Uma notícia rápida, que na verdade já está bem disseminada pela grande Internet.
Denúncia da Parto do Princípio motiva ação do Ministério Público Federal
Todas unidas pela proteção dos direitos, da vida e da integridade física e emocional das usuárias de plano de saúde
Em 2006, a Parto do Princípio elaborou um dossiê sobre o atendimento ao parto no Brasil, com 35 páginas e mais de 30 referências a artigos científicos. O documento foi entregue ao Ministério Público Federal, solicitando sua atuação diante do cenário preocupante de abuso de cesáreas, em especial no setor suplementar de saúde, formado pelos seguros de saúde e convênios médicos.
No ano seguinte, ativistas da rede participaram da audiência pública em São Paulo promovida pelo Ministério Público Federal a fim de debater o assunto com representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Conselho Federal de Medicina, Associação dos Hospitais Privados, Federação Brasileira de Hospitais, Conselho Federal de Enfermagem, Escola Paulista de Medicina e de planos de saúde.
Com base no dossiê da Parto do Princípio, o MPF agora cobra na justiça a manifestação da ANS, para que esta exerça sua tarefa de regulamentar os planos de saúde. Entre outras questões, exige-se regulamentação que obrigue os convênios a divulgar a taxa de cesárea de seus médicos e hospitais, a credenciar enfermeiras obstetras e a possibilitar o trabalho dessas profissionais no atendimento ao parto.
A rede está em festa com a notícia, e continuará acompanhando o processo para que ele de fato resulte na melhoria da assistência ao parto no Brasil.
Alguns assuntos abordados pelo documento elaborado pela Parto do Princípio em 2006:
Panorama brasileiro
De acordo com os dados do Sistema de Nascidos Vivos em 2004, quase 42% dos nascimentos realizados em todo o Brasil foram cirúrgicos (englobando hospitais públicos e privados).
Na saúde suplementar, a taxa de cesárea em 2004 chegou a 79%.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o limite aceitável de partos que precisam terminar por via cirúrgica é de 10% a 15%.
Diferenças entre as redes pública e privada
Pesquisas indicam que a maioria (aproximadamente 73%) das mulheres prefere parto normal, inclusive as mulheres que tiveram oportunidade de experimentar os dois tipos (parto normal e cesárea).
A incidência de cesárea é maior nos grupos de melhor condição financeira e melhor acompanhamento pré-natal não correspondendo com o risco obstétrico.
A alegação de que a maioria das mulheres prefere cesárea não se comprova em pesquisas.
Razões da banalização da cesárea na rede de saúde suplementar
1. Preferência médica em indicar a cesárea, podendo planejar suas férias e feriados, não precisando desmarcar consultas ou outros compromissos, ou ir ao hospital nos fins de semana.
2. Valorização da formação cirúrgica do médico obstetra. A formação acadêmica não valoriza a assistência ao parto normal.
3. Remuneração equivalente do médico para assistência ao parto normal e cesárea. Independentemente do tempo dedicado, na saúde suplementar o médico recebe a mesma remuneração por procedimento.
4. Excesso de intervenções desnecessárias e procedimentos desaconselhados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A cascata de procedimentos usados rotineiramente na assistência ao parto nos hospitais dificultam o processo natural do parto, podendo levar uma mulher a necessitar de uma cesárea. Impedir entrada do acompanhante, manter a mulher deitada, o uso rotineiro de ocitócitos, são alguns exemplos de procedimentos usados como rotina que são desaconselhados pela OMS.
5. Cesárea e laqueadura conjuntas. Alguns médicos indicam cesáreas para mulheres que desejam realizar laqueadura. Ou seja, a mulher e o bebê são submetidos a uma cirurgia de grande porte para obter uma laqueadura, que é um procedimento de pequeno porte. Mãe e bebê estão sujeitos a maiores riscos de infecção, entre tantos outros riscos agregados.
