola Eureka, onde aconteceu a reunião, a diretora Martha, pelo apoio incondicional, e as funcionárias Maria e Maria de Fátima, pela ajuda, pelo carinho e pelos cuidados com a Sofia sapeca.
Estamos a todo vapor planejando o próximo encontro, que será em 26 de setembro. Em breve divulgaremos mais detalhes aqui!
América Latina, centro do mundo cesarista
¿Quieres una cesárea? Vete a América Latina
Unas 850.000 cesáreas se practican innecesariamente cada año en América Latina, la región con mayor índice de partos quirúrgicos del mundo, informó el diario argentino "La Nación".
Sólo en los hospitales y clínicas del sistema de salud pública de Argentina se hacen cada año al menos 70.000 cesáreas sin necesidad, de acuerdo con el argentino José Miguel Belizán, director del Centro Latinoamericano de Perinatología (CLAP).
Eso significa que el 25,4 por ciento de los partos atendidos por la salud pública de Argentina terminan en cesárea, lo que excede el porcentaje ideal establecido por la Organización Mundial de la Salud, que es del 15 por ciento.
"La Nación" indica que, aunque no hay cifras precisas, se sabe que en el ámbito de la salud privada el porcentaje de partos quirúrgicos aun es más elevado y en algunos centros llega al 70 por ciento.
Fernando Althabe, un especialista del centro que dirige Belizán, que tiene sede en Montevideo, elaboró un estudio para determinar la proporción de cesáreas y de partos naturales en 36 hospitales repartidos por Argentina, Brasil, Cuba, México y Guatemala.
Entre el 25 y el 30 por ciento de los cerca de 150.000 partos contabilizados en el estudio fue por cesárea, concluyó Althabe.
¿De dónde viene la cesárea?
Aunque la cesárea, que debe su nombre a Julio César, en muchos casos salva la vida de madres y bebés, en otros produce innecesariamente complicaciones de salud.
Al ser una intervención quirúrgica, la cesárea tiene riesgos. La mortalidad materna aumenta hasta 10 veces en comparación con el parto natural y también crecen las posibilidades de sufrir infecciones o hemorragias.
¿Es más seguro una cesárea?
"El estudio nos demostró que la mayoría de las mujeres prefiere el parto por vía vaginal. No están erradas porque la sensación de que la cesárea es más segura o menos dolorosa es falsa", dijo Belizán.
Los autores del estudio no han llegado a determinar con exactitud la razón de que haya un incremento constante del número de cesáreas en países como los latinoamericanos.
Lo que es evidente es que en países desarrollados, sobre todo los que tienen una organización mas socializada del sistema de salud, disminuye el porcentaje de cesáreas, mientras que en los que conviven el sistema público y el privado, no.
En toda América Latina se observa una relación directa entre el incremento del Producto Interior Bruto y la proporción de partos por cesárea, señalan los expertos consultados por "La Nación".
Terra/Efe
16 de setembro de 2009
O homem, a mulher e a dor do parto
31/10 - 03:09 - EFE
México, 30 out (EFE).- O parto é um ato violento, mas não tem por que ser doloroso, disse a escritora francesa Muriel Bonnet, opinando que a dor é conseqüência da atual "cultura do medo" imposta pelo homem.
"A dor vem do medo", disse Bonnet em entrevista à Efe.
A autora de "O nascimento, uma viagem: o parto através dos povos" explicou que o medo produz adrenalina, deixando as mulheres tensas.
A reação endurece os músculos do útero e gera a dor.
Ela acusou os homens de impor o mundo masculino de força sobre o feminino. A dominação é causada, por sua vez, pelo medo "do poder da deusa da criação", opinou.
"É uma luta de poder. Os homens tiraram da parteira seu poder natural de ajudar as suas irmãs e filhas a dar à luz. Agora as mulheres têm que lutar para retomar seu direito natural de apoiar as outras mulheres no parto", sustentou.
Quando o mundo feminino recuperar seu lugar haverá equilíbrio entre homens e mulheres, previu Bonnet. Durante 25 anos ela percorreu o mundo para observar como se dá à luz em diversas culturas.
A francesa esclareceu, no entanto, que não se trata de dominar o homem, que deve ocupar seu papel de companheiro da mulher. Os dois devem exercer a sua liberdade.
Bonnet lembrou seu primeiro parto, quando tinha 23 anos, como algo envolvido por uma nuvem de medo e ignorância. Ela usou anestesia epidural, fórceps e parto comum no hospital, porque não conhecia outras opções. Da segunda vez, quando teve gêmeos, o parto foi "de quatro", uma experiência mais simples, natural e agradável, garantiu.
"Em outras culturas, o parto não dá tanto trabalho, é algo simples", observou. Por isso, buscou parteiras baseadas na transmissão ancestral de conhecimentos no México, Amazônia, Canadá, Europa, África e Índia.
"O parto na verdade está ligado ao coração. Dar à luz é algo sagrado, como fazer amor, mas na sociedade atual nos esquecemos disso", explicou.
"Num mundo onde a mulher é integrada ao seu ambiente natural, o bebê nasce como um orgasmo", afirmou.
Bonnet é uma firme defensora de partos dentro de casa ou em "casas de parto" administradas por parteiras.
"Devemos tomar consciência primeiro do poder das mulheres, e não deixar que ele fique nas mãos de outras pessoas, como médicos", recomendou.
A francesa afirmou que a cultura do medo afeta inclusive a família, e é responsável pela luta entre sogra a nora.
"É uma concepção do passado. Nós, mulheres, somos bruxas, e isso é ruim. Mas na realidade ser uma bruxa é ser uma mulher de conhecimento, que não aceita a opressão, e isso é mais comum nas mulheres mais velhas", sustentou.
