Lá de Vancouver, no Canadá, vem o Desafio Global de Amamentação. Promovido pela Fundação Quintessence, tem como objetivo celebrar o aleitamento materno e demonstrar proteção e apoio a mulheres que amamentam e a suas famílias. Esta será a nona edição do desafio, que começou com 856 bebês ao peito no dia e na hora marcados, e no ano passado reuniu mais de 5.300 crianças no mamaço.
Em São Paulo, quem promove o desafio é a Matrice, no Parque do Ibirapuera. Anote na agenda e participe:
Desafio Internacional de Amamentação
3 de outubro - sábado
concentração às 10h30 - mamaço às 11h00
portão 7 do Parque Ibirapuera
30 de setembro de 2009
29 de setembro de 2009
Pelo parto normal humanizado
Acesse o site e participe do abaixo-assinado promovido pela Abenfo, que a partir do VI Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (Cobeon 2009) lançou uma campanha pelo direito de informação e escolha. A entidade e os participantes do congresso convidam a sociedade para:
"- Lutar pela transformação do modelo intervencionista de assistência ao parto e melhor formação e qualificação profissional;
- Unir esforços em prol de uma assistência humanizada e do respeito ao poder das mulheres como protagonistas no momento do nascimento;
- Denunciar todas as formas de opressão e violação de direitos das mulheres, familiares e profissionais;
- Exigir dos órgãos governamentais um posicionamento mais rigoroso com relação ao cumprimento da legislação e das políticas de Estado que garantem os direitos de informação e escolha no parto e nascimento."
Acesse o site da Abenfo para obter mais informações sobre a entidade e participe do abaixo-assinado.
"- Lutar pela transformação do modelo intervencionista de assistência ao parto e melhor formação e qualificação profissional;
- Unir esforços em prol de uma assistência humanizada e do respeito ao poder das mulheres como protagonistas no momento do nascimento;
- Denunciar todas as formas de opressão e violação de direitos das mulheres, familiares e profissionais;
- Exigir dos órgãos governamentais um posicionamento mais rigoroso com relação ao cumprimento da legislação e das políticas de Estado que garantem os direitos de informação e escolha no parto e nascimento."
Acesse o site da Abenfo para obter mais informações sobre a entidade e participe do abaixo-assinado.
28 de setembro de 2009
Ainda sobre movimentação durante TP
Como complemento ao que discutimos no sábado, segue uma pequena reportagem publicada na Folha de São Paulo. Bem-intencionada, mas já sabemos que boas intenções não bastam.
Como bem lembrou a Déborah, mais importante do que se movimentar é ter liberdade para escolher o que fazer, quando e como, e que tudo seja explicado para a mulher e seu acompanhante tintim por tintim.
23/04/2009 - 11h23
Exercitar-se na hora do parto reduz chance de cesárea e dor
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
Praticar exercícios fisioterápicos durante o parto aumenta a tolerância à dor, reduz o uso de fármacos e diminui o tempo até o nascimento do bebê, conclui um estudo feito no Hospital Universitário da USP. Entre as grávidas que fizeram as atividades, o índice de cesarianas ficou em 11%. A média, na instituição, é de 20%.
No SUS, a taxa de cesáreas é de 28% e na rede privada e suplementar chega a 90%. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o índice seja de, no máximo, 15%.
Na pesquisa, foram avaliadas 132 gestantes do primeiro filho, com gravidez a termo: 70 foram acompanhadas por fisioterapeuta e fizeram os exercícios preconizados no trabalho de parto e outras 62 tiveram acompanhamento obstétrico normal, sem os exercícios. As gestantes do estudo foram orientadas a ficar em várias posições, fazer movimentos articulares e pélvicos, relaxamento do períneo e coordenação do diafragma.
A fisioterapeuta Eliane Bio, autora do estudo, diz que, além da redução do número de cesáreas, os exercícios diminuíram a dor e a duração do trabalho de parto -de 11 para 5 horas. "Nenhuma parturiente do nosso grupo precisou de analgésico." No grupo controle, 62% usaram drogas de analgesia.
