Do Diário Regional
Domingo, 8 de maio de 2011
Por Aline Melo
A agenda apertada de médicos particulares é um dos grandes incentivadores da cesárea no país. “A dinâmica do profissional que atende convênio não
permite que se ausente por muito tempo de suas consultas. Assim, para manterem a agenda acabam optando pela cesárea eletiva”, apontou Mauro
Sancovski, responsável da Clínica Obstétrica da Faculdade de Medicina do ABC.
Para não acabarem em cirurgia desnecessária, mulheres que querem parto normal procuram ajuda em grupos de apoio para gestantes. Sob supervisão de
Deborah Delage e Denise Niy, ativistas do parto humanizado, funciona no ABC o MaternaMente. Com reuniões mensais, mulheres(grávidas ou não) se
reúnem para debater os assuntos referentes ao parto e a gestação. “Muitas pedem indicação de profissionais, mas a gente não indica. Procuramos mostrar
para a mulher todas as opções disponíveis”, declarou Deborah.
“Não sou contra a cesárea. Bem indicada, salva vidas. O que me assusta é que na maioria das vezes a mulher é tolhida de suas escolhas, não é informada
sobre os riscos de uma cirurgia de grande porte”, pontuou a ativista. (AM)
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