As mulheres jovens sentem essa força, que causa "inveja e medo", e daí nasce a inimizade entre sogras e noras. Mas, para ela, não deveria ser assim, já que "se existem bons homens é porque suas mães fizeram um bom trabalho".
18 de agosto de 2009
Estreia
Grupo MaternaMente convida:
encontro gratuito sobre gravidez e parto
tema do mês: a fisiologia do parto – como nascem os bebês
29 de agosto • sábado • das 15h às 17h
Núcleo de Desenvolvimento Infantil Eureka
R. Tiradentes, 881 – São Bernardo do Campo
mais informações:
Deborah (9201-5245)
Denise (9383-4429)
grupomaternamente@gmail.com
http://maternamente.blogspot.com
31 de julho de 2009
Até tu, blogger!
28 de julho de 2009
Inspiração para trabalhar
Let's get together and feel all right
O projeto Playing for Change (que eu traduziria como Tocar para Mudar) é uma daquelas iniciativas porretas que me fazem acreditar na humanidade.
"Temos de inspirar uns aos outros para nos unirmos como raça humana", diz Mark Johnson, criador do projeto. Partindo da base de Stand by Me, a equipe viajou o mundo e gravou diversos artistas executando a música. Quando finalizada, transformou-se num magnífico mashup, ao mesmo tempo em uma metáfora sobre a grandeza da cooperação. "Nenhuma dessas pessoas se encontrou pessoalmente, foi a música que as uniu e a crença de que podemos fazer muito mais se trabalharmos juntos", afirma Johnson.
Eu igualmente acredito no trabalho de formiguinhas, que contagiam os bichinhos que estão por perto, que chamam ainda outros para colaborar e assim por diante, até que se tem uma multidão na obra. Assim é na Parto do Princípio, assim será no grupo MaternaMente!
24 de julho de 2009
Mamãe fashion
Entre os inúmeros atos de amor compreendidos na maternidade, amamentar sem dúvida é dos mais porretas. Ter aquela criaturinha nos braços, chegá-la ao peito, oferecer o alimento, o calor do corpo e a vida fazem com que qualquer pessoa se sinta uma super-heroína. Eu me sentia assim, eu me sinto assim até hoje, mesmo já tendo desmamado meu guri.
Nunca tive vergonha nem pudores de amamentar em público. Contudo, incomodava-me muito ter de ficar seminua só para botar o bico do peito para fora. Esticar decote, levantar camiseta, carregar trocas de roupa por causa dos respingos... em dia de festa, então, o apuro era maior ainda. Mas isso porque eu não conhecia o trabalho da Flávia Mesquita. Mamães que amamentam, continuem amamentando, mas sem sair da estica, com as peças da Criando Gente!
14 de julho de 2009
Esse mundo tá perdido
Agências
Dizem que alguns pais confiam tão piamente na palavra dos seus filhos, que são capazes de comprar briga com o mundo por eles. Foi o que aconteceu com a polonesa Magdalena Kwiatkowska, de 13 anos e sua mãe.
A mãe da garota está processando um hotel egípcio onde passavam férias, afirmando que sua filha ficou grávida ao utilizar a piscina. Ela acredita que a adolescente teve contato com espermatozóides que, de alguma maneira, sobreviveram na piscina mista.
Segundo o tablóide The Sun, uma fonte ligada à agência de viagens afirmou: “A mãe insiste que a filha não teve contato com nenhum rapaz enquanto estavam lá. Ela está determinada a avançar com o caso.”
Parece brincadeira, mas as autoridades turísticas de Varsóvia, na Polônia, confirmaram ter recebido a denúncia bizarra.
3 de julho de 2009
A morte materna e a crise
Publicado em 02/07/2009
500 mil mulheres morrem todo ano durante gravidez ou parto
Relatório da ONU aponta que atual crise econômica dificulta o acesso a financiamentos para programas de saúde reprodutiva
Um relatório conjunto do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e do Banco Mundial lançado quarta-feira (1º) em Washington aponta que a crise econômica mundial tornou mais difícil o acesso a financiamentos para programas de saúde materna.
Segundo o documento, o planejamento familiar e outros serviços de saúde reprodutiva não são prioridade nos programas de desenvolvimento dos países pobres.
Números preliminares divulgados pelo Banco Mundial mostram que a ajuda global para a saúde aumentou de US$ 2,9 bilhões em 1995 para cerca de US$ 15 bilhões em 2007, equivalente a R$ 30 bilhões.
Apesar disso, durante o mesmo período, investimentos em programas de saúde reprodutiva aumentaram um pouco mais de US$ 1 bilhão.
Em comentário sobre o tema, a diretora executiva do Unfpa, Thoraya Obaid, disse que a falta de vontade política para proteger a saúde e os direitos das mulheres impede maiores avanços na área.
Gravidez
O Unfpa estima que mais de 500 mil mulheres morrem todos os anos de problemas médicos que poderiam ser tratados durante a gravidez.
A África é o continente com as mais altas taxas de mortalidade materna. O número de mortes é pelo menos 100 vezes superiores ao dos países ricos.
Fonte: Rádio ONU
2 de julho de 2009
Mortalidade materna
01.07.2009 - 22:03:58
Mortalidade infantil é considerada baixa em Teresina
A Prefeitura de Teresina busca apoio da família para combater mortalidade infantil
Mesmo com a mortalidade infantil considerada baixa em Teresina pela Organização Mundial de Saúde – OMS, a Prefeitura vai buscar um maior envolvimento da família nos cuidados com a mulher e a criança desde a gestação até o pós-parto, como forma de reduzir ainda mais o coeficiente, que, no ano passado, alcançou 17,96 óbitos por cada 1.000 nascidos vivos em no município.