6. Cesáreas a pedido. A falta de informação sobre os riscos da cesárea podem levar mulheres a solicitar uma cirurgia sem indicação médica. Seria ético um médico defender a cesárea a pedido?
Processo de convencimento das parturientes
Os mitos sobre indicações de cesáreas são amplamente difundidos pela nossa sociedade, inclusive pela classe médica.
Mitos frequentemente alegados por obstetras e aceitos pelas parturientes sem maiores questionamentos:
“Falta de dilatação”
Tecnicamente não existe falta de dilatação em mulheres normais. Só não acontece quando o médico não espera o tempo suficiente.
“Bacia estreita”
Aproximadamente 5% dos partos estão sujeitos à desproporções em que o bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou em que o bebê está em uma posição que não permite o encaixe. Além disso, não é possível saber se o bebê vai passar ou não até que o trabalho de parto aconteça, a dilatação chegue ao seu máximo e o bebê se encaixe.
“Parto seco”, “Bolsa rompida”
Depois que a bolsa se rompe, o líquido amniótico continua a ser produzido. Além disso, há produção de muco que serve de lubrificante natural para o parto.
“Parto demorado”
O parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem bem, com boas condições vitais. Cada parto tem sua duração.Os batimentos cardíacos do bebê são a referência da condição do bebê, e não o tempo de trabalho de parto.
“Cordão enrolado”
O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica que dá a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê através do cordão direto para a corrente sanguínea. O cordão enrolado no pescoço do bebê não o sufoca.
“Não entrou em trabalho de parto”
A mulher só não vai entrar em trabalho de parto se a operarem antes disso.
“Não tem dilatação no final da gestação”
O trabalho de parto não depende da dilatação verificada no exame de toque nas últimas semanas de gravidez. É possível chegar a 42 semans sem qualquer sinal de dilatação, sem contrações fortes e mesmo assim ter um parto normal seguro.
“Placenta envelhecida”
No exame de ultrassom, o grau da placenta isoladamente não tem significado. A maioria das mulheres têm um “envelhecimento” normal e saudável da placenta no final de gravidez.
Seria ético um médico divulgar falsos motivos para realização de uma cesárea?
Cesárea por conveniência médica – procedimento abusivo e antiético
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo reconhece os riscos de cesáreas realizadas sem consistência na indicação.
"As cesáreas, realizadas sem consistência na indicação, podem ser encaradas como procedimentos desnecessários e que impõem riscos aumentados tanto na morbidade quanto na mortalidade materna. O obstetra deve estar qualificado para assistir ao trabalho de parto com toda segurança do bem-estar fetal e apto a terminá-lo de forma conveniente, mesmo que instrumentalizado por fórcipe ou vácuo-extrator quando necessário, evitando a realização da cesárea por insegurança nas suas capacitações em permitir o parto vaginal. A busca do aprimoramento e destreza nos procedimentos obstétricos, ou mesmo um melhor conhecimento da fisiologia do trabalho de parto e do próprio parto, permitirão aumentar a segurança, permitindo um maior número de partos vaginais"
Conseqüências da banalização da cesárea
A cesárea, quando indicada adequadamente, é um avanço para a medicina moderna, permitindo salvar muitas vidas de mulheres e bebês. Mas quando é realizada sem necessidade, oferece muito mais riscos do que o parto normal.
1. Doenças maternas, mortes e uso de antibióticos
2. Complicação em gravidez futura, diminuição da chance de nova gravidez
3. Prematuridade, morbi-mortalidade perinatal, problemas respiratórios em recém-nascidos
4. Risco de cáries em bebês
5. Prejuízo para a amamentação e interação mãe-bebê
6. Os demais consumidores dos planos de saúde acabam arcando com os custos de cesáreas desnecessárias
Propostas de soluções
1. Adoção pelos planos de saúde do paradigma já existente no Sistema Único de Saúde, fixando-se tetos máximos para o pagamento de cesáreas, conforme percentuais decrescentes para cada ano.
