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8 de abril de 2013

Projeto estimula novas casas de parto humanizado em São Paulo

Do Jornal Brasil Atual


Publicado em 08/04/2013, 13:19
Última atualização às 13:31


Projeto de lei que visa a ampliar a rede de Casas de Parto em São Paulo foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal na semana passada. A expectativa de movimentos de humanização do nascimento e especialistas é que a gestão de Fernando Haddad priorize as Casas de Parto e estimule as mulheres a buscar esse tipo de atendimento. Quem procura as Casas de Partos opta por um modelo de atendimento mais humanizado, em um ambiente mais tranqüilo, onde é evitado o uso de intervenções obstétricas que interferem na evolução natural do trabalho de parto. Reportagem de Anelize Moreira 


Projeto estimula novas casas de parto humanizado em São Paulo

Proposta que tramita desde 2009 foi aprovada em primeira votação na Câmara Municipal. Precisa passar por uma segunda análise para então seguir a sanção do prefeito Fernando Haddad 
 
Publicado em 08/04/2013, 12:35
Última atualização às 14:06

São Paulo – O Projeto de Lei (PL) 542, que estabelece as diretrizes para o Programa de Parto Normal em Casas de Parto, tramita há quatro anos na Câmara Municipal. A proposta foi aprovada em primeira votação na semana passada e estabelece condições para realizações de partos humanizados e fora do ambiente hospitalar. Depois da segunda votação, se aprovado, segue para a sanção do prefeito Fernando Haddad.
A vereadora e autora do PL, Juliana Cardoso (PT), explica que a iniciativa visa a regulamentação das casas de parto e incentiva a ampliação e uso destas unidades. “O projeto vem para estimular que as pessoas tenham o entendimento do quanto também podem ter um serviço a mais, acolhedor. Este projeto dá a segurança para que se tenha mais casas na cidade de São Paulo, pelo menos uma em cada região”, disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Atualmente, existem apenas duas casas de parto em São Paulo. A única unidade pública municipal fica no bairro de Sapopemba, zona leste da capital, criada ainda na gestão de Luiza Erundina, em 1988. Esta foi a primeira casa de parto do país. A outra instituição é a Casa Ângela, na zona sul, vinculada à ONG Monte Azul, que funciona há quase 30 anos com financiamentos internacionais.
De acordo com a sanitarista Deborah Delage, que milita desde 2006 na área, não houve incentivos do poder público municipal nos últimos anos para a questão. “As casas de parto são grandes desconhecidas do grande público, o que se deve ao fato de na última gestão (José Serra/Gilberto Kassab) não se dar a esta estratégia um destaque nas políticas públicas, e no desincentivo às mulheres a procurarem esse tipo de atendimento.”
Déborah realiza um estudo no Departamento de Saúde Materno-Infantil na Faculdade de Saúde Pública da USP sobre o conflito de interesses nas escolhas por cesáreas. “Há instituições hospitalares que implantam programas de humanização das práticas, mas sem mudar realmente a prática do trabalho das equipes. Humanizar a prática é colocar a usuária no centro do cuidado.”  

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