No Brasil, exercícios no trabalho de parto estão restritos aos poucos centros médicos que incentivam o parto normal, mas, em países como a Inglaterra e a Alemanha, vigoram há mais de 40 anos. Na França, toda grávida é orientada a fazer ao menos 12 consultas com o fisioterapeuta no pré-natal.
Segundo Bio, os exercícios remetem à livre movimentação que, no passado, a mulher tinha em casa durante o parto. "Temos que estimular as habilidades do corpo da mulher para o parto, prevenindo traumas no períneo, levando a uma vivência menos dolorosa, resgatando a poesia do nascimento."
Segundo ela, os procedimentos fisioterápicos preconizam a participação da mulher em todo o processo de parto, com a livre escolha de posições durante as contrações.
O obstetra Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, diz que o estudo é benfeito (prospectivo, randomizado e com um número significativo de voluntárias). "Tudo o que estimula responsavelmente o parto normal é bem-vindo num país com altíssima incidência de cesárea."
Para ele, o ponto principal do trabalho foi ter mostrado que o acompanhamento fisioterápico retarda a necessidade de analgesia, diminuindo o tempo do trabalho de parto.
Na opinião de Renato Kalil, ginecologista e obstetra da Maternidade São Luiz, o mérito do trabalho de Bio é ter "colocado no papel" a eficácia dos exercícios. "Minhas pacientes fazem isso há 22 anos, mas ainda são exceções. Na maioria dos hospitais, a grávida fica deitada esperando a hora da cesárea."
Ele pondera que o trabalho não consegue demonstrar de que forma ocorre o relaxamento provocado pelos exercícios. "Um médico adepto da cesárea diria que seria preciso medir os impulsos elétricos do músculo para comprovar o relaxamento. Mas, na prática, sabemos que a movimentação funciona."
Como bem lembrou a Déborah, mais importante do que se movimentar é ter liberdade para escolher o que fazer, quando e como, e que tudo seja explicado para a mulher e seu acompanhante tintim por tintim.
23/04/2009 - 11h23
Exercitar-se na hora do parto reduz chance de cesárea e dor
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
Praticar exercícios fisioterápicos durante o parto aumenta a tolerância à dor, reduz o uso de fármacos e diminui o tempo até o nascimento do bebê, conclui um estudo feito no Hospital Universitário da USP. Entre as grávidas que fizeram as atividades, o índice de cesarianas ficou em 11%. A média, na instituição, é de 20%.
No SUS, a taxa de cesáreas é de 28% e na rede privada e suplementar chega a 90%. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o índice seja de, no máximo, 15%.
Na pesquisa, foram avaliadas 132 gestantes do primeiro filho, com gravidez a termo: 70 foram acompanhadas por fisioterapeuta e fizeram os exercícios preconizados no trabalho de parto e outras 62 tiveram acompanhamento obstétrico normal, sem os exercícios. As gestantes do estudo foram orientadas a ficar em várias posições, fazer movimentos articulares e pélvicos, relaxamento do períneo e coordenação do diafragma.
A fisioterapeuta Eliane Bio, autora do estudo, diz que, além da redução do número de cesáreas, os exercícios diminuíram a dor e a duração do trabalho de parto -de 11 para 5 horas. "Nenhuma parturiente do nosso grupo precisou de analgésico." No grupo controle, 62% usaram drogas de analgesia.
No Brasil, exercícios no trabalho de parto estão restritos aos poucos centros médicos que incentivam o parto normal, mas, em países como a Inglaterra e a Alemanha, vigoram há mais de 40 anos. Na França, toda grávida é orientada a fazer ao menos 12 consultas com o fisioterapeuta no pré-natal.
Segundo Bio, os exercícios remetem à livre movimentação que, no passado, a mulher tinha em casa durante o parto. "Temos que estimular as habilidades do corpo da mulher para o parto, prevenindo traumas no períneo, levando a uma vivência menos dolorosa, resgatando a poesia do nascimento."