2. Aumento do valor pago aos médicos para partos normais e diminuição do valor pago pelas cesáreas.
3. Credenciamento de enfermeiras obstetras para assistência ao parto normal em hospitais particulares.
4. Incentivo à construção de Casas de Parto Particulares anexas ou próximas a hospitais (caso a parturiente tenha necessidade de transferência).
5. Tornar pública as taxas de cesáreas de obstetras e maternidades credenciadas aos planos de saúde.
6. Que o direito ao acompanhante no parto seja estendido à saúde suplementar independente de taxas ou autorizações médicas.
7. Que seja vedado aos planos de saúde a exclusão de cobertura de honorários referentes a partos domiciliares.
Veja a notícia no site do Ministério Público Federal.
Ou então baixe a representação na íntegra.
Várias mídias noticiaram essa primeira conquista da PP, com diferentes abordagens e muita variação de qualidade. Mas o principal está resumidinho aí em cima e no site da Parto do Princípio, em texto da Kiki e com pitacos meus.
Vale lembrar, ainda, que amanhã TEM ENCONTRO DO GRUPO!
27 de agosto de 2010
18 de agosto de 2010
Negócios de mães
Algum tempo atrás, indiquei aqui o site ciadasmães, das fabulosas Dani Buono, Rô Marcinkowski e Kátia Raele. Lugar e não-lugar de compra, venda e troca de inúmeras coisas que ajudam mães e futuras mães.
O sucesso do ciadasmães foi imediato e retumbante, tanto tanto que as gurias - que fugiam da jornada excessiva de trabalho - incorporaram a sua rotina uma boa carga do que fazer: mais trabalho.
E como se isso já não fosse suficiente, agora elas arrumaram mais uma coisinha para seu cotidiano: uma coluna na revista Crescer. Sorte de todas nós, mães brasileiras, que poderemos ler a cada edição dicas valiosas sobre negócios de mãe.
PS: Alguém disse que elas parecem a versão materna da série Sex & the City. Eu concordo, com a ressalva de que "as nossas" mulheres são moooooito mais chiques.
O sucesso do ciadasmães foi imediato e retumbante, tanto tanto que as gurias - que fugiam da jornada excessiva de trabalho - incorporaram a sua rotina uma boa carga do que fazer: mais trabalho.
E como se isso já não fosse suficiente, agora elas arrumaram mais uma coisinha para seu cotidiano: uma coluna na revista Crescer. Sorte de todas nós, mães brasileiras, que poderemos ler a cada edição dicas valiosas sobre negócios de mãe.
PS: Alguém disse que elas parecem a versão materna da série Sex & the City. Eu concordo, com a ressalva de que "as nossas" mulheres são moooooito mais chiques.
12 de agosto de 2010
Eu já sabia!
Leite materno = proteção para o bebê
Se não tiver tempo para ler toda a notícia, pule diretamente para o último parágrafo. E pronto, já terá captado a essência.
11/08/2010 - 18h07
Açúcares do leite materno protegem bebês
NICHOLAS WADE
DO "THE NEW YORK TIMES"
Grande parte do leite humano não pode ser digerida pelos bebês e parece ter uma finalidade bastante distinta da nutrição infantil: influenciar na composição das bactérias nos intestinos do bebê.
Os detalhes dessa relação a três entre mãe, criança e micróbios intestinais estão sendo analisados por três pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis Bruce German, Carlito Lebrilla e David Mills. Junto a colegas, eles descobriram que um tipo específico de bactérias, uma subespécie da Bifidobacterium longum, possui um conjunto especial de genes que possibilita seu desenvolvimento nos componentes indigeríveis do leite.
Essa subespécie é comumente encontrada nas fezes de bebês amamentados. Ela reveste a superfície interior dos intestinos infantis, protegendo contra bactérias nocivas.
Os bebês supostamente adquirem a classe especial de "bifido" de suas mães, mas ela ainda não foi identificada em adultos.
