Foto: Adriano Alf Porto |
O nascimento de Sophia provocou em mim uma mudança de rumo na vida: muitas perguntas, poucas respostas, o pulso por mudança no cenário dos cuidados em saúde da mulher movendo cada decisão na vida. Enquanto trabalho, milito e estudo, aprendo a reconhecer em cada mulher e sua história um pouco da minha própria.
Foto: Adriano Alf Porto |
Nasci em 2005 como mãe e algum tempo depois como militante pela melhoria da qualidade da assistência à gestação e ao parto. Desde então não desgrudo dos textos e das vivências sobre o tema, e tenho aprendido muito sobre saúde sexual e reprodutiva, relações de gênero e feminismo. Sou mãe, trabalhadora, ativista e doutoranda da área de saúde pública. Em uma palavra, talvez hoje me defina por “inquietude”.
Foto: Arquivo pessoal |
Foi na gestação da minha filha mais velha, em 2011, que mergulhei de cabeça no mundo da humanização, tive a bebê no Hospital da Mulher e quase 3 anos depois pari em casa minha caçula. Hoje sou mestranda da Universidade de São Paulo, com o tema de pesquisa em parto e empoderamento feminino.
Foto: Adriano Alf Porto |
Sempre acreditei na força e na capacidade que a mulher tem para parir seus filhos, a exemplo do que aconteceu com minha mãe, tias e avós. Trabalhando como farmacêutica em maternidades, entrei em contato com o atual cenário obstétrico, que que não entende o processo de gestar e parir como um evento fisiológico e natural, e que coloca a mulher como coadjuvante e não como atriz principal. Me tornei doula e sigo na luta por uma assistência digna para todas as mulheres, com respeito a sua autonomia.
Foto: Adriano Alf Porto |
Me encontrei e também a minha turma ao pautar matérias sobre humanização do parto e violência obstétrica quando atuava como jornalista em uma TV local no ABC, em 2013. Me tornei doula, educadora perinatal e uma eterna curiosa e estudiosa a respeito dos caminhos que levam ao empoderamento e à autonomia da mulher no período perinatal.
Foto: Adriano Alf Porto |
Por meio de um documentário que assisti em 2014, as primeiras questões sobre humanização da assistência ao parto chegaram até mim. Desde então, eu quis conhecer cada vez mais dessa realidade e contribuir para transformá-la. Sou psicóloga, mestranda em saúde pública e pretendo também um dia ser mãe e vivenciar a experiência da gestação e do parto. Por enquanto, escuto, me aproximo e me aproprio das experiências alheias e daquelas que vou construindo neste caminho.
Foto: Adriano Alf Porto |
Meu despertar aconteceu em 2012, na gestação de Iara. Militante cultural, apaixonada pelo autoconhecimento e pelas movimentações do feminismo, foi com a maternidade que descobri que minha voz pode colaborar para que mais mulheres possam viver a experiência de renascer. Especializada em comunicação, meu foco de estudos é o movimento feminista em rede e as conquistas no campo da saúde.