Segundo ela, os procedimentos fisioterápicos preconizam a participação da mulher em todo o processo de parto, com a livre escolha de posições durante as contrações.
O obstetra Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, diz que o estudo é benfeito (prospectivo, randomizado e com um número significativo de voluntárias). "Tudo o que estimula responsavelmente o parto normal é bem-vindo num país com altíssima incidência de cesárea."
Para ele, o ponto principal do trabalho foi ter mostrado que o acompanhamento fisioterápico retarda a necessidade de analgesia, diminuindo o tempo do trabalho de parto.
Na opinião de Renato Kalil, ginecologista e obstetra da Maternidade São Luiz, o mérito do trabalho de Bio é ter "colocado no papel" a eficácia dos exercícios. "Minhas pacientes fazem isso há 22 anos, mas ainda são exceções. Na maioria dos hospitais, a grávida fica deitada esperando a hora da cesárea."
Ele pondera que o trabalho não consegue demonstrar de que forma ocorre o relaxamento provocado pelos exercícios. "Um médico adepto da cesárea diria que seria preciso medir os impulsos elétricos do músculo para comprovar o relaxamento. Mas, na prática, sabemos que a movimentação funciona."
Tarde de sábado
Com bolo, chá e muita conversa!
No segundo encontro do grupo MaternaMente, realizado no Núcleo de Desenvolvimento Infantil Eureka, em São Bernardo do Campo, refletimos sobre a liberdade de movimentação durante o trabalho de parto.
Com base em um arsenal de imagens, compartilhamos nossas experiências, que se mostraram bastante diversificadas, desta vez com a colaboração especial de um pai que acompanhou o parto do primeiro filho e agora se prepara para receber o segundo rebento.
Esperamos que a troca tenha sido tão boa para tod@s quanto foi para nós!
No segundo encontro do grupo MaternaMente, realizado no Núcleo de Desenvolvimento Infantil Eureka, em São Bernardo do Campo, refletimos sobre a liberdade de movimentação durante o trabalho de parto.
Com base em um arsenal de imagens, compartilhamos nossas experiências, que se mostraram bastante diversificadas, desta vez com a colaboração especial de um pai que acompanhou o parto do primeiro filho e agora se prepara para receber o segundo rebento.
Esperamos que a troca tenha sido tão boa para tod@s quanto foi para nós!
23 de setembro de 2009
22 de setembro de 2009
Encontro de setembro
Grupo MaternaMente convida:
encontro gratuito sobre gravidez e parto
tema do mês: mexa-se durante o
trabalho de parto!
26 de setembro • sábado • das 15h às 17h
Núcleo de Desenvolvimento Infantil Eureka
R. Tiradentes, 881 – São Bernardo do Campo
mais informações:
Deborah (9201-5245)
Denise (9383-4429)
grupomaternamente@gmail.com
http://maternamente.blogspot.com
18 de setembro de 2009
Carregue esta ideia
Comprei um sling quando meu guri tinha apenas algumas semanas de vida. Logo comecei a usá-lo e tanto eu como ele nos adaptamos muito bem, tão bem que era até difícil lavar o sling! Há pouco tempo, pensei em vender o carregador, já que não pretendia ter mais filhos. Desisti. Minha redinha ainda levará muitos bebês por aí, pois certamente vou emprestá-la para as amigas chegadas. E vai saber as voltas que o mundo dá...
De 21 a 28 de setembro comemoraremos a Semana do Babywearing. O termo em inglês embute a ideia de "vestir o bebê", o que se compreende facilmente quando se vê o conjunto adulto(a) + sling + criança.
De 21 a 28 de setembro comemoraremos a Semana do Babywearing. O termo em inglês embute a ideia de "vestir o bebê", o que se compreende facilmente quando se vê o conjunto adulto(a) + sling + criança.
17 de setembro de 2009
Encontro em SBC
No último sábado de agosto, eu e Deborah tivemos a honra e o prazer de nos reunirmos com Agnes e Aline, em São Bernardo do Campo (SP). Foi uma tarde muito gostosa, em que trocamos experiências sobre a maternidade e conversamos um bocado sobre a fisiologia do parto.