"Estamos todos imaginando onde ela se esconde", disse Mills.
A substância indigerível que favorece a bactéria bifido é uma grande quantidade de açúcares complexos derivados da lactose, o principal componente do leite. Os açúcares complexos consistem de uma molécula de lactose à qual foram acrescentadas cadeias de outras unidades de açúcar. O genoma humano não contém os genes necessários para quebrar os açúcares complexos, mas a subespécie bifido sim, afirmaram os pesquisadores, numa revisão de seu progresso na "Proceedings of the National Academy of Sciences".
Sempre se acreditou que os açúcares complexos não possuíam importância biológica, mesmo constituindo até 21% do leite. Além de promover o crescimento da classe bifido, eles também servem como iscas para bactérias nocivas que possam atacar os intestinos do bebê. Os açúcares são muito parecidos com aqueles encontrados na superfície das células humanas, e são construídos nas mamas pelas mesmas enzimas. Muitas bactérias e vírus tóxicos se unem a células humanas ao se ancorar nos açúcares da superfície. Mas aqui, em vez disso, eles se unem aos açúcares complexos do leite.
"Achamos que as mães evoluíram para transmitir essa substância ao bebê", afirmou Mills.
German considera o leite como "um impressionante produto da evolução", que foi vigorosamente moldado pela seleção natural por ser tão essencial à sobrevivência de mãe e filho.
"Tudo no leite vem da mãe, ela está literalmente dissolvendo seus próprios tecidos para produzi-lo", explicou ele.
Do ponto de vista do bebê, ele nasce num mundo repleto de micróbios hostis, com um sistema imunológico destreinado e sem o cáustico ácido estomacal que, nos adultos, mata a maioria das bactérias. Qualquer elemento no leite capaz de proteger o bebê será fortemente favorecido pela seleção natural.
"Ficamos impressionados que o leite tivesse tanto material indigerível pelo bebê", disse German. "Descobrir que ele seletivamente estimula o crescimento de bactérias específicas, que por sua vez protegem a si mesmo, nos permite enxergar a genialidade da estratégia as mães recrutando outra forma de vida para cuidar de seus filhos".
German e seus colegas estão tentando "desconstruir" o leite, na teoria de que o fluido foi moldado por 200 milhões de anos de evolução mamífera e guarda uma riqueza de informações sobre a melhor forma de alimentar e defender o corpo humano. Embora o leite em si seja projetado para bebês, suas lições podem se aplicar aos adultos.
Os açúcares complexos, por exemplo, são evidentemente uma forma de influenciar a microflora intestinal, então eles podem, em princípio, ser usados para ajudar bebês prematuros, ou aqueles nascidos por cesariana, que não adquirem imediatamente a classe bifido. Sempre se pensou que não existia fonte para os açúcares além do leite humano, mas eles foram recentemente identificados no soro de leite, um subproduto da fabricação de queijos. Os três pesquisadores pretendem testar os açúcares complexos por benefícios a bebês prematuros e idosos.
As proteínas do leite também possuem funções especiais. Uma delas, chamada Alpha- lactalbumin, pode atacar células de tumores e aquelas infectadas por vírus, ao restaurar sua habilidade perdida de cometer suicídio celular. A proteína, que se acumula quando um bebê é desmamado, também é o sinal para que os seios se remodelem de volta ao estado normal.
Essas descobertas deixaram os três pesquisadores bastante cientes de que cada componente do leite possui uma função especial.
"Tudo está ali por um motivo, embora ainda estejamos descobrindo quais são esses motivos", disse Mills. "Então, pelo amor de Deus, amamentem seus filhos".
Se não tiver tempo para ler toda a notícia, pule diretamente para o último parágrafo. E pronto, já terá captado a essência.
11/08/2010 - 18h07
Açúcares do leite materno protegem bebês
NICHOLAS WADE
DO "THE NEW YORK TIMES"
Grande parte do leite humano não pode ser digerida pelos bebês e parece ter uma finalidade bastante distinta da nutrição infantil: influenciar na composição das bactérias nos intestinos do bebê.
