Mas se reconhecemos, atônitas, as muitas batalhas perdidas ao longo do ano, temos também a convicção de que continuaremos lutando pela manutenção de direitos, pela atenção digna, humanizada, de qualidade e acessível a todas as mulheres. Essa certeza nos mantém de pé, unidas, com a mesma ética de sempre, centrada na mulher. De vez em quando preciso, sim, repetir isso tudo para mim mesma. O cotidiano duro impõe responsabilidades e tarefas que não podem esperar. Trabalho, estudo, casa, namorado, filho, não necessariamente nessa ordem. Eu diria, até, em total desordem...
...ainda assim, é maravilhoso quando, dentro dessa bagunça, consigo me arrancar de casa para participar do encontro mensal do grupo. Essa conexão com as mulheres, suas angústias, dúvidas e incertezas, isso funciona como um diapasão: abro meus ouvidos, afino minha escuta, de modo que minha atuação como ativista, militante, pesquisadora, mulher seja consoante às necessidades femininas.
Com essa energia boa, finalizamos o ano e desejamos um 2017 melhor |