Para a coordenadora de Ações Assistenciais da Fundação Municipal de Saúde, Amariles Borba, a redução da mortalidade, tanto materna quanto infantil, não depende somente de um médico especialista, mas de uma equipe inteira, incluindo, principalmente, a família. “O acompanhamento por parte da família é importante para oferecer à mulher uma situação favorável à gravidez e ao pós-parto”, enfatiza. No caso da criança, a médica recomenda muita atenção a fim de que se possa perceber a gravidade da doença o quanto antes e procurar o médico.
A morte da criança pode ocorrer nos primeiros sete dias e as principais causas são doenças relacionadas à gestação e ao parto, à prematuridade, ao baixo peso de nascimento (menos de 2.500 g) e às doenças respiratórias e infecciosas, além de malformações e pneumonia.
Entre as medidas recomendadas para a redução da mortalidade infantil estão: estímulo às mulheres a procurar um posto de saúde no início da gravidez e, quando mães, procurar o serviço de saúde para o acompanhamento do bebê, participar de grupos de planejamento familiar, fazer o pré-natal, consulta pós-parto, e pós-aborto, cuidados do bebê e vacinação. A gravidez, o parto e o nascimento do bebê devem ser compartilhados pela família, amigos e a comunidade.
A Prefeitura pretende alcançar a meta estabelecida pelo Governo Federal, de redução da mortalidade-infantil em 5% nos próximos dois anos. Segundo Amariles Borba, isso requer a efetivação e estruturação da vigilância de óbitos materno-infantis, fetais e por causas mal definidas, conforme recomenda o Ministério da Saúde para gestores de todo o Nordeste. Teresina já vem fazendo a investigação de óbitos infantis, mesmo com algumas dificuldades, em virtude da quantidade a ser investigada, que gira em torno de 250 óbitos por ano.
Em relação à morte materna, a OMS considera esta uma epidemia silenciosa, que assume níveis inaceitáveis. Em todo o mundo morrem anualmente 500 mil mulheres na faixa etária de 10 a 49 anos. Conforme os números da Organização, isso significa a morte de cerca de 1.410 mulheres por dia. As mortes acontecem, 99% das vezes, em países em desenvolvimento. A OMS considera razoável até 20 mortes maternas por cada 100.000 nascidos vivos. No Brasil o índice ainda é muito elevado com 100 óbitos por cada 100 mil nascidos vivos. Em Teresina, o coeficiente ficou em 64,65 em 2008, com um total de 09 óbitos.
A morte materna é a morte da mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da mesma e pode estar associada a doenças que as mulheres tinham antes de engravidar ou que adquiriram durante a gravidez. As principais causas são: pressão alta, eclampsia, hemorragias, complicações do aborto, problemas cardíacos e infecções pós-parto.
26 de junho de 2009
Pé de moleque
2 potes de glucose de milho, ou Karo (total de 720 g)
1 xícara de açúcar
1 pacote de flocos de arroz, ou Krispis (só achei Chocokrispis, ficou bom também)
3 xícaras de amendoim torrado sem casca*
1 pote grande de pasta de amendoim, ou Amendocrem (500 g)
Colocar o karo e o açúcar para cozinhar em fogo brando. Quando começar a ferver, contar 3 minutos e apagar o fogo. Misturar com todos os demais ingredientes e colocar numa forma untada com margarina. Alisar a superfície com uma colher. Deixar esfriar e cortar em quadradinhos. Depois, é só comer!
*Sai mais barato comprar amendoim cru (mais ou menos 500 g) e torrar no forno. É bem rápido, cuidado para não deixar o amendoim preto! Para tirar a casca, basta esfregar o amendoim entre as mãos e depois assoprar, a casca sai voando e faz a maior sujeira na casa!
***
O post culinário justifica-se: meu quitute junino fez sucesso na festa da repartição! Aliás, verdade seja dita, os créditos são da minha mãe.
Slides
17 de junho de 2009
Mais banalidades
16 de junho de 2009
Banalidades da vida moderna
"Carregando... Por favor, aguarde." Dá pra comprar no site ThinkGeek.
15 de junho de 2009
Tira-dúvidas
Publicado em 14/06/2009
O que é uma casa de parto?
Os Centros de Parto Normal (CPN) foram criados pela Portaria 985 do Ministério da Saúde em 1999 e são definidos como “unidade de saúde que presta atendimento humanizado e de qualidade exclusivamente ao parto normal sem distócias (parto difícil)”. “É um local onde as mulheres vão ter seus bebês com menos intervenção, com a participação da família, que valoriza aspectos sociais do nascimento”, afirma o médico obstetra Marcos Dias, da Fundação Oswaldo Cruz.
Toda gestante pode dar à luz nas casas de parto?
Não. Apenas cerca 40% das mulheres, cuja gravidez é de baixo risco. Elas são selecionadas durante o pré-natal para se adequar às possibilidades das casas de parto. Algumas casas restringem o atendimento a moradores da vizinhança.
Quando não é possível ter atendimento em uma casa de parto?
Em caso de complicações relacionadas à saúde mãe e do bebê, como gestantes com diabete, hipertensão, cardiopatias. Também não é recomendado para bebês com má-formação fetal, prematuros (antes de 37 semanas de gestação) e grávidas de gêmeos ou que já tiveram um parto cesáreo.
Quem faz o atendimento nas casas de parto?
Parteiras, enfermeiras e enfermeiras-obstetras. A portaria que criou os CPN estabelece que eles podem ser dirigidos por enfermeiras-obstetras. Alguns deles, como o de Brasília, têm médicos, o que não é obrigatório.
O que acontece em casos de complicações durante o trabalho de parto?