Agradecemos a presença das gestantes, na expectativa de que o encontro tenha lhes proporcionado aprendizado e crescimento, não só no sentido estrito.
Agrademos ainda o apoio da Escola Eureka, onde aconteceu a reunião, a diretora Martha, pelo apoio incondicional, e as funcionárias Maria e Maria de Fátima, pela ajuda, pelo carinho e pelos cuidados com a Sofia sapeca.
Estamos a todo vapor planejando o próximo encontro, que será em 26 de setembro. Em breve divulgaremos mais detalhes aqui!
América Latina, centro do mundo cesarista
http://www.terra.com/salud/articulo/html/sal3709.htm
¿Quieres una cesárea? Vete a América Latina
Unas 850.000 cesáreas se practican innecesariamente cada año en América Latina, la región con mayor índice de partos quirúrgicos del mundo, informó el diario argentino "La Nación".
Sólo en los hospitales y clínicas del sistema de salud pública de Argentina se hacen cada año al menos 70.000 cesáreas sin necesidad, de acuerdo con el argentino José Miguel Belizán, director del Centro Latinoamericano de Perinatología (CLAP).
Eso significa que el 25,4 por ciento de los partos atendidos por la salud pública de Argentina terminan en cesárea, lo que excede el porcentaje ideal establecido por la Organización Mundial de la Salud, que es del 15 por ciento.
"La Nación" indica que, aunque no hay cifras precisas, se sabe que en el ámbito de la salud privada el porcentaje de partos quirúrgicos aun es más elevado y en algunos centros llega al 70 por ciento.
Fernando Althabe, un especialista del centro que dirige Belizán, que tiene sede en Montevideo, elaboró un estudio para determinar la proporción de cesáreas y de partos naturales en 36 hospitales repartidos por Argentina, Brasil, Cuba, México y Guatemala.
Entre el 25 y el 30 por ciento de los cerca de 150.000 partos contabilizados en el estudio fue por cesárea, concluyó Althabe.
¿De dónde viene la cesárea?
Aunque la cesárea, que debe su nombre a Julio César, en muchos casos salva la vida de madres y bebés, en otros produce innecesariamente complicaciones de salud.
Al ser una intervención quirúrgica, la cesárea tiene riesgos. La mortalidad materna aumenta hasta 10 veces en comparación con el parto natural y también crecen las posibilidades de sufrir infecciones o hemorragias.
¿Es más seguro una cesárea?
"El estudio nos demostró que la mayoría de las mujeres prefiere el parto por vía vaginal. No están erradas porque la sensación de que la cesárea es más segura o menos dolorosa es falsa", dijo Belizán.
Los autores del estudio no han llegado a determinar con exactitud la razón de que haya un incremento constante del número de cesáreas en países como los latinoamericanos.
Lo que es evidente es que en países desarrollados, sobre todo los que tienen una organización mas socializada del sistema de salud, disminuye el porcentaje de cesáreas, mientras que en los que conviven el sistema público y el privado, no.
En toda América Latina se observa una relación directa entre el incremento del Producto Interior Bruto y la proporción de partos por cesárea, señalan los expertos consultados por "La Nación".
Terra/Efe
¿Quieres una cesárea? Vete a América Latina
Unas 850.000 cesáreas se practican innecesariamente cada año en América Latina, la región con mayor índice de partos quirúrgicos del mundo, informó el diario argentino "La Nación".
Sólo en los hospitales y clínicas del sistema de salud pública de Argentina se hacen cada año al menos 70.000 cesáreas sin necesidad, de acuerdo con el argentino José Miguel Belizán, director del Centro Latinoamericano de Perinatología (CLAP).
Eso significa que el 25,4 por ciento de los partos atendidos por la salud pública de Argentina terminan en cesárea, lo que excede el porcentaje ideal establecido por la Organización Mundial de la Salud, que es del 15 por ciento.