Os detalhes dessa relação a três entre mãe, criança e micróbios intestinais estão sendo analisados por três pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis Bruce German, Carlito Lebrilla e David Mills. Junto a colegas, eles descobriram que um tipo específico de bactérias, uma subespécie da Bifidobacterium longum, possui um conjunto especial de genes que possibilita seu desenvolvimento nos componentes indigeríveis do leite.
Essa subespécie é comumente encontrada nas fezes de bebês amamentados. Ela reveste a superfície interior dos intestinos infantis, protegendo contra bactérias nocivas.
Os bebês supostamente adquirem a classe especial de "bifido" de suas mães, mas ela ainda não foi identificada em adultos.
"Estamos todos imaginando onde ela se esconde", disse Mills.
A substância indigerível que favorece a bactéria bifido é uma grande quantidade de açúcares complexos derivados da lactose, o principal componente do leite. Os açúcares complexos consistem de uma molécula de lactose à qual foram acrescentadas cadeias de outras unidades de açúcar. O genoma humano não contém os genes necessários para quebrar os açúcares complexos, mas a subespécie bifido sim, afirmaram os pesquisadores, numa revisão de seu progresso na "Proceedings of the National Academy of Sciences".
Sempre se acreditou que os açúcares complexos não possuíam importância biológica, mesmo constituindo até 21% do leite. Além de promover o crescimento da classe bifido, eles também servem como iscas para bactérias nocivas que possam atacar os intestinos do bebê. Os açúcares são muito parecidos com aqueles encontrados na superfície das células humanas, e são construídos nas mamas pelas mesmas enzimas. Muitas bactérias e vírus tóxicos se unem a células humanas ao se ancorar nos açúcares da superfície. Mas aqui, em vez disso, eles se unem aos açúcares complexos do leite.
"Achamos que as mães evoluíram para transmitir essa substância ao bebê", afirmou Mills.
German considera o leite como "um impressionante produto da evolução", que foi vigorosamente moldado pela seleção natural por ser tão essencial à sobrevivência de mãe e filho.
"Tudo no leite vem da mãe, ela está literalmente dissolvendo seus próprios tecidos para produzi-lo", explicou ele.
Do ponto de vista do bebê, ele nasce num mundo repleto de micróbios hostis, com um sistema imunológico destreinado e sem o cáustico ácido estomacal que, nos adultos, mata a maioria das bactérias. Qualquer elemento no leite capaz de proteger o bebê será fortemente favorecido pela seleção natural.
"Ficamos impressionados que o leite tivesse tanto material indigerível pelo bebê", disse German. "Descobrir que ele seletivamente estimula o crescimento de bactérias específicas, que por sua vez protegem a si mesmo, nos permite enxergar a genialidade da estratégia as mães recrutando outra forma de vida para cuidar de seus filhos".
German e seus colegas estão tentando "desconstruir" o leite, na teoria de que o fluido foi moldado por 200 milhões de anos de evolução mamífera e guarda uma riqueza de informações sobre a melhor forma de alimentar e defender o corpo humano. Embora o leite em si seja projetado para bebês, suas lições podem se aplicar aos adultos.
Os açúcares complexos, por exemplo, são evidentemente uma forma de influenciar a microflora intestinal, então eles podem, em princípio, ser usados para ajudar bebês prematuros, ou aqueles nascidos por cesariana, que não adquirem imediatamente a classe bifido. Sempre se pensou que não existia fonte para os açúcares além do leite humano, mas eles foram recentemente identificados no soro de leite, um subproduto da fabricação de queijos. Os três pesquisadores pretendem testar os açúcares complexos por benefícios a bebês prematuros e idosos.