A mulher é transferida para um hospital público que atua em parceria com a casa de parto, que tem ambulância 24 horas.A transferência ocorre em caso de descolamento prematuro de placenta, sangramento, pressão alta durante o trabalho de parto, presença de mecônio (fezes do feto) no líquido amniótico, diminuição dos batimentos cardíacos do bebê ou sofrimento fetal. “Há um
protocolo de atendimento, uma rotina prevista para garantir a segurança da mãe e do bebê”, assegura Dias.
Como é o parto?
Durante o pré-natal, a mulher traça um plano de parto, no qual faz escolhas como que tipo de procedimentos gostaria que fossem feitos ou não, a posição em que quer ter seu bebê, quem ela quer que a acompanhe, a música, a luminosidade. Durante o trabalho de parto ela pode comer, ingerir líquidos, andar, tomar banho.
O que uma casa de parto não faz?
Cesárea, raspagem dos pelos pubianos (tricotomia), lavagem intestinal, aplicação de anestesia, corte do períneo.
Se não há anestesia, como as casas de parto lidam com a dor?
São usados métodos não farmacológicos para alívio da dor, como massagens, exercícios com bola e de respiração, banhos de água morna. “A dor vem do medo, há uma descarga de hormônios no organismo que dificulta ou paralisa o trabalho de parto. O ambiente acolhedor e o trabalho feito no pré-natal diminuem o medo e, em conseqüência, a dor”, diz a diretora da Casa de Parto David Capistrano, a enfermeira-obstetra Leila Azevedo.
Como é o alojamento?
Em algumas casas de parto, é coletivo. Na David Capistrano, a mãe fica em um quarto com cama de casal com o bebê e o acompanhante. O bebe fica com mãe o tempo inteiro.
As casas de parto atuam só nos partos?
Não. Há atendimento pré-natal, inclusive com orientações e informações sobre o parto e o bebê. As palestras são dirigidas às gestantes e sua família. Após o parto, há visitas domiciliares, apoio ao aleitamento e cuidados com bebê, pelo menos no primeiro mês.
A melhor reportagem até agora
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Em defesa do parto humanizado
Criados há dez anos, os Centros de Parto Natural são alvos de críticas de entidades médicas, que defendem atendimento especializado. Unidades enfrentam ações judiciais para permanecerem abertas
Publicado em 14/06/2009 | Rio de Janeiro - Érika Busani, enviada especial
O abraço simbólico à Casa de Parto David Capistrano Filho, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, foi mais uma batalha na guerra travada entre entidades médicas e os defensores do parto humanizado desde que o Ministério da Saúde criou os chamados Centros de Parto Normal (CPN), em 1999. Atualmente, há 11 casas de parto no país.
Mulheres com seus filhos no colo ou na barriga, enfermeiras, estudantes de enfermagem e a comunidade local se mobilizaram em defesa da casa de parto na última terça-feira. O lugar havia sido fechado cinco dias antes pela Vigilância Sanitária do estado, após uma inspeção que detectou “falta de condições sanitárias”. Conforme o comunicado, faltam uma central para esterilização de material cirúrgico, cozinha e lavanderia hospitalar, além de equipamentos como monitor cardíaco.
“A nossa casa do parto tem todos os equipamentos que a normativa do Ministério da Saúde determina”, garante o presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo), Herdy Alves. “No Centro de Parto Normal não cabe o que eles pedem. A inspeção foi feita com olhar de hospital”, reclama a diretora da David Capistrano, a enfermeira-obstetra Leila Azevedo. Ela destaca que a casa tem um hospital de referência para onde as parturientes são encaminhadas em casos de complicação, além de uma ambulância à disposição 24 horas.
Na noite de quarta-feira, o desembargador Guaracy Vianna, responsável pelo plantão judiciário, concedeu uma liminar para a reabertura da casa de parto. Mas, até o fim da tarde de sexta-feira, a direção da unidade não havia sido oficialmente comunicada da decisão, permanecendo fechada para atendimento. A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, responsável pela casa de parto. Em razão do feriado, a assessoria de imprensa estava em recesso na sexta.
Em 2008, a casa de parto de Juiz de Fora, em Minas Gerais, foi fechada pela Universidade Federal da cidade, à qual era ligada. Desde então, o Ministério da Saúde tenta junto ao Ministério da Educação a reabertura da unidade.
Sem médicos
As casas de parto são unidades de saúde onde o pré-natal, o parto e o pós-parto são atendidos por enfermeiros e enfermeiros-obstetras, além de nutricionistas e assistentes sociais. A missão é incentivar e realizar o parto humanizado (veja box com mais informações). Em alguns CPNs há médicos na equipe, o que, pela portaria que as instituiu, não é necessário. É o que desagrada às entidades médicas. “Estão querendo deixar as enfermeiras sozinhas para atender essas mulheres. É uma coisa perigosa e sem razão de ser”, diz o ginecologista Pedro Pablo Chacel, corregedor do Conselho Federal de Medicina. “O Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) têm resoluções e leis que garantem a permanência das casas de parto. Os enfermeiros podem fazer partos e acompanhar o pré-natal, parto e puerpério”, rebate Alves, da Abenfo. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) alega que enfermeiras e parteiras são as principais profissionais habilitadas a atender partos. Nos países desenvolvidos, onde as taxas de mortalidade materna e neonatal são infinitamente menores que as nossas, é cada vez maior a incidência de partos domiciliares”, afirma o presidente da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (Rehuna), Marcos Leite dos Santos, obstetra da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e assessor do Ministério da Saúde. Na Holanda, os partos em casa chegam a 30%.
Na Justiça
Enquanto o CFM afirma que não tomará nenhuma medida contra as casas de parto – apenas contra médicos que atuarem nas unidades –, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) se posiciona totalmente contra. Segundo seu presidente, o obstetra Luís Fernando Moraes, o conselho está ingressando com uma ação na Justiça Federal pedindo o fechamento definitivo da David Capistrano. O Cremerj também proibiu que médicos atuem nas casas de parto. “A proposta dessas casas é fazer partos de baixo risco. Conforme protocolos internacionais, só se pode dizer que um parto foi de baixo risco de 24 a 48 horas após ter ocorrido”, diz Moraes.