"La Nación" indica que, aunque no hay cifras precisas, se sabe que en el ámbito de la salud privada el porcentaje de partos quirúrgicos aun es más elevado y en algunos centros llega al 70 por ciento.
Fernando Althabe, un especialista del centro que dirige Belizán, que tiene sede en Montevideo, elaboró un estudio para determinar la proporción de cesáreas y de partos naturales en 36 hospitales repartidos por Argentina, Brasil, Cuba, México y Guatemala.
Entre el 25 y el 30 por ciento de los cerca de 150.000 partos contabilizados en el estudio fue por cesárea, concluyó Althabe.
¿De dónde viene la cesárea?
Aunque la cesárea, que debe su nombre a Julio César, en muchos casos salva la vida de madres y bebés, en otros produce innecesariamente complicaciones de salud.
Al ser una intervención quirúrgica, la cesárea tiene riesgos. La mortalidad materna aumenta hasta 10 veces en comparación con el parto natural y también crecen las posibilidades de sufrir infecciones o hemorragias.
¿Es más seguro una cesárea?
"El estudio nos demostró que la mayoría de las mujeres prefiere el parto por vía vaginal. No están erradas porque la sensación de que la cesárea es más segura o menos dolorosa es falsa", dijo Belizán.
Los autores del estudio no han llegado a determinar con exactitud la razón de que haya un incremento constante del número de cesáreas en países como los latinoamericanos.
Lo que es evidente es que en países desarrollados, sobre todo los que tienen una organización mas socializada del sistema de salud, disminuye el porcentaje de cesáreas, mientras que en los que conviven el sistema público y el privado, no.
En toda América Latina se observa una relación directa entre el incremento del Producto Interior Bruto y la proporción de partos por cesárea, señalan los expertos consultados por "La Nación".
Terra/Efe
16 de setembro de 2009
O homem, a mulher e a dor do parto
Especialista francesa culpa o machismo pelo parto doloroso
31/10 - 03:09 - EFE
México, 30 out (EFE).- O parto é um ato violento, mas não tem por que ser doloroso, disse a escritora francesa Muriel Bonnet, opinando que a dor é conseqüência da atual "cultura do medo" imposta pelo homem.
"A dor vem do medo", disse Bonnet em entrevista à Efe.
A autora de "O nascimento, uma viagem: o parto através dos povos" explicou que o medo produz adrenalina, deixando as mulheres tensas.
A reação endurece os músculos do útero e gera a dor.
Ela acusou os homens de impor o mundo masculino de força sobre o feminino. A dominação é causada, por sua vez, pelo medo "do poder da deusa da criação", opinou.
"É uma luta de poder. Os homens tiraram da parteira seu poder natural de ajudar as suas irmãs e filhas a dar à luz. Agora as mulheres têm que lutar para retomar seu direito natural de apoiar as outras mulheres no parto", sustentou.
Quando o mundo feminino recuperar seu lugar haverá equilíbrio entre homens e mulheres, previu Bonnet. Durante 25 anos ela percorreu o mundo para observar como se dá à luz em diversas culturas.
A francesa esclareceu, no entanto, que não se trata de dominar o homem, que deve ocupar seu papel de companheiro da mulher. Os dois devem exercer a sua liberdade.
Bonnet lembrou seu primeiro parto, quando tinha 23 anos, como algo envolvido por uma nuvem de medo e ignorância. Ela usou anestesia epidural, fórceps e parto comum no hospital, porque não conhecia outras opções. Da segunda vez, quando teve gêmeos, o parto foi "de quatro", uma experiência mais simples, natural e agradável, garantiu.
"Em outras culturas, o parto não dá tanto trabalho, é algo simples", observou. Por isso, buscou parteiras baseadas na transmissão ancestral de conhecimentos no México, Amazônia, Canadá, Europa, África e Índia.
"O parto na verdade está ligado ao coração. Dar à luz é algo sagrado, como fazer amor, mas na sociedade atual nos esquecemos disso", explicou.
