Lamento necessário sobre a cesárea indesejada

Durante o mestrado na Faculdade de Saúde Pública, tive a felicidade de entrar em contato com diversas pesquisas na área de saúde materno-infantil. Uma delas dizia respeito a um tema de suma importância no nosso país e que ganha proporções cada vez mais assustadoras: a cesárea indesejada.

Todo último sábado do mês...

...tem encontro do Grupo!

Vamos pensar sobre o parto, sim!

Os estudos sobre sexualidade são bastante recentes na história da ciência. Somente a partir da década de 1980 passaram a ser uma preocupação para os pesquisadores, muito por causa do  HIV/Aids. O discurso inicial de que havia "grupos de risco" de acordo com a sexualidade individual mostrou-se equivocado. As estratégias até então conhecidas para conter epidemias falharam e o HIV/Aids avançou rapidamente, o que passou a motivar a realização de estudos mais focados na saúde sexual.

As partes mimosas e um mimo de vídeo

Hoje postei na página do Grupo MaternaMente no Facebook um quadrinho falando sobre clitóris e masturbação, com o seguinte parágrafo:

"Conhecer as partes mimosas é tão importante quanto entender a fisiologia do parto. Transar, parir e gozar se inscrevem no mesmo âmbito de experiência, o da sexualidade."

Para minha surpresa, em poucas horas o post teve centenas de visualizações, algo como quatro ou cinco vezes mais do que as mensagens postadas lá costumam ter em uma semana. Fiquei intrigada, o motivo do sucesso seria a ilustração da mulher de pernas abertas?

Renascimentos em curso

Ontem, na Universidade Federal do ABC, cerca de 50 pessoas participaram do cinedebate O Renascimento do Parto. O encontro foi uma iniciativa do GEH@CT e contou com apoio do MDDF – Movimento de Defesa dos Direitos de Moradores em Favela e do Grupo MaternaMente – apoio à gestação e ao parto ativos.

Enquanto o pequeno explora o espaço, a mãe se vê na telona:
quantas histórias tristes mais precisaremos ouvir para entendermos que é preciso mudar?

Foi um parto!

Se você, como muitas outras brasileiras, costuma usar essa expressão para se referir a algo que deu muito trabalho, demorou e causou sofrimento, sugiro que vá assistir ao filme O Renascimento do Parto, amanhã, na Universidade Federal do ABC.

Às 17h30 a sessão se inicia, com entrada franca e aberta ao público, para que mais e mais pessoas possam testemunhar que parto tem muito mais a ver com tesão do que com tensão, ao contrário do que nossa cultura hegemônica martela há tantos anos.

Você poderá ver mulheres sorridentes e emocionadas segurando seus bebês recém-saídos do útero, num misto de excitação, transcendência e muita vida. Nada parecido com as cenas de novela, em que a mulher se descabela e quase morre (e em alguns episódios morre mesmo!) de tanto sofrer "as dores" do parto.

Surpresa, parto pode ser uma experiência boa e feliz!

Cinedebate no ABC: O Renascimento do Parto em sessão aberta e gratuita

Na semana que vem, com apoio da UFABC e do MDDF, teremos a honra de levar uma sessão aberta e gratuita do filme O Renascimento do Parto ao ABC paulista. Não precisa se inscrever nem pagar taxa, basta comparecer na data e no horário e, depois, trocar alguns dedos de prosa conosco.

Dia Internacional da Mulher

Amanhã, 8 de março, celebramos a luta pela equidade de gênero, com o pomposo nome de Dia Internacional da Mulher. Ano após ano, ouço sempre os mesmos comentários misóginos a respeito dessa data, ao mesmo tempo em que vejo homenagens vazias (ou então num claro apelo consumista), o que me faz pensar que ainda temos muita estrada pela frente.

Cartaz soviético de 1932:
“8 de março é o dia da rebelião das mulheres trabalhadoras contra a escravidão da cozinha”

Felizmente pelo caminho encontramos pessoas que, por diferentes vias, conectam-se a nossa história. Juntas, todas nós enfrentaremos esse percurso com muito mais alegria.

A agenda de amanhã está bem diversa, mas aqui eu gostaria de indicar uma programação em especial. Deborah Delage irá nos representar no debate sobre "O nascer no Brasil", após a exibição do filme "O renascimento do parto" – tudo de graça. Será na Praça do Relógio, na Cidade Universitária (USP). É de graça e não precisa de inscrição. Dê uma olhada na programação completa a seguir e vamos lá, ânimo!! Vai ser um dia pleno de luta e alegria!!