“Sabemos que a situação de baixíssimo risco por algum motivo pode passar a alto risco durante o parto. Por isso os CPN têm condições de remover as parturientes e bebês para um hospital de referência. Os hospitais de médio porte estão na mesma situação das casas de parto: também precisam encaminhar gestantes de forma segura para hospitais maiores”, compara a médica Lena Peres, coordenadora da Área Técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde. Ela destaca ainda que a David Capistrano não registrou nenhuma morte materna em cinco anos de atividades, com 1.350 partos realizados. No mesmo período, foram duas mortes de bebês. O índice é de 1,48 por mil nascidos vivos. A taxa de mortalidade neonatal precoce (de zero a seis dias de vida) foi de 10,86 no Brasil em 2005 – último dado disponível. No mesmo ano, 74,68 mulheres morreram no parto, em cada grupo de 100 mil.
Mães tristes e apreensivas
Ruan, 7 anos, nasceu em um hospital particular, cercado de todos os cuidados e tecnologia. Seu pré-natal foi acompanhado por um médico obstetra. As condições ideais, no entanto, não satisfizeram sua mãe, a dona de casa Fernanda Almeida de Melo Rodrigues, hoje com 27 anos. “Não tive informação de como seria o parto, entrei na sala sem saber o que iria acontecer comigo. O Ruan nasceu à noite e só veio pra mim 12 horas depois. Passei a noite preocupada”, conta.
Mesmo com a possibilidade de ter seu segundo parto em uma maternidade, Fernanda decidiu que Mariana viria ao mundo na Casa de Parto David Capistrano Filho, no Rio. Lá, a mãe participou de palestras, escolheu em que condições queria dar à luz. Seu marido foi o apoio para a posição de cócoras, seu irmão segurou o bebê e cortou o cordão umbilical. Em minutos, Mariana estava no peito da mãe.
O parto de Mariana, hoje com 1 ano e 4 meses, foi o de número mil da casa de parto. Fernanda está grávida de 7 meses e fazia o pré-natal novamente na David Capistrano. Na manifestação contra o fechamento da instituição, terça-feira, a mãe, emocionada, subiu no trio elétrico para dar seu testemunho: “Não é justo com a gente. A gente tem de ter opção. Aqui é um lugar especial, não é só um lugar de nascimento, mas de celebração da vida.”
Carinho e acolhimento são as palavras mais citadas pelas mulheres atendidas na casa de parto. “No hospital é tudo tão no seco, não tem o carinho que tem aqui. Aqui as enfermeiras são muito atenciosas. Elas acalmam a gente, conversam, preparam mesmo”, diz a estudante Bruna Cunha, 19 anos, mãe de Maria Clara, que completa um mês neste domingo.
Entre as 320 gestantes que faziam o pré-natal na casa, o sentimento dominante é a apreensão. “Estou muito triste, porque sou louca para ter a minha filha aqui”, lamenta a estudante Ana Leidilene, 21 anos, grávida de 7 meses de Karine. “Quero que reabra, não quero ter minha filha em outro lugar.”
Vamos puxar o fio
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Fechamento de casa de parto no Rio será investigado
Por Redação, com Agência Rio de Notícias - do Rio de Janeiro
O fechamento da Casa de Parto David Capistrano, em Realengo, na zona Oeste do Rio de Janeiro será investigado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Uma audiência pública será realizada na quinta-feira para analisar as causas do fechamento.
De acordo com a presidente da comissão, deputada Inês Pandeló (PT), a unidade realizava um trabalho de excelência.
– Estamos preocupadas com as pacientes que não sabem o que fazer, pois estão com o pré-natal em andamento e confiam no atendimento dado pelo hospital. A alegação de que não havia médico responsável não é justificável, visto que, em uma casa de parto, todos os procedimentos são realizados pela equipe de enfermagem obstétrica –, explicou a petista, acrescentando que o atendimento é voltado para gestações de baixo risco.
Foram convidados para a reunião representantes do Ministério da Saúde, da direção da Casa de Parto David Capistrano, do Conselho Regional de Enfermagem e da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros (Abenfo).
Com liminar
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Justiça determina reabertura de casa de parto em Realengo
A justiça determinou a reabertura da Casa de Parto David Capistrano Filho, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O desembargador Guaracy Vianna, responsável pelo plantão judiciário, concedeu a liminar, na noite desta quarta-feira, com base no fato de que a unidade atende os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Fiscais da Vigilância Sanitária fecharam a casa de parto, na semana passada, alegando que o local não tinha equipamentos de higienização. A instituição realiza cerca de 30 partos por mês e 820 exames de pré-natal.
A ação foi proposta por entidades de classe ligadas aos profissionais de enfermagem.
9 de junho de 2009
8 de junho de 2009
Sobre as casas de parto
Os CPN (Centros de Parto Normal) foram criados pelo Ministério da Saúde em 1999 e são definidos na portaria 985 como "unidade de saúde que presta atendimento humanizado e de qualidade exclusivamente ao parto normal sem distócias".
Essas e outras dúvidas sobre casas de parto você tira aqui.
Nessa mesma leva de textos, em 2005 a Folha de São Paulo publicou também:
- Grávidas buscam nas casas de parto alternativas aos hospitais
- Casas de parto se tornam centro de polêmica
- Onde encontrar casas de parto*
*Dessa lista constam as casas de parto de Juiz de Fora e do Rio de Janeiro, ambas fechadas atualmente por motivos ainda pouco convincentes.