As proteínas do leite também possuem funções especiais. Uma delas, chamada Alpha- lactalbumin, pode atacar células de tumores e aquelas infectadas por vírus, ao restaurar sua habilidade perdida de cometer suicídio celular. A proteína, que se acumula quando um bebê é desmamado, também é o sinal para que os seios se remodelem de volta ao estado normal.
Essas descobertas deixaram os três pesquisadores bastante cientes de que cada componente do leite possui uma função especial.
"Tudo está ali por um motivo, embora ainda estejamos descobrindo quais são esses motivos", disse Mills. "Então, pelo amor de Deus, amamentem seus filhos".
11 de agosto de 2010
Multiculturas
Todo ser humano nasce. O Admirável Mundo Novo, de Huxley, felizmente ainda não se realizou e não há chocadeiras para a nossa espécie. Contudo, parir e nascer, muito além de fenômenos naturais, são também fenômenos socioculturais. Onde se vive e como se vive influenciam diretamente o modo como uma criança vem ao mundo.
A canadense Sarah foi rápida para notar isso. Grávida de sua primeira filha em terras brasileiras, constatou que teria poucas chances de parir caso permanecesse por aqui. Então, fez as malas e voltou ao seu país, onde deu à luz por meio de um parto natural hospitalar.
Sua cunhada Ana ainda não tem filhos, mas traz de seu país, a Espanha, outras matrizes de referência quando o assunto é nascimento.
Matrizes, aliás, que o casal Carla e Teco está reconstruindo ao longo da gestação de seu primeiro bebê. Com muita conversa, informação e respeito, ambos procuram o melhor caminho para bem acolher uma nova vida. Ela, pronta para um parto domiciliar. Ele, encantado com a Casa de Parto. Imersos que estavam na nossa cultura medicocêntrica, mostram-se felizes de conhecer outras possibilidades além do pacote hospital-anestesia-cesárea.
Parece uma mistura de tudo ao mesmo tempo, e é. Ou melhor, foi. Foi assim o encontro de julho, em São Bernardo, mediado pela tamém multicultural Deborah, que assina seus cheques com vários nomes complicados, finalizados por um ainda mais complexo Silva.
E viva as multiculturas!
Sarah do Canadá, Ana da Espanha, Carla do Brasil: imperatrizes do nosso encontro
Deborah do Brasil, da França, de Minas... e do grupo MaternaMente, dando liga à mistura com o casal grávido
Decisões conjuntas e bem informadas: Carla e Teco constroem as bases de sua nova matriz de referência
A canadense Sarah foi rápida para notar isso. Grávida de sua primeira filha em terras brasileiras, constatou que teria poucas chances de parir caso permanecesse por aqui. Então, fez as malas e voltou ao seu país, onde deu à luz por meio de um parto natural hospitalar.
Sua cunhada Ana ainda não tem filhos, mas traz de seu país, a Espanha, outras matrizes de referência quando o assunto é nascimento.
Matrizes, aliás, que o casal Carla e Teco está reconstruindo ao longo da gestação de seu primeiro bebê. Com muita conversa, informação e respeito, ambos procuram o melhor caminho para bem acolher uma nova vida. Ela, pronta para um parto domiciliar. Ele, encantado com a Casa de Parto. Imersos que estavam na nossa cultura medicocêntrica, mostram-se felizes de conhecer outras possibilidades além do pacote hospital-anestesia-cesárea.
Parece uma mistura de tudo ao mesmo tempo, e é. Ou melhor, foi. Foi assim o encontro de julho, em São Bernardo, mediado pela tamém multicultural Deborah, que assina seus cheques com vários nomes complicados, finalizados por um ainda mais complexo Silva.
E viva as multiculturas!
Sarah do Canadá, Ana da Espanha, Carla do Brasil: imperatrizes do nosso encontro
Deborah do Brasil, da França, de Minas... e do grupo MaternaMente, dando liga à mistura com o casal grávido
Decisões conjuntas e bem informadas: Carla e Teco constroem as bases de sua nova matriz de referência
Assinar:
Postagens (Atom)