"Num mundo onde a mulher é integrada ao seu ambiente natural, o bebê nasce como um orgasmo", afirmou.
Bonnet é uma firme defensora de partos dentro de casa ou em "casas de parto" administradas por parteiras.
"Devemos tomar consciência primeiro do poder das mulheres, e não deixar que ele fique nas mãos de outras pessoas, como médicos", recomendou.
A francesa afirmou que a cultura do medo afeta inclusive a família, e é responsável pela luta entre sogra a nora.
"É uma concepção do passado. Nós, mulheres, somos bruxas, e isso é ruim. Mas na realidade ser uma bruxa é ser uma mulher de conhecimento, que não aceita a opressão, e isso é mais comum nas mulheres mais velhas", sustentou.
As mulheres jovens sentem essa força, que causa "inveja e medo", e daí nasce a inimizade entre sogras e noras. Mas, para ela, não deveria ser assim, já que "se existem bons homens é porque suas mães fizeram um bom trabalho".
31/10 - 03:09 - EFE
México, 30 out (EFE).- O parto é um ato violento, mas não tem por que ser doloroso, disse a escritora francesa Muriel Bonnet, opinando que a dor é conseqüência da atual "cultura do medo" imposta pelo homem.
"A dor vem do medo", disse Bonnet em entrevista à Efe.
A autora de "O nascimento, uma viagem: o parto através dos povos" explicou que o medo produz adrenalina, deixando as mulheres tensas.
A reação endurece os músculos do útero e gera a dor.
Ela acusou os homens de impor o mundo masculino de força sobre o feminino. A dominação é causada, por sua vez, pelo medo "do poder da deusa da criação", opinou.
"É uma luta de poder. Os homens tiraram da parteira seu poder natural de ajudar as suas irmãs e filhas a dar à luz. Agora as mulheres têm que lutar para retomar seu direito natural de apoiar as outras mulheres no parto", sustentou.
Quando o mundo feminino recuperar seu lugar haverá equilíbrio entre homens e mulheres, previu Bonnet. Durante 25 anos ela percorreu o mundo para observar como se dá à luz em diversas culturas.
A francesa esclareceu, no entanto, que não se trata de dominar o homem, que deve ocupar seu papel de companheiro da mulher. Os dois devem exercer a sua liberdade.
Bonnet lembrou seu primeiro parto, quando tinha 23 anos, como algo envolvido por uma nuvem de medo e ignorância. Ela usou anestesia epidural, fórceps e parto comum no hospital, porque não conhecia outras opções. Da segunda vez, quando teve gêmeos, o parto foi "de quatro", uma experiência mais simples, natural e agradável, garantiu.
"Em outras culturas, o parto não dá tanto trabalho, é algo simples", observou. Por isso, buscou parteiras baseadas na transmissão ancestral de conhecimentos no México, Amazônia, Canadá, Europa, África e Índia.
"O parto na verdade está ligado ao coração. Dar à luz é algo sagrado, como fazer amor, mas na sociedade atual nos esquecemos disso", explicou.
"Num mundo onde a mulher é integrada ao seu ambiente natural, o bebê nasce como um orgasmo", afirmou.
Bonnet é uma firme defensora de partos dentro de casa ou em "casas de parto" administradas por parteiras.
"Devemos tomar consciência primeiro do poder das mulheres, e não deixar que ele fique nas mãos de outras pessoas, como médicos", recomendou.
A francesa afirmou que a cultura do medo afeta inclusive a família, e é responsável pela luta entre sogra a nora.
"É uma concepção do passado. Nós, mulheres, somos bruxas, e isso é ruim. Mas na realidade ser uma bruxa é ser uma mulher de conhecimento, que não aceita a opressão, e isso é mais comum nas mulheres mais velhas", sustentou.
As mulheres jovens sentem essa força, que causa "inveja e medo", e daí nasce a inimizade entre sogras e noras. Mas, para ela, não deveria ser assim, já que "se existem bons homens é porque suas mães fizeram um bom trabalho".
Assinar:
Postagens (Atom)