Ação em prol da Casa de Parto de Realengo (RJ)
Recentemente as mulheres de Juiz de Fora (MG) perderam uma ótima opção para dar à luz, com o fechamento da casa de parto da cidade. Agora, como já noticiamos aqui, as moradoras do Rio Janeiro também estão sendo prejudicadas. Não se trata apenas de encerrar o funcionamento de um serviço público de qualidade, mas principalmente de impedir que um novo paradigma de atendimento se instale. A Parto do Princípio está coletando assinaturas para que a Casa de Parto David Capistrano Filho (Realengo - RJ) seja reaberta. Passe lá e colabore, não custa nada.
5 de junho de 2009
Licença-maternidade em Canoas (RS)
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Do Jornal Correio de Notícias
Servidoras de Canoas terão 6 meses de licença-maternidade
04/06/2009
Canoas - O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, sancionou ontem (3), a Lei nº 5.388, que altera o artigo 100 do estatuto dos servidores municipais. Com isso, fica ampliado o prazo de licença-maternidade para funcionárias públicas, de 120 para 180 dias.
No ato de assinatura da Lei, Jairo salientou o impacto da ampliação da licença, uma vez que a maioria dos servidores municipais é composta por mulheres. "Só no Magistério municipal de um total de dois mil professores 94% são mulheres. O mesmo ocorre com as atendentes da educação infantil. Trata-se de um avanço que traz benefícios para toda a vida, pois esses dois meses são essenciais para a relação mãe e filho’’, destaca. A proposta de ampliação foi sugerida pela Mesa de Diálogo, instituto criado pela administração que reúne as entidades representativas dos servidores: Associação dos Servidores Municipais de Canoas (ASMC), Associação dos Guardas Municipais de Canoas (AGMC), Sindicato dos Professores Municipais de Canoas (Sinprocan) e Sindicato dos Municipários de Canoas (Simca), sob a coordenação da Secretaria de Planejamento e Gestão.
Representou as servidoras na cerimônia, a presidente do Simca, Teresinha Pruciano, que considera a lei uma conquista para as mulheres. "Não são todos os municípios que aderiram a esta lei. Esperamos que em Canoas esta seja a primeira de muitas que tragam benefícios aos servidores’’. Em âmbito Federal já há previsão legal por meio da Lei nº 11.770, de setembro de 2008.
Arbitrariedade no Rio de Janeiro
Do Globo
Secretaria Estadual de Saúde determina interdição da Casa do Parto
Publicada em 04/06/2009 às 15h19m
RIO - A secretaria estadual de Saúde determinou, nesta quinta-feira, por meio do Diário Oficial, a interdição total da Casa do Parto David Capistrano Filho, em Realengo. De acordo com o relatório elaborado pela Superintendência de Vigilância Sanitária, o estabelecimento cometeu infrações sanitárias.
A unidade tem 48h - a partir da data da publicação da resolução - para apresentar um plano de remoção de pacientes. Mas, segundo uma funcionária da Casa do Parto, não há nenhum paciente no local. Desde a manhã desta quarta-feira, a unidade não realiza mais atendimentos. As consultas de pré-natal foram remarcadas. ]
Cerca de 30 pessoas foram até a sede da prefeitura para protestar contra a interdição. Uma funcionária do estabelecimento informou que a coordenadora da Casa do Parto foi até a secretaria, onde teria uma reunião às 14h, a fim de tentar reverter a situação.
Na casa do parto, não há médicos. O atendimento é feito por enfermeiros especializados em obstetrícia. À tarde, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) divulgou uma nota na qual declara apoio à interdição do estabelecimento.
"A Casa de Parto não teria estrutura para garantir a integridade da paciente e do bebê em caso de complicação na hora do parto. Por isso, o Cremerj espera que a Prefeitura não coloque médicos ou supervisão médica na Casa de Parto, conforme informação divulgada na imprensa", diz o documento.
4 de junho de 2009
Lei do acompanhante - Estado de São Paulo
LEI ESTADUAL N. 10.241, DE 17 DE MARÇO DE 1999
Dispõe sobre os direitos dos usuários dos serviços e das ações de saúde no Estado e dá outras providências.
O Governador do Estado de São Paulo:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Artigo 1º - A prestação dos serviços e ações de saúde aos usuários, de qualquer natureza ou condição, no âmbito do Estado de São Paulo, será universal e igualitária, nos termos do artigo 2º da Lei Complementar n. 791, de 9 de março de 1995.
Artigo 2º - São direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo:
I - ter um atendimento digno, atencioso e respeitoso;
II - ser identificado e tratado pelo seu nome ou sobrenome;
III - não ser identificado ou tratado por:
a) números;
b) códigos; ou
c) de modo genérico, desrespeitoso, ou preconceituoso;
IV - ter resguardado o segredo sobre seus dados pessoais, através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública;
V - poder identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente por sua assistência, através de crachás visíveis, legíveis e que contenham:
a) nome completo;
b) função;
c) cargo; e
d) nome da instituição;
VI - receber informações claras, objetivas e compreensíveis sobre:
a) hipóteses diagnósticas;
b) diagnósticos realizados;
c) exames solicitados;
d) ações terapêuticas;
e) riscos, benefícios e inconvenientes das medidas diagnósticas e terapêuticas propostas;
f) duração prevista do tratamento proposto;
g) no caso de procedimentos de diagnósticos e terapêuticos invasivos, a necessidade ou não de anestesia, o tipo de anestesia a ser aplicada, o instrumental a ser utilizado, as partes do corpo afetadas, os efeitos colaterais, os riscos e conseqüências indesejáveis e a duração esperada do procedimento;
h) exames e condutas a que será submetido;
i) a finalidade dos materiais coletados para exame;
j) alternativas de diagnósticos e terapêuticas existentes, no serviço de atendimento ou em outros serviços; e
l) o que julgar necessário;
VII - consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados;
VIII - acessar, a qualquer momento, o seu prontuário médico, nos termos do artigo 3º da Lei Complementar n. 791, de 9 de março de 1995;
IX - receber por escrito o diagnóstico e o tratamento indicado, com a identificação do nome do profissional e o seu número de registro no órgão de regulamentação e controle da profissão;
X - vetado:
a) vetado;
b) vetado;
c) vetado;
d) vetado;
e) vetado; e
f) vetado;
XI - receber as receitas:
a) com o nome genérico das substâncias prescritas;
b) datilografadas ou em caligrafia legível;
c) sem a utilização de códigos ou abreviaturas;
d) com o nome do profissional e seu número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão; e
e) com assinatura do profissional;
XII - conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder verificar, antes de recebê-los, os carimbos que atestaram a origem, sorologias efetuadas e prazo de validade;
XIII - ter anotado em seu prontuário, principalmente se inconsciente durante o atendimento:
a) todas as medicações, com suas dosagens, utilizadas; e
b) registro da quantidade de sangue recebida e dos dados que permitam identificar a sua origem, sorologias efetuadas e prazo de validade;
XIV - ter assegurado, durante as consultas, internações, procedimentos diagnósticos e terapêuticos e na satisfação de suas necessidades fisiológicas:
a) a sua integridade física;
b) a privacidade;
c) a individualidade;
d) o respeito aos seus valores éticos e culturais;
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal; e
f) a segurança do procedimento;
XV - ser acompanhado, se assim o desejar, nas consultas e internações por pessoa por ele indicada;
XVI - ter a presença do pai nos exames pré-natais e no momento do parto;
XVII - vetado;
XVIII - receber do profissional adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria do conforto e bem estar;
XIX - ter um local digno e adequado para o atendimento;
XX - receber ou recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa;
XXI - ser prévia e expressamente informado quando o tratamento proposto for experimental ou fizer parte de pesquisa;
XXII - receber anestesia em todas as situações indicadas;
XXIII - recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida; e
XXIV - optar pelo local de morte.
§ 1º - A criança, ao ser internada, terá em seu prontuário a relação das pessoas que poderão acompanhá-la integralmente durante o período de internação.
§ 2º - A internação psiquiátrica observará o disposto na Seção III do Capítulo IV do Título I da Segunda Parte da Lei Complementar n. 791, de 9 de março de 1995.
Artigos 3º a 5º - Vetados.
Artigo 6º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Lei do acompanhante
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005.
Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O Título II "Do Sistema Único de Saúde" da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte Capítulo VII "Do Subsistema de Acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato", e dos arts. 19-J e 19-L:
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente.
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo.
Art. 19-L. (VETADO)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 7 de abril de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Humberto Sérgio Costa Lima
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.4.2005.
2 de junho de 2009
Desrespeito à lei do acompanhante
Hospitais violam direito a acompanhante
Instituições descumprem lei federal que garante à mulher o direito de ter companhia de sua escolha durante o parto
Pesquisas sugerem que, se está acompanhada, a mulher sente menos dor e caem os índices de cesáreas e de depressão pós-parto
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
FLÁVIA MANTOVANI
DA REPORTAGEM LOCAL Quatro anos após entrar em vigor a lei que garante à mulher o direito de ter um acompanhante no parto, vários hospitais brasileiros ainda negam essa possibilidade às gestantes.
A lei, válida para todo o país, afirma que os serviços ligados ao SUS são obrigados a permitir a presença de um acompanhante -indicado pela parturiente- em todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e o Ministério da Saúde, a regra inclui partos via convênio médico e do setor privado. Há um ano, uma resolução da Anvisa reforçou esse direito.
Na prática, não é o que acontece. A pedagoga Thaís Stella, 32, é uma das que tiveram o filho sozinha contra a vontade. Seu marido, Antonio Araújo, 32, foi com ela ao Hospital Sorocabana, em São Paulo, mas teve que ficar na recepção. "Parecia que eu ia ser presa. Tive que entregar tudo, até meus óculos. Tenho oito graus de miopia, nem consegui ver meu filho quando ele nasceu."
Antonio só ficou sabendo do que estava acontecendo depois que João nasceu, assim como os outros pais presentes, conta Thaís. Só pôde ver a mulher e o filho na tarde seguinte, no horário de visitas.
Quando terminou o horário de visitas, Thaís "implorou" ao marido que não saísse. "Estava me recuperando de uma cesárea, com dor, lutando para amamentar. Não conseguia cuidar bem do meu filho."
Ele chegou com a lei do acompanhante impressa e disse que não sairia de lá. Após muita resistência, segundo Thaís, acabou ficando -e a outra paciente que dividia o quarto com ela pediu ao marido que voltasse e ficasse também.
"Deu para ver que era uma prática comum lá. Eles não têm nem cadeiras para os acompanhantes", diz a pedagoga, que ainda não obteve resposta para a reclamação que fez na ouvidoria do hospital.
Benefícios à saúde
Pesquisas sugerem que diversos indicadores melhoram com a presença do acompanhante no parto: a mulher sente menos dor, o bebê nasce em menos tempo e mais saudável, diminuem os índices de cesáreas e de depressão pós-parto e há três vezes menos chance de morte materna.
"O cidadão brasileiro já nasce com seu direito desrespeitado. É um vexame", diz Simone Diniz, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).
Em uma pesquisa com 1.673 mulheres que tiveram filho pela rede pública, ela constatou que quase todas querem ter um acompanhante e que muitas sabem da lei. "Elas não exigem porque têm medo de retaliação, de serem mais maltratadas."
Diniz diz que, mesmo quando o parto é de risco, o acompanhante não atrapalha o médico. "E, para o bem-estar da mulher, é melhor que ela tenha alguém em quem confia do seu lado."
Hospitais afirmam que, como há várias mulheres por quarto, a presença de um acompanhante do sexo masculino pode atrapalhar a privacidade das pacientes.
Mas, segundo Lena Peres, coordenadora da área de saúde da mulher do Ministério da Saúde, um levantamento em um grande hospital mostrou que, em 10 mil partos, só houve três problemas com o acompanhante. "A lei é contundente: o hospital tem que oferecer essa possibilidade à mulher."
Ela diz que foi dado um prazo de seis meses para que os serviços se adaptassem e que o Ministério tem recursos para ações como colocação de biombos, cortinas e poltronas.
Marta Oliveira, gerente-geral técnico-assistencial de produtos da ANS, diz que, se a enfermaria não comportar o acompanhante, o hospital deverá se organizar para fazer isso.
No caso dos planos de saúde, é obrigatório deixar o acompanhante com a mulher no mínimo por 24 horas após o parto. Para o SUS, não há período definido -mas, segundo Peres, dura todo o tempo de recuperação da mãe. "Pai não é visita."
Não foi o que aconteceu com a administradora Sydharta Cavalcanti, 33, que teve sua filha, Luana, hoje com um ano e dez meses, no hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além de não permitirem que seu marido ficasse com ela no pré-parto e no nascimento, ele só pôde vê-las horas depois, no período de visitas.
"Era um sonho dele estar lá. Ele pediu, mas achou que no SUS não havia esse direito. O parto não foi mais mágico porque ele não estava", diz ela.
...continua
Em estabelecimentos privados, ter companhia custa R$ 100
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de permitirem a presença do acompanhante no parto, diversos hospitais privados de São Paulo cobram por isso -o que, no caso de atendimentos via plano de saúde, não deveria ser feito, dizem ANS e Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).A quantia, em geral na faixa dos R$ 100, costuma ser chamada de "taxa de paramentação", pois seria destinada a limpeza e higienização das roupas utilizadas pelo acompanhante.
A analista de sistemas Gisele Soares Lima, 32, conta que só ficou sabendo da cobrança na hora do nascimento de seu filho Nicolas, hoje com quatro meses. O hospital Santa Marina, onde ocorreu seu parto, cobra R$ 100.
"Achei um absurdo. Fiz o curso de gestante lá e não falaram nada sobre essa taxa. Na hora, o pai fica rendido, se cobrarem R$ 500 ele quer pagar."
Gisele conta que foi "fundamental" a participação do marido em seu parto e lembra que viu, na recepção, um homem que foi impedido de entrar com a mulher por não ter a quantia para pagar a taxa. "Esse rapaz chorava, fiquei morrendo de pena. Ele não conseguiu ver o nascimento do filho." (FM)
...continua
Hospital diz que são casos "isolados"
DA REPORTAGEM LOCAL
O Hospital Beneficência Portuguesa afirmou que não impede a presença de acompanhante no parto e que os casos encontrados pela Folha são isolados.A reportagem telefonou para o estabelecimento duas vezes e foi informada, pelos atendentes, de que não é permitida a presença de acompanhante. Segundo a nota enviada, a informação passada não condiz com o procedimento do hospital.
Ângelo Badia, vice-presidente médico do Hospital Santa Marina, diz que a taxa cobrada cobre custos de roupas cirúrgicas e máscaras descartáveis.
Segundo ele, os planos de saúde não cobrem esse custo, a taxa é uma das mais baixas entre hospitais de São Paulo e a paciente é avisada sobre ela antecipadamente.
Procurado pela Folha, o Hospital Sorocabana não se manifestou. (FM)
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Frases
"Fiquei absolutamente sozinha. Estava nervosa, chorei muito e senti dor. Nem pude me despedir do meu marido"
LUÍSA SOARES ABREU CIDADE, 23
"Meu marido ficou esperando, sem notícias. Disseram que estava tumultuando ao exigir meu direito. O parto foi traumático, o único capítulo que não escrevi no diário"
ELAINE TOZZI, 39
"Não tive acompanhante em nenhum dos meus seis partos. Em um deles, estava com tuberculose e queria que meu marido ficasse comigo para me fortalecer. Não deixaram"
ELISABETE FRANCO, 40
"Há vários momentos para os pais curtirem, mas ver o bebê saindo da barriga é único. Meu marido não pôde ter isso"
DJANEIDE DE FREITAS, 28
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O que fazer se seu direito for negado
PARTO PELO SUS
Reclame na ouvidoria do órgão (tel. 0800-61-1997 ou www.saude.gov.br)
PARTO VIA CONVÊNIO
Recorra à ANS (0800-701-9656 ou www.ans.gov.br)
EM QUALQUER CASO
É possível recorrer à vigilância sanitária municipal
PARTOS FORA DO SUS
Há ainda a possibilidade de procurar o Procon (em SP: www.procon.sp.gov.br)
Primeiro post
Logo mais, acredito, minha amiga Déborah chegará por aqui para me fazer companhia. E, com mais um pouco de tempo e trabalho, tenho fé de que outras mulheres bacanas também aparecerão. Nosso objetivo? Lutar por melhores condições de assistência à gestação, ao parto e ao puerpério.
A semente foi lançada ao solo, agora é hora de providenciar a água, o adubo, o sol...
1 de maio de 2009
Sobre os encontros
Quando: no último sábado do mês
Onde: em local itinerante, mas sempre no ABC paulista
Que horas: em geral, no período da tarde
Quem: coordenação de Deborah, assistência de Denise e participação aberta a todas as pessoas da comunidade que se interessem pelo tema, em especial gestantes (ou tentantes) e seus companheiros
Como participar: informe-se sobre o local e horário e apareça! em caso de dúvidas, basta entrar em contato
Veja informações sobre o nosso próximo encontro.